sexta-feira, 14 de junho de 2013

Máquina Herética: poesia e prosa poética, 2


Se tu és a rosa eu sou o espinho.
Se tu és a estrada eu sou o atalho.
Se tu és a terra eu sou o verme.
Se tu és o trigo louro eu não sou nada mais que
as folhas que murcharam e que tu escondes abaixo do sol.
Se tu és a pradaria eu sou a erva seca.
Se tu és o sol, podes crer que eu sou uma estrela que já morreu.

3-9-1987

4 comentários:

Fashion Faux Pas disse...

Este é forte, eu acho. Parece mais adulto.

katrina a gotika disse...

Gentileza tua. :)

Na verdade, só aqui entre nós, estava a pensar na pessoa por quem estava apaixonada. E senti cada palavra. Ela era tudo, eu não era nada.

Fashion Faux Pas disse...

Amores assim são sempre um mal, quando pomos o outro como o todo do nosso mundo e nos anulamos. Mas aos 15 anos, só se sente a paixão assim, não é?

katrina a gotika disse...

Não sei. Esta foi uma paixão muito especial. Ela era o cisne, eu era o patinho feio. só faltou uma frase ao poema: tu és bela, eu não sou.