[contém alguns spoilers]
Para prevenir os mais sensíveis, “Escape Room” é um filme do tipo “Saw”. No entanto, a moda dos Escape Rooms é uma coisa real, em que um grupo de pessoas, por diversão, tem de descobrir pistas e resolver enigmas para “escapar” de um lugar fechado. (Sinceramente, acho que não ia gostar, especialmente se houvesse um deadline. Para stress já me chega o trabalho, obrigadinha.) Mas vamos lá ao filme.
Christen e Tyler são namorados a pensar em tornar a relação mais séria, mas não está tudo bem entre eles. Tyler tem um affair com Natasha, casada com Anderson, ambos amigos do casal. Nunca se sabe exactamente se Christen está a par do affair, mas tudo indica que sim, uma vez que no aniversário de Tyler é ela que oferece convites aos participantes no jantar para uma aventura num Escape Room. A irmã de Tyler e o namorado dela também são convidados, mas uma rapariga sem namorado não é incluída no convite… e safou-se.
Os três casais são levados numa limusine para parte incerta, onde são vendados e drogados e separados em três quartos diferentes. Num écran de televisão, vêem que Christen está presa numa jaula e deduzem que o objectivo final do jogo é “salvá-la”. Para isso têm uma hora para resolver as pistas e enigmas de modo a abrir as portas e chegar até ela. Por esta altura ainda estão todos convencidos de que é tudo um jogo e uma aventura, até que a irmã de Tyler e o namorado têm uma morte horrenda sem causa aparente. É então que as tensões dentro do grupo entram em ebulição. Natasha, que já tratava o marido abaixo de cão antes de tudo acontecer, torna-se verdadeiramente ofensiva, e Tyler, considerado por todos como arrogante e egoísta, começa igualmente a tratá-la com grande desprezo. É impossível que o pobre Anderson não se tenha apercebido também do affair.
Na verdade entram todos em pânico e decidem safar-se cada um por si, excepto o desgraçado Anderson que não tem melhor sorte. A aventura torna-se um pesadelo. Alguém desconhecido (?) controla o “jogo”, como em “Saw”, e nunca tencionou deixá-los escapar.
A grande questão é porquê, que nunca é respondida, tornando o fim bastante frustrante. Talvez o objectivo fosse uma sequela. Algo realmente a lamentar, especialmente porque o filme apostou tanto na dinâmica tensa e vingativa entre os casais, são as más interpretações de todos os actores (e eu raramente me queixo disto). Na vida real toda aquela gente saberia do affair, tal é a falta de subtileza dos olhares trocados entre Tyler e Natasha, e os diálogos (e outros grandes “pormenores”) no Escape Room propriamente dito nem parecem de pessoas naquela situação.
Existem mais filmes em torno desta premissa, talvez para a próxima me calhe melhor.
13 em 20
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