Ok, porque a preguiça é um pecado aqui vai um "dois em um" de penitência.
"Gothica", 2003
Foi com bastante curiosidade que vi o filme de título quase igual ao deste blog.
Uma psiquiatra dá por si a experimentar as alucinações de uma paciente e a história desenvolve-se até à concretização de que as visões são causadas pelo fantasma de uma vítima de um crime verdadeiramente real.
As críticas não são famosas e com razão. O filme promete mais do que dá e não passa de um cruzamento entre um "Silêncio dos Inocentes" e um "Sexto Sentido". O título foi escolhido (apenas?) devido ao lado fantasmagórico da história. Podia também chamar-se "Silêncio Sentido" ou "Sexto Inocente" e era menos enganador. E não era preciso invocar os romances góticos do século XIX... em vão.
Só porque entretem,
13 em 20.
Agora o próximo...
"The Fog II", 2005
Dizer aqui que fiquei decepcionada não será inteiramente verdade porque como as sequelas já nos habituaram tão bem o surpreendente é quando são boas....
Ora bem, o que há de errado com este filme? Tudo. Um filme de terror tem como objectivo meter medo ao espectador através de uma ameaça desconhecida. Também ajuda um bocadinho que os intérpretes sejam credíveis e que a história não seja susceptível de ser adivinhada desde o primeiro minuto. Mas aqui não há nada a fazer. Já se sabe que há fantasmas, que vêm com o nevoeiro, que estão ali para se vingar. Depois é só contar os mortos.
Há uma parte deliciosa, contudo, em que do nevoeiro aparece o "Carl McCoy" e, talvez, os restantes membros dos Fields of the Nephilim.
Se é um facto que Carl McCoy adoptou o estilo do filme original de 1980, pode bem ser que o filme de 2005 quisesse adoptar o Carl McCoy. ;)
Quanto aos outros personagens, aqueles que de facto fazem parte do filme e não da minha imaginação delirante, temos o rapazinho/borracho/símbolo sexual do Superhomem de "Smallville" (Tom Welling) a fazer um papel mais convincente do que a rapariguinha/borracho/símbolo sexual de "Lost" (Maggie Grace). No caso da última, há uma tão total ausência de diferenças entre as personagens do filme e da série ("Shannon") que a qualquer momento se espera que apareça o namorado iraquiano "Sahid" a trazer algum verdadeiro mistério ao dito nevoeiro de que trata o filme.
Sim, comparado com o original, o filme é muito mau, muito mau, mesmo muito mau!
Há contudo um pormenor delicioso que vale mais um pontinho porque é destas subtilezas que se faz o cinema. Na cena em que uma das vítimas morre esfaqueada por pedaços de vidro, em vez da sangria do costume os vidros penetram o corpo do homem e saem dele tão imaculados quanto entraram, e são essas anormalidades que fazem que um filme sobre o sobrenatural pareça "bom". Isso e o homenzinho da praia, o caçador de tesouros, que não tem nada a ver com a história mas que faz a figura do "coro" das tragédias gregas, um pormenor a lembrar os melhores momentos de Carpenter.
O resto foi para facturar que já não há imaginação para mais (e venha mais um "Halloween" em 2007, como se ainda houvesse pachorra para o gajo da máscara branca!) e é por isso que não passa o nível de entretenimento imbecil para menos de duas horas.
14 em 20 (14 por causa dos Fields, se bem que só na minha imaginação delirante, senão levava 13 também)
3 comentários:
ambos os filmes não valem muito... enfim, tal como o Necare nao faço a mais palida ideia do porquê do nome...
"Gothica" por causa do ambiente fantasmagórico do filme. Mas indo por aí, "os Outros" merecia melhor - supremamente melhor - o título "Gothica".
Hmm o "Gothica" não me impressionou nada...o "The Fog" vi o original há alguns anos e não senti necessidade de ver o remake...
O "The Others" é sem dúvida superior aos outros...mas já não me impressiono com cinema ocidental desde que passei a ver filmes asiáticos...
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