terça-feira, 21 de junho de 2022

“Vanda”, novo livro de D. D. Maio – PUBLICADO!

“Vanda”, um livro de D. D. Maio, encontra-se disponível em papel e ebook (formato epub).

Link: www.bubok.pt/livros/267076/Vanda

Sinopse

Vanda é uma jovem inocente quando a guerra lhe bate à porta. Ainda é verão, mas a escuridão aproxima-se. O mundo simples e protegido que conhece já começa a fugir-lhe de debaixo dos pés. Muito em breve, Vanda terá de perceber até que ponto está disposta a transformar-se no seu oposto se quiser sobreviver à viagem tortuosa que a espera.


“Vanda” é um drama romântico em Low Fantasy. O enredo contém elementos de erotismo e violação explícita que podem ferir a susceptibilidade de alguns leitores.
Da mesma série iniciada em “Nepenthos”, a acção de “Vanda” passa-se depois de “Nepenthos”, “Miasma”, “Solstício” e “Elysion”, mas a história pode ser lida como livro autónomo.

VANDA
© 2022 D. D. Maio
Formato papel: 150 x 210 mm
Nº de páginas: 220
ISBN: 978-84-685-6639-9
Bubok, print on demand
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Formato ebook em epub
ISBN: 978-84-685-6640-5
Disponível em www.bubok.pt


www.bubok.pt/livros/267076/Vanda


Contacto: d.d.maio.email@gmail.com
Página: ddmaio.blogspot.com


A autora agradece desde já toda a divulgação, resenhas/reviews e avaliações no Goodreads.
www.goodreads.com/author/show/19718238.D_D_Maio

 


domingo, 19 de junho de 2022

Blade Of Fortriu, de Juliet Marillier

“Blade Of Fortriu” é o segundo livro da trilogia The Bridei Chronicles. Admito que estive algo distraída no primeiro livro porque não percebi onde se passava a acção, o que geralmente não é importante em livros de Fantasia porque os locais são ficcionados. Afinal o reino de Fortriu existiu mesmo, algures na Escócia, e existiu mesmo um Bridei, rei dos Pictos, que travou uma guerra para expulsar as tribos gaélicas do que considerava o seu território, provavelmente por razões que não têm nada a ver com este livro.
Para mim foi um pequeno choque porque estava convencida de que a história se passava na Irlanda, tal como na trilogia Sevenwaters. Aliás, é mencionado o clã dos Uí Néill, tal como em Sevenwaters, o que contribuiu para o meu equívoco. Mas nesta segunda parte da série a localização é importante, porque é aqui que Bridei lidera os seus exércitos contra os gaélicos de Dalriada, tentando expulsar de vez a religião cristã que ameaça os deuses antigos. (Cá para mim ele não vai ter sorte nenhuma a longo prazo, é só um palpite…)
Bridei agora é rei, Tuala é rainha, e já têm um filho pequeno. Confesso igualmente que fiquei preocupada ao perceber que a história ia ser sobretudo acerca da guerra, e comecei logo a imaginar batalhas sem fim. Tudo o que são batalhas é aborrecido. Até em filmes me aborreço a ver batalhas. Quem viu uma, viu todas. Talvez seja defeito meu, mas nunca li sobre uma batalha que me interessasse. Felizmente a autora deve concordar comigo porque nos poupou à maioria das batalhas, escaramuças, exércitos e guerra em geral (só assistimos à última batalha), focando-se antes numa história romântica paralela a isto tudo, que é o que a gente quer do livro.
Em “Blade Of Fortriu” Bridei e Tuala assumem um papel secundário. Esta é a história de Ana, princesa real e refém na corte de Fortriu desde muito jovem. (Era costume as casas reais trocarem reféns para garantir que não se atacariam mutuamente.) Ana é refém mas tal nada afecta a sua posição de realeza. Bridei pede-lhe que viaje até ao reino dos Caitt, no norte, onde esta deverá casar com o chefe de um dos clãs locais em troca da promessa de que este não lutará contra Bridei na operação militar iminente. Claro que é um casamento estratégico e combinado, como o eram todos na altura. Ana, como princesa real, poderá ser a mãe do futuro rei de Fortriu, uma vez que o herdeiro ao trono provém da linhagem materna (outro pormenor que me escapou no primeiro livro). Isto faz-nos confusão, uma vez que as linhagens maternas estão praticamente erradicadas das dinastias reais, mas significa que Derelei, filho de Bridei, não será rei automaticamente. Terá de haver uma eleição entre candidatos reais, como aquela que elegeu Bridei.
Mas basta de política.
Bridei manda Ana e sua escolta para o terreno inóspito dos clãs do norte, com uma comitiva considerável e a protecção do seu homem de confiança Faolan, espião e assassino ao serviço de Fortriu, embora este seja, curiosamente, gaélico de nascimento. Bridei quer assim evitar que ele tenha de combater o seu próprio povo.
A autora volta a fazer um duplo sentido com o título: Bridei, o rei, é a quem todos chamam a Espada de Fortriu, mas durante o livro apercebemo-nos de que Faolan é que é a verdadeira Espada que interessa à história. Durante a viagem, Faolan apaixona-se por Ana, o que o surpreende porque já a conhecia antes e não sabia que ela lhe despertaria esses sentimentos. Faolan não quer ter sentimentos e faz tudo para os evitar, especialmente nesta situação em que lhe é completamente vedada a união com uma princesa de sangue real. O amor que sente é amargo, mas é genuíno.
Foi a primeira vez que li uma história de amor proibido (e “quase” não correspondido) num livro de Juliet Marillier, e gostei. Até aqui, todos os casais românticos que li nos livros da autora se apaixonam à primeira e acabam invariavelmente juntos. Adorei uma relação diferente, triste, dolorosa, sem esperança.
Ana chega à terra do futuro marido depois de bastantes vicissitudes, acompanhada apenas por Faolan porque perdeu a comitiva num acidente pelo caminho. E o futuro marido, Alpin, chefe do clã, é uma besta!
Se mesmo agora elogiei Marillier, diria que o amor impossível de Faolan foi um passo em frente, mas Alpin foi um passo atrás em algo que sempre me desgostou na autora: os vilões a preto-e-branco. A princípio pensamos que Alpin é abrutalhado porque foi educado assim e não sabe portar-se melhor porque nunca aprendeu outra coisa. Afinal não: Alpin é mesmo mau, pérfido. Este é um defeito que já vem do primeiro livro de Marillier, “Daughter of the Forest”, em que um vilão quis queimar Sorcha na fogueira como bruxa porque ela recusou os seus avanços. É preciso ser mau! O fulano também era um traidor ao seu próprio povo, para embelezar ainda mais o ramalhete de vilão. Marillier tem propensão para criar vilões super-malvados, e isto não é interessante. No livro anterior, “The Dark Mirror”, o druida Broichan não era um vilão mas antes um adversário, e a qualidade da história melhorou muito por isso. Também havia uma vilã a preto-e-branco, uma nobre que queria matar Bridei para colocar o seu próprio filho no trono, mas neste caso não era preciso fornecer mais motivações para nós compreendermos tudo. Os vilões de Marillier têm sido maus “porque sim”, e quando são maus são mesmo muito maus, sem quaisquer escrúpulos. Isto é algo que a autora ainda não conseguiu superar (pelo menos neste livro), o que é pena. Pouco me agrada mais do que um vilão “cinzento”, cheio de complexidades e contradições.
Felizmente, Ana acaba por encontrar o amor à mesma, embora não no malvado Alpin, e tem de ser Faolan, que a ama loucamente, a salvá-la das garras de Alpin quando já tudo parece perdido, embora sem esperança nenhuma para si próprio. Faolan é, por isso, a verdadeira Espada de Fortriu. Recentemente, Juliet Marillier disse no Goodreads que Faolan foi um personagem que foi crescendo ao longo da série, que foi merecendo mais do que o papel secundário que lhe estava destinado, e nota-se.
Este foi o livro mais complexo que já li de Marillier, em termos de personagens, localizações, intrigas, e devo dizer que foi tudo muito bem conseguido. Só falhou a questão do vilão. Por outro lado, compensou em não acabar com um “todos felizes para sempre”, como é costume.
Numa última nota, começo a notar uma tendência estranha que leva Marillier a juntar pessoas com aves. Não vou dizer mais nada sobre isto, mas lá que é bizarro, é.
Estou muito curiosa quanto ao livro seguinte.


