Só há uma maneira de ver este filme: ou se gosta da saga ou não se gosta. Quem não gostou de “Exterminador Implacável” e suas sequelas escusa de perder tempo. Este filme não é muito bom nem acrescenta nada de novo. Vale pelo entretenimento.
O “herói” desta vez é Marcus Wright, homicida condenado à morte que aceita doar o seu corpo à ciência. Quando lhe concedem as últimas palavras, admite que é mau e merece o castigo.
Acorda novamente em plena guerra das máquinas contra os seres humanos, transformado num cyborg, mas ele não sabe o que lhe fizeram nem como foi ali parar. Ao dar-se conta da guerra, decide imediatamente lutar do lado dos humanos. Pelo caminho conhece o jovem Kyle Reese, feito prisioneiro pelas máquinas. Wright consegue escapar e é então que se cruza com um tal John Connor, que ainda não é o chefe da Resistência. Acontece que a Resistência parece ter conseguido uma vantagem tecnológica sobre as máquinas e o chefe da Resistência em funções não quer perder tempo: decide arrasar uma das instalações da Skynet sem apelo nem agravo, apesar dos prisioneiros humanos que lá estão. John Connor não pode aceitar isto porque o jovem Kyle Reese, a quem ainda não conhece, precisa de ir ao passado conhecer Sarah Connor. Estão a ver agora? Connor nunca tem de entrar em conflito com o superior em funções, porque entretanto a vantagem tecnológica que julgavam possuir era uma armadilha. Graças a este engodo, grande parte da Resistência é destruída, tornando Connor no chefe efectivo. É fulcral entrar na sede do inimigo e libertar Kyle Reese. Wright já sabe que o transformaram num cyborg, mas voluntaria-se. Quando as máquinas o confrontam com o facto de ser o que é, e que o fabricaram para se infiltrar na Resistência, responde-lhes que não é por ser feito de aço que deixa de ser um homem.
E foi o momento filosófico da noite, senhoras e senhores. O resto é pancadaria e cenas de acção. É claro que nós sabemos que Kyle Reese vai ser libertado, senão não existiria John Connor, mas e se algo correr mal?
A parte mais surpreendente do filme é quando aparece um modelo T-800 acabado de sair da caixa, isto é, um Arnold Schwarzenegger nuzinho da silva e jovem, em 2009! Claro que fui investigar como é que fizeram aquilo, embora já desconfiasse. O actor é um duplo e a cara é sobreposta com software, mas a ilusão ficou tão bem feita que se aguenta à bronca. A câmara também nunca se aproxima demais, para dizer a verdade.
Este é daqueles filmes para nos entreter durante duas horas sem termos de pensar muito. Seria difícil sair daqui alguma coisa de original tendo em conta que a saga já foi mais que explorada. Para quem já perdeu a conta, este é o quarto episódio do “Exterminador Implacável”.
13 em 20
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