Educação: Portas protesta contra "sistema de ensino de faz-de-conta"
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, protestou hoje contra a ausência de penalização dos erros ortográficos na prova de aferição de português, considerando que se vive "um sistema de ensino faz-de-conta".
"Através da comunicação social, o país tomou hoje conhecimento de que nas provas de aferição na disciplina de Português os erros de Português, de ortografia, não contam para efeitos de classificação. Gostava de deixar muito claro o protesto do CDS por este facto", afirmou Paulo Portas, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita à Feira do Livro de Lisboa.
O Diário de Notícias noticia hoje que os "erros de ortografia não contam para a avaliação", escrevendo que "erros de construção frásica, grafia ou de uso de convenções não são para descontar" nas referidas provas, informação entretanto desmentida "liminarmente" pelo Ministério da Educação.
O Gabinete de Avaliação Educacional justificou a ausência de penalização de erros ortográficos na parte das provas de aferição dedicada à interpretação de texto com a necessidade de avaliar separadamente diferentes competências da língua e traçar estratégias distintas.
"Já sabíamos que as provas de aferição não contam para a avaliação do aluno, agora ficámos a saber que os erros de português numa prova de português não contam para a classificação do aluno", criticou Portas.
"Estamos num sistema de ensino faz-de-conta, e isso do ponto de vista do CDS é inaceitável", acrescentou.
Para o líder do CDS-PP, "há verbos proibidos" entre os "ideólogos do Ministério da Educação".
"O verbo estudar é disfarçado, o verbo examinar é disfarçado, o verbo passar é disfarçado, o verbo chumbar desapareceu e agora errar também é indiferente", criticou Portas, garantindo que o CDS irá questionar o Ministério da Educação sobre esta matéria.
"Não é para isto que o contribuinte paga o sistema educativo", acrescentou.
Lusa
Impostos: Portas critica Estado por "entrar em casa das famílias sem bater à porta"
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, criticou hoje a obrigatoriedade de as doações acima dos 500 euros terem de ser declaradas ao Fisco, acusando o Estado de querer "entrar em casa das famílias sem bater à porta".
"Eu não aceito que o Estado, através da administração fiscal, se ache no direito de, sem bater à porta, entrar na casa das famílias e ingerir na gestão financeira das famílias", criticou Paulo Portas, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita à Feira do Livro de Lisboa.
Devido às alterações introduzidas em 2006 ao Imposto de Selo, todos os contribuintes que façam doações superiores a 500 euros estão obrigados a pagar imposto de selo, entregando ao Fisco o modelo 1 do Imposto de Selo na altura da doação.
As doações entre pais e filhos, marido e mulher e avós e netos estão isentas do pagamento desse imposto, mas todos os contribuintes que façam doações superiores a 500 euros têm a obrigação de o declarar ao Fisco, sob pena de serem multados.
A confusão nesta matéria surgiu depois do primeiro-ministro ter dito no Parlamento, em Janeiro, que "não existem doações entre pais e filhos, nem entre cônjuges", sugerindo que as mesadas que os pais dão aos filhos não têm de ser declaradas às Finanças.
"Fizemos a pergunta pertinente ao primeiro-ministro e lembrar-se-ão, os que assistiram ao debate, que o primeiro-ministro dizia que era fantasia nossa. Afinal, o primeiro-ministro não estava exactamente dentro do assunto", referiu Portas.
Depois de um requerimento feito por duas deputadas socialistas ao Ministério das Finanças a pedir esclarecimentos sobre este assunto, o gabinete de Teixeira dos Santos reafirmou segunda-feira a obrigação de declaração em situações de doações superiores a 500 euros entre pais e filhos, mas esclareceu que as mesadas decorrem do dever do poder paternal e não são por isso consideradas doações para efeitos fiscais.
No entanto, o líder do CDS-PP deu alguns exemplos de situações que implicam a declaração de uma doação ao Fisco, e que classificou de "absurdas".
"Por exemplo, um pai que dá um prémio a um filho porque ele passou de ano (...), um avô que paga alguns dos estudos do seu neto (...), um presente de casamento", enumerou.
"Para os socialistas o Estado pode entrar em casa das pessoas, para nós o Estado fica à porta, e isso é uma separação absolutamente fundamental", defendeu Paulo Portas.
O líder do CDS-PP salientou que foi por influência do seu partido que terminou o imposto sucessório entre cônjuges, descendentes e ascendentes.
"Essa foi uma das marcas que o CDS conseguiu levar para o Estado, maior respeito pela família", disse.
"O Estado que se meta na sua vida e deixe a vida das famílias tranquilas", aconselhou Portas, garantindo que o CDS irá questionar o Ministério das Finanças sobre este tema.
Lusa
É A GUERRA!
Mas há mais. A 23 de Maio:
Tabaco: CDS-PP quer possibilidade de haver espaços para fumadores
O CDS-PP propôs hoje, no início da discussão na especialidade da Lei do Tabaco, que possam existir espaços classificados como para fumadores e outros para não-fumadores, à semelhança do que acontece em Espanha.
