domingo, 18 de maio de 2025

Solum (2019)

Realizado por Diogo Morgado, “Solum” é um filme português que se aventura por um género pouco (ou nada?) explorado entre nós, a ficção científica. Os actores são portugueses mas o filme é falado em inglês (se não os consegues vencer junta-te a eles…), o que me leva a concluir que havia ambições de singrar no estrangeiro. Li algumas críticas de “cá” que não são muito favoráveis, mas eu não achei o filme assim tão mau, se calhar porque estou habituada a muito pior no canal Syfy e “Solum”, apesar do orçamento reduzido, até não se safa muito mal.
Mas vamos ao enredo, que é o que interessa. Oito concorrentes participam num reality show numa ilha deserta (as paisagens são dos Açores). O último a desistir é o vencedor do concurso. (Muita gente comparou esta premissa aos “Hunger Games”, mas eu ainda me lembro de um concurso semelhante chamado “Survivor” nos anos 90 e acho que os “Hunger Games” não são para aqui chamados.) Depressa os concorrentes percebem que de facto estão ali para sobreviver, e com mais gravidade do que pensavam. Entretanto, dois deles parecem saber mais do que os outros, e um deles decide mesmo eliminar a competição com um arco e flechas. Este pode parecer tresloucado, mas no fim acaba por dar uma explicação plausível, concorde-se ou não.
A parte que os concorrentes não sabem (e que nós também não compreendemos muito bem) é que o planeta Terra foi destruído (vemos muito ao de longe uma bomba nuclear (?) cair na Europa) e que o jogo está a ser organizado por extraterrestres que estão a “seleccionar” os melhores espécimes para… levar para o planeta deles?…
Aqui é que o filme se torna realmente confuso. Este “reality show” está mesmo a acontecer na realidade, numa ilha deserta, ou é completamente virtual e os concorrentes estão metidos em pods algures numa nave espacial e não sabem?
“Solum” acaba por resumir-se a uma “moral da história” muito batida, isto é, será que os seres humanos merecem uma segunda oportunidade depois de destruírem o seu próprio planeta? Nesse caso direi que o filme é demasiado optimista. Não vai haver nenhuns extraterrestres para nos salvar. Teria sido uma melhor premissa.

12 em 20


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