No mundo de vampiros da Anne Rice é proibido criar um vampiro muito novo, ou muito velho, ou que não seja suficientemente atraente. Parece vaidade mas na verdade é por questões práticas: um vampiro jovem e atraente tem mais probabilidades de atrair uma vítima para se alimentar.
Não é o caso de Reginald. Reginald é um jovem obeso, careca, sem grandes atractivos, embora seja esperto. O seu objectivo era ir para a faculdade mas acabou por se empregar num trabalho frustrante numa cadeia de lojas de batidos. Reginald tem uma grande paixão por uma colega de trabalho, Sarah, mas nem tem coragem de se declarar. Uma noite, nas traseiras da loja, pede a Deus que o ajude. É então que Maurice, um vampiro e cliente regular na loja de batidos, tem pena dele e o transforma. Maurice tem um grande coração mas esquece que a comunidade de vampiros não aceita Reginald por não o julgar atraente (nota-se muito a influência de Anne Rice nesta série). Chamam-lhe inclusive o “vampiro gordo”, algo de inconcebível no modelo de estética do vampirismo. Para se livrar dele, o conselho de vampiros decide submetê-lo a uma Avaliação a que nenhum vampiro sobreviveu antes. O pior é que se Reginald não passar nesta Avaliação não será ele o único a morrer: Maurice, Sarah, e todos os que lhe são próximos morrerão também. Mas Reginald tem um super-poder. Os vampiros são capazes de “glamour”, isto é, de encantar/hipnotizar os mortais para esquecerem ou fazerem algo que lhes seja mandado, mas o glamour não funciona com outros vampiros. Reginald, extraordinariamente e sem explicação, tem o poder de encantar outros vampiros, o que o torna ainda mais um alvo a abater.
Baseado nos livros "Fat Vampire" de Johnny B. Truant, “Reginald The Vampire” pretende ser uma série cómica mas não foge aos momentos tristes. Não a achei muito engraçada, para ser franca. Gostei muito mais das passagens dramáticas, nomeadamente a história de Maurice (e Mike, já agora, de que temos vislumbres contados pelo próprio). No entanto, e desculpem o spoiler, a prova decisiva da tal Avaliação foram as maléficas Pinças Impossíveis: aquelas máquinas das feiras em que se tenta apanhar um peluche com aquelas pinças que não servem para nada. Confesso que me ri. Pior tortura não existe.
“Reginald The Vampire” não é uma grande série mas serve de entretenimento ligeiro a quem gosta de vampiros.
ESTA SÉRIE MERECE SER VISTA: 1 vez
PARA QUEM GOSTA DE: vampiros, Vampire Chronicles da Anne Rice
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