Um filme sobre um filme. Um filme de vampiros sobre um filme de vampiros. Um vampiro a fazer de actor a fazer de vampiro. - Curioso como a mitologia se vai vampirizando a si própria. Já o Théâtre des Vampires foi descrito por Anne rice como "vampiros a fazer de humanos a fazer de vampiros!. -
John Malkovich interpreta um Murnau febril e sem escrúpulos que faz um pacto com o diabo por paixão à sua arte, à ciência da sua câmara recém nascida. Obsessivo, promete a actriz principal ao vampiro mais repugnante da história do cinema, tão repugnante que nem os actuais meios de caracterização reduziram Willem Dafoe a algo semelhante à personagem de Max Schreck, o original Nosferatu.
O verdadeiro golpe de asa do filme só chega no fim, quando o espectador se questiona quem é mais repugnante, o vampiro ou o implacável realizador. Em suspenso até ao último minuto.
Só por isso, 14 em 20.
6 comentários:
Tem graça... eu vi-o em video e desisti perto do fim. Há coisas no último minuto? Hum, vou rever.
Mas sim, o filme seria diferente - e tê-lo-ia visto até ao fim - se tivesse sido feito por um vampiro a fingir que era um realizador que fazia filmes sobre vampiros... ;)
Se perdeste o fim, perdeste tudo.
o filme está engraçado... eu tinha lido algures sobre os boatos em volta desse actor, se calhar vou ver se o arranjo para o rever.
À época pensou-se que Murnau usara um vampiro real para o papel...
Teu blog me faz mal! E deve fazer mal a vc também. Vim parar aqui por acidente e talvez por isso não tenha nenhuma moral pra comentar assim, mas, tenho que lhe dizer que essa parada de estética "dark" não pode ser boa. Coisa de energia, sabe?
Melhoras pra ti.
Fuck you para ti, márcio araújo.
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