Já que me perguntaram o que ando a fazer, lembrei-me de que no domingo, se me levantar da cama a horas, tenciono votar no Manuel Alegre porque não gosto dos outros.
Mas neste momento estou muito mais interessada na história de Túrin e da Terra Média do que nas histórias desta Terra Medíocre.
Gostaram da chalaça? Eu gostei.
8 comentários:
obviamente a ler.. claro. como é que não me ocorreu?
Ahahahahah :P
Eu não sei se vou votar. Teria de ir ao Porto e isso quer dizer gastar quarenta euros pela Pátria. Se votar, também não sei em quem, talvez no Alegre, sim. Não, evidentemente, no futuro Presidente.
E lembraste-me, com a Terra Mediocre, a minha primeira leitura do Tolkien. O Senhor dos Aneis foi editado a primeira vez com grande distância entre os volumes. Comprei o primeiro pouco tempo depois de ter saído (já tinha ouvido falar, e na altura não lia inglês nem os livros se encontravam por cá, se o lesse). Na véspera de férias, e nessa altura férias queria dizer Albufeira.
De modo que entrei no Shire, e naquelas insuportáveis primeiras noventa páginas, dentro do comboio da noite que me levaria ao Algarve. Sentado no chão junto da minha mochila porque não havia lugares sentados. Era uma noite de lua alta e de nuvens tipo pintura romântica. Os primeiros elfos ("Elbereth, o Giltoniel, clara rainha dos mares ocidentais") chegaram ao mesmo tempo que o Alentejo. A Lua estava cheia. Depois, passei uma semana a evitar olhar para a baixa alegria da praia e dos cafés e dos bandos de adolescentes (eu era um deles) a tentar falar com as "estrangeiras". O Tolkien fez-me perder pelo menos uma inglesa ou uma alemã, tenho a certeza. Possa ele sofrer por toda a Eternidade.
O pior do Algarve, descobri nessa altura, era não ter árvores. Não consegues sentir nada junto de uma alfarrobeira enfezada. Nem os orcs andariam por ali.
E depois, esperar dois ou três meses pela continuação. Ai ai.
Ora, não me lembro de o ver no Despertar... Outro grande livro, esse.
epa sinceramente tenho a mesma opinao que tu... mas com uma diferença: não voto em fantoches que nada decidem e nada fazem de util... xó abanam a cabeça e dizem k sim e espetam medalhas... e todos os candidatos o sao! por isso vou à mesa de voto e escrevo lá uns pequenos insultos naquela folhinha que representa a palhaçada que é a democracia!
pk?! pk me apetece!
fará alguma diferença?! acho que não... mas que se lixe! LOL
somos livres de fazer o k keremos ou não somos?
um beijo*
adorei este goticismo...
Voarei novamente até aqui.
De facto, Carlos, tenho uma ideia vaga... tenho de procurar isso. O Bergier sempre foi um bocadinho precipitado, de facto. Mas o Despertar é um livro que me ficou; foi dos primeiros que li depois das historiazinhas para crianças.
Frases que me ficarão muito tempo na memória:
«Coitado! É um atrasado mental!» - Mário Soares comentando o protesto de um cidadão ex-combatente da Guerra Colonial.
«Nestas eleições os portugueses compareceram de um modo não ausente.» - Um tal senhor Campos, Ministro Socialista de Portugal.
Frase necrofilo-gótica do mês:
«O eleitorado votou mais em Manuel Alegre porque este é mais jovem e ainda tem um futuro político à sua frente, enquanto que o Doutor Mário Soares travava a sua última batalha.» - um senhor qualquer (jornalista? comentador político?) no programa dedicado às presidenciais na TVI.
Frase religiosa do mês:
«Fica a lição, fica a esperança.» - discurso final de Manuel Alegre.
Frase de grande política do mês:
«A democracia não se faz apenas com aqueles que vencem, mas também com aqueles que participam.» - discurso de José Sócrates, Primeiro Ministro de Portugal e Secretário Geral do Partido Socialista, comentando os resultados eleitorais.
Frase de sabedoria popular do mês:
«Só espero que ele agora não fuja!» - velhinha apoiante da candidatura de Cavaco Silva aguardando a chegada do Presidente recém-eleito ao Centro Cultural de Belém.
Pensamento vampírico que me ocorre:
«As elites socialistas são aqueles social-democratas ricos que se afirmam gente do povo. Os social-democratas são aqueles velhos ricos hábeis em simular que desprezam a riqueza.».
Abstenção:
Cerca de 40%.
Música (fúnebre?) de fundo:
«Cavaco! Cavaco! Soares é fixe! Soares é fixe! Portugal! Portugal!».
O mais extraordinário é que os dois concelhos com maior votação bloquista.... são na Madeira :P
Próximo capítulo: Sócrates e a Esfinge (não finge lá muito, mas enfim...)
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