domingo, 5 de novembro de 2023

Day of the Dead: Bloodline (2017)

Não se deixem enganar pelo título “Day of the Dead”. Este filme é tão mau que só estou a falar dele por motivos humanitários. Aviso: não percam tempo com isto.
Mas já que vi, vamos lá rir-nos um bocadinho com a história.
O filme começa com o início do apocalipse zombie, que eu gosto sempre de ver. (Sem ironia.) Desta vez é uma variante da gripe H1N1 que está a tornar os mortos em zombies. (Pergunto-me, quando é que vamos ter a variante COVID que faz o mesmo, no cinema? Se bem que o COVID já conseguiu zombificar o mundo durante dois anos na vida real.)
Zoe é uma estudante de medicina, mais especialmente epidemiologia, que trata precisamente destes fenómenos. Um dos seus pacientes, Max, tem um número de anti-corpos elevadíssimo e anormal, o que faz dele um bom sujeito de estudo. Max colabora, indo todas as semanas ao hospital onde Zoe estuda para doar sangue. Mas a verdadeira razão de Max é que este tem uma obsessão patológica por Zoe. Tão patológica que, durante uma festa de estudantes, Max faz uma emboscada a Zoe na morgue e tenta violá-la. Felizmente, é mesmo no momento em que o primeiro zombie se levanta e ataca Max. Max é mordido e Zoe foge. Isto pode parecer gratuito e escusado, mas não é.
Zoe consegue escapar da festa, perseguida por aquele tipo de zombies que eu não acho que sejam verdadeiros zombies: os que correm e sobem escadas e têm mais força do que os vivos.
Cinco anos depois do fim do mundo, Zoe trabalha numa base militar/centro de pesquisa, junto com alguns refugiados que conseguiram chegar lá e o destacamento militar mais incompetente que eu já vi num filme de zombies.
Uma miudinha fica doente e os antibióticos disponíveis não conseguem debelar a infecção. Zoe sugere que façam uma expedição ao hospital onde ela estudava, onde vão encontrar o que precisam. Mas, chegando ao hospital, imaginem quem ainda lá está? Max!
E aqui temos um momento de perplexidade, porque este Max, aparentemente um zombie como os outros, faz uma à Exterminador Implacável e segue Zoe até à base militar, debaixo de um jipe, agarrado ao carro apenas com a sua força braçal. Chegado lá, começa a perseguir Zoe no intuito de… De quê?
Finalmente é capturado e Zoe explica que ele não é totalmente zombie nem está totalmente morto. Está apenas meio-morto ou meio-zombie. Alguns órgãos funcionam, outros não. Tendo em conta a maneira como ele ainda deseja Zoe, já sabemos o que não lhe apodreceu…
Zoe deduz que ele é meio-imune ao vírus zombie (devido aos seus elevadíssimos anti-corpos, lembram-se?) e que pode ser utilizado para fazer uma vacina. Para isso, pede aos militares que lhe arranjem dois ou três exemplares zombies para fazer testes. A equipa militar só tinha de abrir a vedação e deixar os zombies entrar um a um. Mas, com uma incompetência de bradar aos céus e uma vedação fraquíssima, deixam entrar os zombies todos! Acho que até a pequena Judith de “The Walking Dead” estaria a abanar a cabeça neste momento.
Mas há pior.
O comandante do acampamento consegue convencer o irmão, namorado de Zoe e também militar, de que Zoe não quer deixar que matem o tal meio-zombie porque eles tinham uma relação. Isto porque Max gravou o nome dela no braço. O parvo do namorado acredita no irmão e temos aqui um triângulo amoroso. Zoe tem de provar ao namorado que não sente nada pelo meio-zombie e…
E já chega, não acham? Porque tudo isto é tão mau, tão mau. Até parece cómico, mas, pelo contrário, às vezes consegue ser de um tédio de morte.
Contudo, viva a ciência! Zoe arranja maneira de fazer uma vacina em doses maciças a partir do dedal de sangue que conseguiu tirar ao meio-zombie, e vivem todos felizes para sempre.
A quem não tem mesmo nada melhor que fazer, aconselho a ver antes a primeira temporada de “The Walking Dead”.

9 em 20


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