Todos os leitores sabem que nas últimas eleições tenho apoiado o CDS-PP mas é tal a gravidade do momento que me vi a ponderar seriamente que estas legislativas precisam de um voto estratégico que defenda os meus interesses. Há muito tempo que não me questionava tanto em quem votar.
PSD nunca. PS nunca mais.
Desta vez, cheguei mesmo a considerar votar nos comunistas.
Gosto muito do Paulo Portas, e concordo com muitas das suas ideias, mas vejo o CDS-PP muito preocupado com os velhinhos, os agricultores, as forças de segurança, e foi dali que saiu o traiçoeiro código do trabalho que condena a sociedade a um atraso de 100 anos. Este Código de Trabalho tem de ir à vida.
O único partido que de facto se mexe pela situação da geração azarada que por ter nascido dez anos mais tarde ganha um terço do que os seus colegas mais velhos, quer sub-alugados como escravos de trabalhos temporários, quer a recibos verdes, quer até no escândalo dos estágios não remunerados financiados pelos papás (os que podem), principalmente nas empresas de comunicação social que teriam o dever deontológico de não o fazer, o único partido, dizia, que defende os meus interesses é o Bloco de Esquerda.
Embora não concorde com muitas das suas ideias, chegámos a um ponto em que a pouca vergonha é tal que o rumo tem de ser radical e revolucionário. Votarei, portanto, no Bloco de Esquerda.
O Paulinho que me perdoe. Não fosses tão amigo dos patrões!
2 comentários:
Pois, o problema é a tal questão do "voto útil" que oscila sempre só entre dois lados...e ao fim destes anos todos,o povo continua a ceder a este esquema sem futuro nenhum...
E lá cedeu de novo...
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