domingo, 2 de outubro de 2022

Anacondas: The Hunt for the Blood Orchid / Anacondas: Em Busca da Orquídea Maldita (2004)

Já vos aconteceu estarem a ver um filme muito mau e a certa altura perceberem que já o tinham visto mas não se lembram, porque tão depressa se vê como se esquece? A mim acontece muito. É exactamente o caso deste “Anacondas: Em Busca da Orquídea Maldita” de 2004, ao contrário do que eu disse aqui quando fiz a crítica à sequela “Anaconda - Rasto de Sangue” de 2009. No meio dos dois descobri que há um “Anaconda 3 / Anaconda: Offspring” com o David Hasselhoff, de 2008. Será que vi? Já não digo nada.
Só me lembrei de que já tinha visto “Anacondas: Em Busca da Orquídea Maldita” quando o macaquinho vê a anaconda. Mas não se preocupem, podem ver à vontade, o macaquinho safa-se! Quem não se safa são as personagens mais ou menos concebidas de propósito para serem comidas sem chocar muito o espectador.
Uma equipa de uma companhia farmacêutica dirige-se ao Bornéu em busca da tal orquídea milagrosa que contém o gene da imortalidade. Como costuma acontecer nestas coisas, a maioria das personagens está mais interessada nos lucros do que na imortalidade propriamente dita, o que é bastante conveniente para se tornarem ração de anaconda. Aparentemente, uma vez que a orquídea faz parte da cadeia alimentar, nesta região recôndita as anacondas crescem em proporções gigantescas. Pior um pouco, a equipa chegou ao local exactamente na época de acasalamento das anacondas, o que os lança no meio de uma orgia ofídica. O resto adivinha-se.
Mas “Anacondas: Em Busca da Orquídea Maldita” não é tão mau, nem de longe, como a sua sequela “Anaconda - Rasto de Sangue”. Existem aqui momentos de tensão a sério, e diálogos com piadas que realmente são engraçadas, coisa que “The Witcher” quis fazer e não conseguiu. Não houve grandes esforços para dar mais tridimensionalidade às personagens porque ninguém está a ver este filme por causa delas. Estamos todos a torcer pelo macaquinho que não tem culpa nenhuma de ali estar, e é o que basta. De resto, queremos ver cobras e o filme dá-nos cobras. Não é caso para pedir mais.

13 em 20


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