terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Shark Night 3D / Medo Profundo (2011)


Estava eu aqui a queixar-me no outro dia que os filmes de tubarões parecem todos iguais quando este aparece com uma reviravolta.
Mas não nos entusiasmemos. “Shark Night 3D” é muito mau, incrivelmente mau. Nos primeiros 30 minutos eu estava a pensar que este filme não devia ter sido feito em 1D, nem em 2D e muito menos em 3D.
“Shark Night 3D” começa como todos os outros filmes do género: meia dúzia de adolescentes vão passar um fim-de-semana à casa de campo de uma colega/amiga no Luisiana, à beira de um lago de água salgada, no intuito de beber, fornicar e tomar drogas, mas o lago tem tubarões e um dos jovens é prontamente atacado. Aqui começa logo a estupidez. O rapaz perde um braço mas não podem chamar uma ambulância porque os telemóveis não apanham rede (o que eles já sabiam) e a casa isolada (que é uma casa de família dos pais da rapariga, outra geração, portanto) não tem um telefone fixo? Nem sequer um rádio para as emergências? Custa-me a crer.
De seguida, o rapaz que perdeu o braço decide voltar à água para se vingar do tubarão, porque no bairro dele paga-se “olho por olho”, como se o tubarão fosse um grande gangsta de esquina. Escusado será dizer que o rapaz acaba por perder mais do que um braço...
Como é que os tubarões apareceram no lago, tão longe do mar? Uma das teorias dos adolescentes é que foram transportados para lá por uma inundação num dos últimos furacões. E é aqui que o filme de tubarões se torna numa espécie de “Deliverance” (quem não viu “Deliverance”, filme de 1972 com Jon Voight, Burt Reynolds e Ned Beatty, vá já correr a ver, até por uma questão de cultura geral para além da cinematográfica).
Basicamente, um grupo de pacóvios racistas e ressentidos descobriram nos tubarões uma maneira de se “vingarem” dos miúdos privilegiados da cidade. Pronto, era a reviravolta e eu queria falar de “Deliverance”, mas não há muito mais a dizer.

11 em 20 (porque não mataram o cão, desculpem o spoiler)


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