quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

1408 (2007)



O ponto de partida é magnífico: um certo quarto, num certo hotel, onde ninguém conseguiu sobreviver por mais de 60 minutos. É o perfeito desafio para um especialista no tema que vive da publicação de livros sobre "hotéis assombrados" mas não acredita no sobrenatural. Todos os dados que lhe são fornecidos pelo gerente, que o tenta dissuadir de alugar o quarto 1408, são por ele descartados como histórias da carochinha para alimentar a lenda e garantir clientela.
Até ao momento em que o intrépido escritor entra no quarto, ou mesmo até à visita amedrontada do homem do ar condicionado, o filme corre bem, a recordar a atmosfera de "Shining" (ou não fosse "1408" também a adaptação de uma história de Stephen King), mais uma vez à volta dos mistérios da sanidade mental de um ser humano (ou falta dela) posto num ambiente fechado e isolado do resto do mundo. Não sei porque carga de água, a partir deste ponto salta para ali uma catrefada de sustos mal engendrados e o filme torna-se histérico. Não encontro melhor palavra para descrever a coisa. Se não fosse por isso, e pela falta de fundamentação em que se baseia a parte supostamente assustadora, até poderia entrar no subconsciente e meter algum medo. Sendo assim, o poster acima é mais susceptível de sugestionar monstros escondidos debaixo da cama do que o próprio filme que quer vender, e por isso o escolhi.
É preciso um remake de muitas boas ideias que se estão a desperdiçar em filmes sem inteligência, e este é um excelente exemplo.


12 em 20

Sem comentários: