sábado, 25 de setembro de 2004

"Cem Anos de Solidão", de Gabriel García Márquez

Tenho um problema com autores sul-americanos. (Neste caso, colombiano, mas anda lá perto.) Parece que alinham todos pelo mesmo diapasão. Histórias intermináveis de famílias intermináveis, com os seus momentos de sexo (geralmente só contam os que metem virgens, putas e homossexuais) e política, e política e sexo. Aconteceu-me o mesmo com a insuportável Isabel Allende, de quem consegui concluir "Eva Luna" porque na altura ainda perdia tempo com livros "aconselháveis". E há mais exemplos mas os nomes, felizmente, já se varreram da memória. Os autores brasileiros, então, superam-se, no mau sentido. Não tenho paciência. As histórias podem ser muito interessantes lá na terra deles, tal como "Adeus Princesa" é cá na nossa terra, mas a mim não dizem nada. É uma pena.
Com este "Cem Anos de Solidão", consegui ler metade do livro num só dia porque o homem escreve bem e a história lê-se bem. Lê-se bem, mas não interessa a ponta de um corno. As 3 mil personagens entram e saem com uma rapidez vertiginosa. Para quem gosta de ler sagas de 11 livros dedicadas a meia dúzia de personagens... Está-se mesmo a ver o desastre. O facto de todas estas personagens galopantes terem nomes parecidos não ajuda mesmo nada. Pobres crianças que vão ter de estudar isto na escola. Antes o Eça!
E como eles, os autores sul-americanos, gostam de descrever mortes esquisitas e cadáveres em decomposição, meu Deus! Que fixação mais mórbida! E mal feita, e copiada, porque o mestre dos cadáveres é Adgar Allan Poe. Porque esse sim, sabia invocar a Morte.
Ao fim de metade do livro, saltei para o último capítulo e não notei a diferença. O que é que isso diz da história? Do famoso "enredo"? Onde estão as personagens fascinantes?... Ah, é verdade, as primeiras cem morreram logo a abrir. O livro também podia ter ficado por aí.

Ok, menos um.
Ora bem, procurar o tal "Vittorio"...

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