Este é um filme de terror com algumas potencialidades, mas que se perde a meio. Uma militar chega a casa depois de uma missão no Afeganistão, onde é esperada pelo marido e os três filhos. Imediatamente começam a acontecer coisas estranhas, algumas que podem ser resultado de stress pós-traumático, outras que são tipicamente a acção de um poltergeist (objectos a voar, gavetas a abrir e a fechar, etc) ou o início de uma possessão. O marido consegue convencê-la de que todos estes fenómenos são resultados do stress e convence-a a passar umas férias no Havai, onde este estuda os mitos locais.
Até aqui o filme parece pouco original, até que surge uma reviravolta surpreendente a lembrar “The Skeleton Key / A Chave” (2005). Teria sido óptimo que “The Unfamiliar” acabasse aqui, quando estava bom, mas de repente o enredo perde o fio à meada e começa a deixar de fazer sentido. Se calhar mais do que em todos os outros géneros, um filme de terror tem de fazer sentido se nos quer convencer e arrepiar. Quando o espectador deixa de acreditar no que vê, o filme não consegue atingir o objectivo. Foi exactamente o que aconteceu aqui, quando o enredo deitou fora a lógica. Por alguma razão pretendeu-se chocar os espectadores com horror físico, e existe uma cena em que a mãe pede ao filho (criança) que se cubra todo de água a ferver! Esta é uma boa mãe, não uma dessas megeras inqualificáveis, mas acho que nem uma megera inqualificável era capaz de sugerir uma coisa destas ao próprio filho. No que é que esta gente estava a pensar?
Enfim, como disse, um filme com potencialidades que vão por água abaixo (quase literalmente, porque de facto há cenas subaquáticas).
11 em 20
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