Tabaco: Associação Nacional discorda de ideia de transformar discotecas em associações recreativas
Lisboa, 21 Fev (Lusa) - O presidente da Associação Nacional de Discotecas, Francisco Tadeu, discordou hoje da ideia de transformar discotecas em associações recreativas sem fins lucrativos para contornar a Lei do Tabaco, avançada quarta-feira por outra associação representativa do sector.
"Quem abre um negócio deste tipo visa sempre o lucro e, no caso das discotecas, não faz sentido transformar estes estabelecimentos em associações sem fins lucrativos", disse Francisco Tadeu.
O presidente da Associação Nacional de Discotecas comentava assim a ideia lançada quarta-feira pela Associação de Bares e Discotecas da Zona Histórica do Porto (ABZHP) de que é possível contornar a Lei do Tabaco, transformando bares e discotecas em associações culturais e recreativas sem fins lucrativos.
Segundo António Fonseca, presidente da ABZHP, as associações recreativas e culturais são espaços privados, reservados a sócios, sendo a Lei do Tabaco omissa relativamente à proibição de fumar nesses locais.
A ABZHP propõe assim que a par da mudança de estatuto, as discotecas e bares criem dois espaços distintos: o bar, que estará fisicamente separado dos restantes espaços e onde será expressamente proibido fumar, e a sala de convívio, onde os sócios poderão fumar e onde não haverá funcionários.
Para Francisco Tadeu, da Associação Nacional de Discotecas (AND), a existência de um bar numa colectividade recreativa serve em regra para apoio financeiro às actividades dessa associação, uma realidade que não poderá ser transposta para as discotecas.
O responsável disse à agência Lusa que as discotecas que pertencem à AND têm aplicado as regras previstas para os restaurantes, que já possibilitam a criação de um espaço, com 30 a 40 por cento da área total,destinado a fumadores.
Apesar de globalmente se terem registado quebras de clientes na ordem do 30 por cento desde a entrada em vigor da Lei do Tabaco, a 01 de Janeiro, Francisco Tadeu sublinha ainda que algumas discotecas livres de fumo registaram um aumento de 20 por cento na procura.
CFF/PL
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2008-02-21 10:40:01
Clubes precisam-se! Se os góticos se tivessem organizado em clube com entrada restrita, não tinha acontecido uma das páginas mais negras da existência do nosso movimento nacional, entre 2005 e fins de 2007, a que só agora se viu o fim. Quem está por dentro sabe do que estou a falar.
Acabava-se assim também com a entrada da mirones e figuras indesejáveis que não sabem portar-se à altura.
Cada vez mais, sou por um clube.
1 comentário:
Completamente de acordo.
("InClubbus SuClubbus" ? :P )
Quanto tempo achas que temos até à Lei do Tabaco em Clubes?
O Sr. "bastonário dos notários" veio a correr para os jornais dizer que uma sociedade comercial não se pode, legalmente, transformar numa associação (que é o que os clubes são). É verdade. O que pode - e por isso o senhor perdeu uma lindíssima oportunidade de estar calado - é, por umas duzentas maneiras legais à escolha, alugar ou ceder a exploração do boteco a uma associação, que lhe pague uma renda.
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