domingo, 18 de abril de 2021

The Twilight Zone / A Quinta Dimensão (2019, segunda temporada)

Não sei o que se passa com esta nova edição de “The Twilight Zone”, mas o facto é que parece não ter impacto. Se na primeira temporada os episódios eram quase panfletários, tão preocupados com a mensagem política e social que estavam a tentar transmitir que as histórias acabavam por ser relegadas para segundo plano, já não podemos dizer isso da segunda.
Desta vez “The Twilight Zone” cingiu-se às histórias, mas nem por isso estas tiveram o impacto com que a velhinha “A Quinta Dimensão” de 1959, a preto e branco, ou até a edição de 1985, a cores, nos marcou para sempre. Serão as histórias menos boas? Seremos nós que já vimos tanta coisa que não é qualquer história que nos atinge? A verdade é que depois de cada episódio dei por mim a encolher os ombros, sem que me aquecesse ou arrefecesse.
Quase basta dizer que o meu episódio preferido foi “8”, em que o protagonista é um polvo assassino. Sim, leram bem, um polvo assassino, nem sequer um polvo gigante (embora bastante grande), mas muito inteligente. O episódio passa-se na Antártida, onde um grupo de cientistas estão isolados a estudar, supostamente, os efeitos das alterações climáticas, quando algo os começa a matar um a um. Este é um enredo à “Alien” e “The Thing”. Nunca me passou pela cabeça que o vilão fosse mesmo o polvo que os cientistas encontram escondido dentro de uma arca. Mas acontece que os cientistas, afinal, não estão ali com boas intenções. O que eles querem é apanhar o espécime para a indústria farmacêutica e coisas piores. Só que o polvo é mais esperto do que eles e lixa-os. E o pior é que nós aplaudimos. Existe uma cena perturbadora como há muito tempo não via. O polvo consegue camuflar-se de tal maneira que fica invisível em cima de um dos membros da equipa que acabou de matar. Foi arrepiante, confesso.
Algumas histórias têm o seu interesse, mas destaco também “You Might Also Like”, uma invasão extraterrestre pelos mesmos aliens do original “To Serve Man” que acaba por ser uma paródia pouco subtil ao consumismo.
Os outros episódios são francamente esquecíveis e se a série for renovada e a qualidade continuar assim, penso que vai ser a última crítica que faço a esta nova “Twilight Zone”.



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