domingo, 1 de agosto de 2021

47 Meters Down / 47 Metros de Terror (2017)

Durante umas férias no México, duas irmãs são aliciadas a ir observar tubarões em alto-mar dentro de uma jaula própria para o efeito. Como é típico destas coisas, uma delas hesita, mas a outra insiste. O barco que as leva é velho, o guindaste e a jaula em si encontram-se visivelmente em mau estado e bastante ferrugentos. Mas o preço é especial, uma “atençãozinha” de um amigo que conhece o dono do barco. Antes delas mergulham dois amigos, que alegremente tiram fotografias aos tubarões sem que nada aconteça. Mas quando finalmente as duas irmãs são descidas a uma profundidade de 5 metros, o guindaste parte-se, a jaula vai a pique até ao fundo, o guindaste cai-lhe em cima. As irmãs ficam a 47 metros de profundidade, em águas infestadas de tubarões, com pouco oxigénio nos tanques de mergulho. Mesmo que quisessem correr o risco de nadar para o barco também não podiam, porque àquela profundidade têm de parar para fazer descompressão durante alguns minutos, esperando que os tubarões não dêem por isso. E não são tubarõezinhos, são mesmo monstros de 6 a 8 metros de comprimento, daqueles que abrem a boca e engolem logo uma cabeça.
Uma das melhores cenas do filme é quando elas decidem arriscar e nadar até ao barco com um very light aceso para assustar os tubarões. (Não faço ideia se na realidade resulta, mas na lógica do filme faz todo o sentido, sem querer explicar mais para não incorrer em spoilers.*) A certa altura o very light apaga-se e elas acendem outro. Assim que o acendem, grandes tubarões de bocarra aberta já as rodeiam por todo o lado. É mesmo um imaginário de pesadelo.
Este é um filme que faz o que promete: terror com tubarões no fundo do mar. Não é para esperar mais, embora a conversa entre as irmãs pudesse ser muito melhorada. Os diálogos são do mais cliché que existe: “Vamos morrer aqui”, “Não, não vamos, já vem ajuda a caminho”; “Não chegam a tempo, estamos quase sem oxigénio”, “A culpa foi minha, não devia ter insistido”, etc, etc. Nada de original, numa situação em que vertentes muito mais dramáticas da vida das irmãs podiam ter sido exploradas. Mas este não é desses filmes.
Gostei da reviravolta final, que, embora não sendo previsível, também não caiu do céu aos trambolhões como tantas vezes acontece. Neste caso, foi bem feito.
Excelente filme para ver antes de ir à praia.
 
14 em 20

* Aparentemente, os tubarões não têm medo de very lights.


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