Moral da história: nunca roubem um computador, mesmo que seja um portátil esquecido há meses na secção de perdidos e achados. Nunca se sabe a quem pertenceu e as porcarias que vêm lá dentro. É o que acontece ao protagonista, aliciado por um portátil muito melhor do que o dele a quem o dono nunca mais vinha reclamar.
O início do filme é chato, admito. Apenas um grupo de amigos no Skype a jogar um jogo qualquer. Mas de repente o protagonista recebe uma mensagem ameaçadora: TENS O MEU COMPUTADOR! QUERO-O DE VOLTA!
O protagonista até está na disposição de o devolver, mas o caso complica-se. Alguém lhe pirateia o computador e o transporta para a Dark Web, onde o protagonista percebe que está metido com um grupo de serial killers contratados que matam para satisfazer os caprichos sádicos de uma clientela pagante. (Vi um episódio assim em “Mentes Criminosas”.) E ponha-se sádico nisto, sádico a nível de “Saw”.
Nesta altura, por momentos, pensei que raio de hacker de meia-tigela, metido nestas actividades criminosas, seria parvo o bastante para perder o portátil num cyber-café qualquer. Mas também isto tem uma razão.
A partir daqui os acontecimentos sucedem-se muito depressa. Todos os amigos no Skype são pirateados e monitorizados, dos computadores aos telefones. Se alguém chamar a polícia, alguém morre. Saindo do mundo virtual, subitamente o perigo é bem real e iminente.
No fundo, este é mais um daqueles filmes de “matar adolescentes” adaptado às novas tecnologias aparentemente inofensivas que todos nós usamos. Até cairmos numa rede criminosa da Dark Web…
Aconselho vivamente e não me responsabilizo pelos pesadelos que possa causar. “Unfriended: Dark Web” é um filme de terror que não nos vai sair da cabeça.
15 em 20
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