domingo, 15 de maio de 2022

The Walking Dead: World Beyond (segunda temporada)

Como disse aqui quando fiz a crítica à primeira temporada, quem vir este spin off com expectativas vai ficar desiludido. Era óbvio desde o início.
Acompanhei muitas críticas aos episódios, cada crítica pior do que a anterior, e todos os críticos que eu lia desistiram de as fazer. Expectativas a mais. Nomeadamente, porque aparece a República Cívica, procurou-se descobrir o que aconteceu a Rick Grimes, onde é que ele está e se está vivo. “The Walking Dead: World Beyond” não dá essas respostas, por isso é melhor não ver se o objectivo for só esse.
Este spin off é a versão adolescente de “The Walking Dead”, com tudo o que isso implica. As duas irmãs Iris e Hope, com os dois amigos da mesma idade, Silas e Elton, conseguem chegar aos laboratórios da República Cívica onde o pai de Iris e Hope está mais ou menos “sequestrado” e contam-lhe que a malvada República Cívica destruiu a cidade de Omaha e o Campus Universitário onde os miúdos estavam a estudar.
Porquê? Por um motivo que não se percebe, excepto pela vilania: a República Cívica calculou que estas duas comunidades, a longo prazo, iriam absorver todos os recursos da República Cívica e por isso tinham de ser aniquiladas pelo “bem maior”. A seguir vai ser destruída a cidade de Portland, o terceiro eixo da “Aliança”.
Querem convencer-nos de que as cidades não podiam dedicar-se à agricultura e fornecer bens em vez de simplesmente os consumir? Ora, isto não faz sentido nenhum, mas a série passa-o como verdade. Agora os miúdos têm uma outra missão: avisar Portland do ataque iminente.
Os miúdos até não se safam assim tão mal, graças a alguns aliados conquistados a meio do caminho. Os quatro adolescentes que saíram do Campus sem saber sequer como matar um zombie acabam a série uns lutadores experientes. Bom para eles.
Mas de resto este spin off é criticado pela lentidão. É preciso não perder a perspectiva das coisas. São adolescentes, e de vez em quando param à volta da fogueira a pensar no significado da vida, a descobrir quem eles são como pessoas e o que querem de si e dos outros… e a arranjar namorados/as.
A série só começa a aquecer lá pelos três últimos episódios, quando aparece uma personagem que já nos é familiar: Jadis, também conhecida por Anne, também conhecida por Senhora da Lixeira, também conhecida como aquela que levou Rick Grimes no helicóptero e lhe salvou a vida.
Jadis ingressou na República Cívica, mais propriamente na polícia militar, e está mais impiedosa do que nunca depois de ter perdido a sua comunidade da lixeira na guerra contra Negan. Como ela diz: “Fiz uma aliança com as pessoas erradas”, referindo-se a Alexandria. Agora Jadis não tem escrúpulos. Sempre que Pollyanna McIntosh (Jadis) aparece, a personagem ocupa o écran todo. Grande adição para os últimos episódios. De Rick continuamos sem saber nada.
Se vale a pena ver “The Walking Dead: World Beyond”? Penso que sim, porque daqui vai sair muita informação necessária à compreensão do mundo mais extenso de “The Walking Dead”. Mas, volto a dizer, sem grandes expectativas.


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