A falha sísmica de San Andreas, que acompanha toda a costa da Califórnia, é para eles o mesmo terror que para nós significa a falha sísmica a sudoeste do Cabo de São Vicente que se acredita ter causado o terramoto de 1755. San Andreas já provocou na Califórnia o grande terramoto de 1906. Tendo em conta que estes fenómenos acontecem aproximadamente de 100 em 100 anos, a questão aqui (para eles e para nós) não é “se” mas “quando”.
“San Andreas” é um filme-catástrofe que retrata o futuro “Big One” de forma muito realista e aparatosa, com a total destruição de São Francisco e a tsunami subsequente. Nem a ponte Golden Gate escapa (aquela mesma que parece a nossa ponte 25 de Abril). Não é um filme aconselhável a pessoas susceptíveis de terem insónias a imaginar terramotos (como eu).
Não há muito mais a dizer deste filme. As personagens só lá estão para termos alguém por quem torcer enquanto o apocalipse se abate sobre a cidade. Saliento os efeitos especiais da tsunami, que mete mesmo medo. Este é um filme que vale pela espectacularidade, não pretende ser um drama. O objectivo é aterrorizar-nos, e consegue, especialmente quando se vive em Lisboa.
Fico sempre perplexa quando, depois de uma destruição a esta escala, alguma personagem diz “vamos reconstruir”. Reconstruir, ali? Se isto acontecer em Lisboa no meu tempo, e se eu sobreviver, podem crer que não me apanham mais aqui.
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domingo, 6 de novembro de 2022
San Andreas (2015)
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