domingo, 9 de fevereiro de 2020
Seventh Son / O Sétimo Filho (2014)
Durante os primeiros 5 ou 10 minutos ainda julguei que este podia ser um filme sério. Bem, depende do que se entende por “seriedade”, porque “O Sétimo Filho” é um filme dirigido a uma camada infanto-juvenil e nesse aspecto faz o que deve e merece esta críticazinha.
Papás e mamãs, este filme é ideal para miúdos entre os 8 e os 13, com umas pipocas e uma coca-cola (sem açúcar), e não é tão infantil que não possa ser visto pela família toda. É Fantasia, os efeitos especiais mais parecem um jogo de vídeo, as mortes não são realistas, o sexo é implícito mas não se vê nada, não há sangue, os personagens caem de um precipício umas três vezes (sem exagero) e nem sequer torcem um tornozelo.
Mas, como dizia, cheguei a pensar que isto ia ser um filme sério devido à presença de Julianne Moore, aqui a fazer de rainha das bruxas, e quando Julianne Moore aparece rouba a cena inteira. É certo, não lhe dão muitos desafios com esta “rainha das bruxas”, mas Julianne Moore, muito profissionalmente, quase consegue transformar este “desenho-animado” numa personagem de carne e osso. O outro protagonista (o caçador) é Jeff Bridges.
Da mesma forma, Kit Harington (sim, esse, o Jon Snow da “Guerra dos Tronos”) também faz aqui uma aparição durante os primeiros minutos do filme. Não dura muito, coitado, pois é apanhado pela rainha das bruxas que tem o poder de se transformar em dragão, e aqui é Jon Snow quem se lixa. (Fez-me rir, admito.)
A história é do mais cliché que há. Um velho caçador de monstros (tipo Van Helsing), último representante de uma ordem de cavaleiros criada para esse fim, procura um novo aprendiz que tem de ser o sétimo filho de um sétimo filho. O seu último aprendiz (o tal “Jon Snow”) demorou dez anos a treinar mas agora o caçador não tem tempo para estar com “formações” porque se aproxima a Lua Vermelha, altura em que a rainha das bruxas e outros monstros têm mais poder e se preparam para fazer Maldades. Nunca nos é dito que Maldades exactamente, excepto que Julianne Moore se quer vingar das cidades que queimam bruxas; e as cidades queimam bruxas porque estas atacam as cidades; e as bruxas atacam as cidades porque estas queimam bruxas… e já estão a ver a pescadinha de rabo na boca. A missão do caçador e do aprendiz é destruir a Bruxa Má e seus lacaios antes que estes façam as tais Maldades.
Honra lhe seja feita, o filme tentou dar alguma complexidade aos personagens. Vem-se a descobrir que afinal o caçador esteve perdidamente apaixonado pela rainha das bruxas mas não resultou (drama!) e o novo aprendiz é filho de uma bruxa (Boazinha) e também se apaixona por uma jovem bruxa (igualmente Boazinha). Mas nenhum destes conflitos é aprofundado, fica tudo pela rama. Já o final não é tão cliché como é costume nestes casos. Quem acaba por derrotar a rainha das bruxas não é o caçador mas sim a própria irmã dela (mãe da jovem bruxa) para proteger a filha.
Em suma, é um enredo que pode ser acompanhado pela família toda sem nunca traumatizar os miúdos e sem aborrecer muito os adultos. A performance de Julianne Moore salva isto tudo, e entre os maus efeitos especiais até temos um que é interessante, um dos Maus que é inspirado num deus hindu e que tem quatro braços, e consequentemente luta com quatro espadas. Foi algo que nunca tinha visto.
E é tudo. “O Sétimo Filho” é um filme decente para uma matiné e não há mais nada a dizer.
12 em 20 (para miúdos dos 8 aos 13 anos)
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