Desde há sensivelmente dois dias, isto é, desde dia 16 de Setembro, deixei de ser pobre.
Bem... deixar não deixei. Deixei sim de ser "paupérrima". Porque digamos a verdade, eu era paupérrima. Mas já não sou. Agora sou apenas pobre.
Algo me diz que vou passar a ter muito mais amigos. Sabem, as pessoas tendem a evitar o paupérrimo como se a pobreza fosse uma doença que se pegasse. (E já nem falo em evitar o sem-abrigo porque cheira mal.) Sim, as pessoas evitam. Nem sequer percebem que evitam, mas fazem-no. E eu sinto-o.
Nunca cravei um cigarro. Se alguma vez tive de pedir algum dinheiro emprestado (sempre pouco) foi por me encontrar desprevenida em determinada situação, e sempre fiz questão de pagar o mais depressa possível. Raios, eu nem sequer gosto que me paguem uma puta de uma bebida! Pobre mas orgulhosa!
Aquilo que eu peço às pessoas não é material, mas muita gente é paupérrima por dentro e não tem nada a oferecer. A esses é que é de evitar.
Mas dizia eu que ia passar a ter mais amigos. E depois ri-me. Não. Antes pelo contrário. Não é que as propostas não comecem a chover. E nem sequer me saiu o Euromilhões. Imagino se saísse.
1 comentário:
Infelizmente é assim...
Enviar um comentário