Respondi eu:
O amigo não percebe que o nosso primeiro é um homem muito ocupado, muito inteligente, e que precisa de bastante tempo para descansar para depois, mais tarde, pensar com clareza e argúcia no que vai fazer para resolver a situação; não só a dos fogos como a do país em geral.
Porque, obviamente, e isso é que é certo, não pensou no assunto antes de ser eleito.
Aliás, tende paciência, santinhos, porque se começais a dizer muito mal do homem, este ainda se pira para o estrangeiro como fizeram os outros dois, e depois quem poreis no Governo?
Pensando bem, pode sempre voltar o Santana, quereis?
(Nota: Porque há sempre distraídos, isto foi um comentário sarcástico.)
Ora, mais umas palavrinhas. A mim não me choca nada que o homem esteja de férias. Eu estava à espera disso. Farei mal? Estarei habituada? Não sei.
Tenho esperança que alguma coisa mude? Sinceramente, não.
Os portugueses tinham esperança que acontecesse o milagre das rosas quando votaram maciçamente no PS a 20 de Fevereiro?
Ah, estou a repetir-me. Já aqui disse que sim, que obviamente acreditavam.
Até que ponto pode um povo ser ingénuo, pergunto agora?
E eis quando hoje alguém que não conheço me mandou uma mensagem para o telemóvel que dizia: "O PS está a dar cabo do país. Vamos fazer algo pelos nossos filhos."
O quê, exactamente, ó anónimo? Se é que sabes quem eu sou, isto é, porque eu não sei quem tu és.
Resta saber se os portugueses querem mudar. Será que querem? Querem mesmo? Então porque protestam contra as medidas impopulares? Confesso que não percebo. Pensam que a mudança não dói? Querem anestesia? Droguem-se. Eu sei que já se drogam, mas droguem-se mais. E o vinho é barato. (Comprem alentejano que é bom e nacional. Eu só compro alentejano!)
Podem não ter concordado com a minha opção de voto. Houve quem votasse à esquerda (Bloco), eu votei à direita (CDS-PP). Recusei-me a votar ao centro onde as moscas vão mudando consoante a merda que fazem e que o povo esquece quatro meses depois.
Mas foi uma decisão tomada pela maioria dos portugueses. Assumam a responsabilidade. Párem de se queixar. (E eu nem sequer votei neles.)
Assumir a responsabilidade é o primeiro passo da maioridade. Cresçam.
Aceitem o castigo. Acabem com a impunidade. Paguem as multas. Párem no sinal vermelho. Cumpram o código da estrada. Paguem os impostos. Não deitem beatas na areia. Não peguem fogo às florestas. Não copiem nos exames. Não gastem acima das possibilidades. Sejam honestos. Párem de fazer favores. Não aceitem cunhas.
Mudem, porra!
Querem mesmo?
I don't think so.
6 comentários:
Gotika, comentei isto na Ribeira. Era grande demais para aqui.
"Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes." (Ricardo Reis.
a resposta reside aqui!
iá, gotika
Gotika, dizer isso ou falar para a parede é a mesma coisa.
(Admito que também tenho culpa - não temos todos?)
A propósito...não sei se reparaste, sou a Yuna.
*
Não precisavas de dizer, Yuna. Por "framboise" chegávamos logo lá ;)
Não, Yuna, não sabia que eras tu. Mas ainda bem que és. :)
Alguns de nós conseguem assumir as responsabilidades.
Mas é como tudo. Perante a impunidade geral, perguntamo-nos, "porque hei-de ser o parvo que não faz se todos fazem e não são punidos"?
Isto é assunto para outro post. Sobre impunidade, que é o grande mal do país. Em suma, a Justiça ou falta dela.
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