"Queremos a possibilidade de existirem espaços para fumadores e para não-fumadores (.) Não podemos atentar contra o direito de iniciativa privada de quem quer ter um espaço para fumadores", defendeu o deputado do CDS-PP Hélder Amaral, em declarações aos jornalistas no Parlamento.
"Deve caber a cada cidadão a escolha de ir a um restaurante para fumadores ou não-fumadores", acrescentou.
O deputado do CDS-PP considerou que esta alteração tornaria a lei "equilibrada, que protege direitos dos fumadores e não fumadores", salientando que é este o modelo legislativo em Espanha.
A proposta de lei do tabaco, aprovada na generalidade pela Assembleia da República a 03 de Maio, com os votos favoráveis do PS, do PSD e do CDS-PP, proíbe totalmente o fumo em restaurantes e bares com menos de 100 metros quadrados, permitindo a criação de um espaço para fumadores - nunca superior a 30 por cento da área total - nos estabelecimentos de maior dimensão.
O CDS-PP quer ainda que, em estabelecimentos onde o espaço de fumadores e não fumadores seja comum (com dimensão superior a 150 metros quadrados), seja atribuída uma quota de 50 por centro a cada uma das categorias.
"É do mais elementar bom senso que o espaço entre fumadores e não fumadores seja equilibrado", defendeu, considerando que, se tal não acontecer, os bares, restaurantes e discotecas situados perto da fronteira com Espanha poderão ser prejudicados.
O CDS-PP quer ainda uma redução das coimas para os infractores particulares, situando-as entre os 10 e os 150 euros.
A proposta de lei aprovada na generalidade prevê para quem insistir em fumar nos locais proibidos contra-ordenações que poderão ser punidas com coimas entre os 50 e os mil euros para o fumador.
O diploma começou a ser hoje discutido na especialidade, num grupo de trabalho a funcionar junto da Comissão parlamentar de Saúde.
Contactada pela Lusa, a presidente desta comissão, a socialista Maria Belém, disse esperar que a votação da lei na especialidade possa ocorrer a 20 de Junho.
Lusa
Há mais. Elas que venham. Assim até é fácil. Tenho a papinha toda feita.
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3 comentários:
Também gosto do Portas, ainda que isso me traga alguns dissabores no meu círculo de amizades.
Ouvi as duas primeiras notícias hoje e tive a mesma reacção que tu e a mesma indignação dele. Gosto do Portas porque é certeiro nas observações que faz e é inteligente (coisa cada vez mais rara em política). O facto de ter tido outra profissão que não a de "político profissional" é outro ponto a favor do homem.
Discordo de ti no que diz respeito a Marques Mendes. É um carreirista da política, um serzinho detestável que só poderia vir do minifúndio Minhoto. Não tem visão para o país, nem uma única ideia política que se aproveite. Percebo que te agrade pela atitude dele relativamente aos arguidos do partido, mas a justiça faz-se nos tribunais e não sumariamente nos partidos.
Finalmente, se votasse em Lisboa, não teria qualquer dúvida em votar em Sá Fernandes (apesar do Bloco). Um tipo que resiste a ser corrompido por uma pipa de massa e denuncia o caso à polícia só pode ser honesto e ter a minha admiração. Quantos terão caído aos pés da Bragaparques até chegar a ele? Acredita que eu sei. Moro em Braga!
São 3:30 da manhã. Amanhã dou aulas às 10:00. Preciso de dormir, caso contrário os meus alunos só ouvem asneiras (ou bocejos) da minha boca. Desculpa o looongo desabafo, mas as tuas opiniões e a política portuguesa conduzem a isto... Para a próxima mando um mail.
Fernando, comenta sempre. Aliás, apelo a todos os leitores que não gostam do Paulo Portas que me digam porquê e se estou enganada. Se estiver a ser papada por parva, agradeço a quem me abra os olhos. Até agora ninguém me convenceu.
Marques Mendes, era essa a ideia que tinha dele, Fernando, mas ultimamente tem dito coisas que mais ninguém na oposição disse. Por isso, surpreendeu-me.
Ainda não sei em quem votar na Câmara. Já ouvi algumas entrevistas dos cabdidatos que me interessam (Telmo Correia, Sá Fernandes, Helena Roseta) mas ainda não decidi. Foi tudo muito abrupto. Eles que apresentem projectos.
Sim gotika estás a ser comida por parva. Maus grave ainda é que devias saber isso.
Paulinho das feiras há bem pouco tempo era membro do governo. ministro de Estado, cujo discurso não foi compatível com o que dizia quando antes disso fez eleitoralismo. É o maior demagogo da história política actual.
Ele quer votos apenas votos, nada mais quanto ao resto é um liberal, sabes o que isso quer dizer ? Ou faço um desenho.
Ainda a linha política de alguns CDs, democrata-cristã pode disfarçar algumas exigências da direita mais radical.Essa foi derrotada recentemente.
A economia é que manda para estes que aí estão a quem o socrático ministro faz a papinha, preparando uma coisa chamada flexi qualquer coisa.
Não te queixes da precaridade do teu emprego, ainda há de ser pior.
è isso que a direita quer e o Paulinho é o homem de mão, Ainda que agora diga o contrário,
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