Quando vi que este filme é do “nosso amigo” James Wan (“Insidious”, The Conjuring”, “The Nun”, etc) fiquei logo à espera do “nosso outro amigo” diabo chifrudo. Tenho para mim que James Wan e o diabo chifrudo são amigos desde a escola primária e que Wan lhe arranja papéis em todos os filmes que faz.
Mas não, nada de diabo chifrudo. A protagonista, Madison Mitchell, é atacada pelo marido abusivo e a partir desse momento começa a ter visões de homicídios como se ela própria lá estivesse. A polícia desconfia dela até ao momento em que descobre um outro suspeito a fugir do local do crime, mas qual é a relação dele com Madison?
Logo no princípio do filme assistimos ao que parecem experiências com crianças num hospital que me recordou o laboratório de “Stranger Things” onde “treinavam” Eleven. Mais tarde descobrimos que Madison é adoptada e que o seu irmão gémeo pode ser o autor dos crimes cujas vítimas são precisamente os médicos do hospital que vimos no início.
Confesso que o filme me “enganou” bem enganada, porque a natureza dos crimes é muito mais mirabolante do que eu podia imaginar. Li qualquer coisa sobre um caso destes algures num século passado mas, para dizer a verdade, sempre achei que era uma história da carochinha (não havia fotografias do fenómeno). E depois deste filme também não sei se acredito. Mas também não é para acreditar, pois não?
Apesar das incoerências de “Malignant” (o suspeito parece ter poderes sobrenaturais como a manipulação de electricidade e aparelhos transmissores, mas nunca os usa com muita regularidade porque a sua “especialidade” é luta corpo a corpo…), parece-me que este foi o filme de James Wan que detestei menos (exceptuando “The Conjuring” que, ame-se ou odeie-se, é um bom filme). O enredo é rebuscado, direi mesmo tresloucado, se não impossível de todo, e a crítica arrasou-o, mas eu diverti-me.
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