domingo, 5 de agosto de 2007

The Covenant (2006)



Como transformar um filme de bruxaria num filme de porrada? Substitui-se As Feiticeiras por meia dúzia de putos de corpinho bem feito, penteados à moda e roupa cool (de preferência em fato de banho), mete-se-lhe um enredo de duas linhas (um feiticeiro viciado chega à cidade para roubar os poderes aos putos giros e fazer de vilão), adicionam-se bastantes efeitos especiais copiados do Matrix (sem descaramento nenhum), e parte-se para um duelo à cóboi com muitas bolas de energia em vez de tiros (ai, ai, As Feiticeiras, As Feiticeiras!...), explosões e casas a arder (deve ser um efeito recente do trauma americano no Iraque), e depois é porrada a fartar, uns cinco minutos de porrada ou mais, que cena mais chata do que esta só vi no Matrix 2 ou 3 em que Neo enfrenta um milhão de agentes Smith para os geeks da animação mostrarem que sabem fazer coisas giras em computador.
No meio, salpicar de aranhas, muitas aranhas, que vai sempre bem num filme de terror, e juntar aquele efeito especial ultra batido como claras em castelo em que as aranhas saem de dentro da pele. Sempre arrepia um bocadinho e é êxito garantido.
Terminar a receita com uma cinematografia de videoclip e servir a adolescentes que devem gostar tanto da mistela como eu gostei de "Lost Boys".
O que é que isto tem a ver com bruxas, magia ou ocultismo? Muito pouco. Isto é mesmo um filme de porrada. A parte da bruxaria era só para despistar.
Saliento que a determinado momento do filme um dos bruxos tem a ousadia de exclamar: "Harry Potter, kiss my ass!" Ao que se devia responder: "Com 10 anos o Harry Potter já era mais interessante que tu, cliché ambulante!".

12 em 20 pelo entretenimento, porque a música não é má de todo e os putos são mesmo jeitosos.

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