terça-feira, 29 de outubro de 2024

Bohemian Rhapsody (2018)

Hey, I'm gonna get you too
Another one bites the dust


Para mim fez todo o sentido que o filme começasse com a actuação dos Queen no Live Aid, que foi afinal onde os conheci “a sério” pela primeira vez. Admito desde já que não sou fã, embora goste de meia dúzia de canções. “Bohemian Rhapsody”, por acaso, até nem é uma delas. Simplesmente não é o meu tipo de música.
Acredito que “Bohemian Rhapsody” seja uma delícia para os fãs de Queen, e de Freddie Mercury em particular, mas não é preciso ser fã para apreciar o percurso da banda. Gostei particularmente de perceber como é que as canções mais icónicas foram construídas, “Bohemian Rhapsody”, por exemplo, que as rádios não queriam tocar porque era muito “longa”: 6 minutos. Se as rádios soubessem o que vinha por aí com o rock progressivo…
Adorei os bastidores do vídeo de “I Want To Break Free”, um dos meus preferidos. Não fazia ideia de que o vídeo tinha sido censurado na televisão, fruto das mentalidades do tempo. Hoje em dia o vídeo é simplesmente hilariante: Mercury vestido de dona de casa, com a sua grande bigodaça, a aspirar o chão.
E depois vem a parte para chorar. Quando comecei, chorei como um bebé até ao fim. Não fazia ideia de que Freddie Mercury já estava doente durante o Live Aid, ou não se notava nada a olhos de leigo. Freddie Mercury foi possivelmente a celebridade do campo musical que nos ensinou o que era a SIDA. Tudo o resto é muito emocional e afectou irreversivelmente as nossas vidas de adolescentes.
“Bohemian Rhapsody” é eficiente a contar ambas as histórias: Freddie Mercury e os Queen, estrelas de rock, e Freddie Mercury, símbolo de uma geração confrontada com uma doença fatal e estigmatizante.

There's no chance for us
It's all decided for us
This world has only one sweet moment
Set aside for us

Who wants to live forever?
Who wants to live forever?


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