domingo, 3 de julho de 2022

The Walking Dead (11ª temporada, parte um e dois, a um terço do fim)


Tenho boas notícias, para variar. Como devem saber, por causa da pandemia a 11ª temporada de “The Walking Dead” demorou a gravar e foi dividida em três sub-temporadas de 8 episódios cada uma. Faltam apenas 8 episódios para o fim, o derradeiro fim!
Longe vai o tempo em que eu dizia que não queria morrer sem ver o final de “The Walking Dead”, mas já que estamos tão perto é mesmo para aguentar até ao último episódio.
 “The Walking Dead” teve altos e baixos. Ultimamente, mais baixos do que altos, mas melhorou bastante assim que mudou de mãos de Scott Gimple para a showrunner Angela Kang, que tentou salvar o que restava. Tudo o que tinha a ver com os Saviours foi mau, com os Whisperers pior ainda. Finalmente, os nossos poucos sobreviventes encontram um desafio novo, a Commonwealth, onde o velho mundo ainda existe.
O mais interessante de tudo foi ver como a Commonwealth é semelhante ao nosso mundo, com todos os seus defeitos, a corrupção, os ricos e os pobres, as cunhas, como se nada tivesse mudado. Ezekiel, outrora rei, é colocado a tratar de animais. Daryl e Rosita, por não terem habilitações, têm de ser recrutados pela polícia da Commonwealth para ganharem uma ninharia de salário e terem direito a um apartamento. “Nunca pensei ter de me preocupar com dinheiro outra vez”, diz Rosita.
Mas a Commonwealth é podre e corrupta por dentro, e, com os sobreviventes à beira da rebelião, não vai durar muito.
 “The Walking Dead” nunca mais foi nem será o que era nas primeiras temporadas. Toda essa originalidade já deu o que tinha a dar. Também não tenho grandes expectativas para o fim, mas pelo menos mudou de cenário. Alexandria e Hilltop estão destruídos. Os sobreviventes não têm alternativa senão aceitar a “ajuda” da Commonwealth e ir viver para lá.
A nível de momentos verdadeiramente emocionais para as personagens, destaco Negan, quem diria? Eu não o perdoei, Maggie também não, mas Negan finalmente decidiu virar costas a Alexandria e ir à sua vida. Foi o melhor que ele fez. Mais tarde tem uma conversa com o pequeno Hershel Rhee (isso mesmo, o filho de Glenn) e confessa-lhe que matou o pai dele. É preciso tê-los no sítio! Depois convence-o a crescer, a esperar alguns anos, e a voltar para acertarem as contas. Mas agora Negan salvou a vida do filho de Maggie, e, se o homícidio de Glenn ainda pesa, no coração de uma mãe pesa também a gratidão de salvarem a vida ao seu filho. Talvez Maggie não mate Negan pelas costas por enquanto, porque já foi anunciada uma mini-série com os dois, Negan e Maggie, depois de a série acabar. Mau, muito mau. Agora já sabemos que nenhum deles vai morrer até ao final.
Dog, o cão de Daryl, deve ser o cão mais bem comportado do universo, aparecendo quando é conveniente, desaparecendo quando está a mais. Mas pelo menos não o mataram, ainda!
Algumas personagens mais recentes tornaram-se muito empáticas. Como Aaron, Ezekiel ou Princess, de entre os mais improváveis. Estou muito preocupada por eles. São personagens secundários fáceis de “eliminar”, já que a série se recusa a matar mais personagens importantes.
Não tenho esperança de voltar a ver Rick Grimes, ou até Michonne, no resto da série (excepto em flashbacks e memórias), mas talvez me engane.
Sem querer entrar em mais spoilers (não que os haja nestas curtas linhas) queria apenas recomendar a parte final da série: os restantes 8 episódios. Não serão excepcionais como os primeiros, mas serão os últimos. E, erros do costume à parte, prometem algum entretenimento como há muito “The Walking Dead” não proporcionava.

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