domingo, 27 de novembro de 2022

Waterworld (1995)

Acreditem ou não, nunca tinha visto este filme. Imagino que na altura tenha sido uma grande produção, uma coisa de encher o olho, mas o tempo não lhe foi benévolo.
Devido às alterações climáticas e ao derretimento das calotes polares, o planeta está agora todo coberto de oceano e os sobreviventes tentam por tudo encontrar terra seca. Kevin Costner interpreta uma personagem simplesmente designada por Mariner, um nómada dos mares que veleja de povoação em povoação marítima para trocar comida, água doce e outros bens. O bem mais precioso neste mundo pós-apocalíptico é mesmo a terra seca. Algumas pessoas ainda sonham encontrar um pedaço de planeta não coberto pelo mar, mas tal parece cada vez mais um mito.
Achei o filme longo, e longo no pior sentido (isto é, chato), principalmente com todas aquelas cenas no atol flutuante em que o Mariner é preso, e depois de muitas cenas de acção e porrada consegue libertar-se. Isto foi o quê, metade do filme?
O Mariner leva com ele uma mulher e uma criança que o ajudaram a fugir. Depois de muita insistência, ele acaba por revelar de onde vem a terra seca que costuma negociar. Esta é de facto a parte mais interessante do filme. O Mariner é um mutante, desenvolveu guelras e membranas entre os dedos, e consegue mergulhar a grandes profundidades. A terra está no fundo do mar. Neste mergulho, vemos cenas impressionantes do que seria a nossa civilização debaixo de água.
Não podiam faltar os vilões. Aqui estes aparecem na forma de piratas, que se chamam… Fumadores. Isso mesmo, Fumadores, porque todos fumam. Ora, eu compreendo que em 1995 queriam transmitir aos putos a ideia de que fumar não é “cool”, mas por amor de Blogger, vilões Fumadores? Que insulto! E onde é que estes Fumadores iriam arranjar as bateladas de tabaco num mundo em que quase não há água potável nem terra arável para cultivar três tomates e um limão? É o tal problema que acontece quando a lógica vai às urtigas.
“Waterworld” ainda se vê bem, mas parece mais um filme para miúdos do que outra coisa.

13 em 20 (pelos cenários subaquáticos)


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