quinta-feira, 16 de junho de 2022

Blog Gotika atinge 600 mil visitas

Gratidão a todos os leitores e visitantes!

 

 

domingo, 12 de junho de 2022

Deliver Us From Evil / Livrai-nos do Mal (2014)

Quem já me conhece deste blog sabe como eu gosto de exorcismos, possessões, padres caídos em desgraça e outros diabos. “Deliver Us From Evil" (do mesmo realizador de “The Exorcism of Emily Rose”, Scott Derrickson) é outro filme do género, supostamente baseado em acontecimentos reais, com tudo o que se pode esperar deste tipo de coisa: alguém entra em contacto com o que não deve, abre a porta a uma entidade diabólica e acaba possuído. Neste caso são três militares no Iraque, que, no decurso de uma missão, descobrem uma caverna de culto demoníaco onde não deviam ter entrado.
Quem já viu “O Exorcista” e suas sequelas sabe o que isto significa, e não se pode dizer que o filme seja original. Afinal, estas coisas da possessão e do exorcismo seguem uma determinada ordem com regras próprias, “identificadas” desde há séculos, e não há muito por onde “inovar”.
Mesmo assim, o filme consegue momentos bastante tensos, como uma jovem mãe possuída que atira o filho de dois anos ao recinto dos leões do jardim zoológico (que por sorte estavam presos) e o comportamento dos próprios leões, que parecem ter “respeito” ao possesso.
Isto dá arrepios na espinha porque é bíblico. Pedro, no Novo Testamento, chama ao Diabo “o leão rugidor”. No Velho Testamento, Daniel é atirado aos leões mas estes não lhe tocam porque o profeta está protegido por anjos. O leão, tal como o dragão, sempre fez parte desta mitologia demonológica e cristã. Todos os animais do jardim zoológico estavam agitados, mas ver leões comandados por uma entidade maléfica é de pôr os cabelos em pé. (Afinal, não são apenas os anjos que “fecham a boca” aos leões, como no caso de Daniel. Para quem se interessa por estes assuntos, é significativo.)
Também aprendemos (não sei se é realmente canónico ou inventado) que o exorcismo tem seis fases. Achei interessante. Sempre gostei de saber mais sobre o ritual em si.
“Deliver Us From Evil” é um filme para quem gosta do género. Não há muito mais a dizer nem eu desejaria contar. Os amantes de exorcismos e possessões não vão sair daqui desapontados, mas não é de esperar um “Exorcista”, nem sequer um filme tão bom como “The Exorcism of Emily Rose”.

15 em 20 (pelos leões)

 

terça-feira, 7 de junho de 2022

Dead Can Dance ao vivo no Coliseu de Lisboa (2.Junho.2022)

As minhas desculpas pela má qualidade das fotos. O meu telemóvel nem sequer tem zoom.


Quinta-feira, 2 de Junho. Coliseu de Lisboa. Os Dead Can Dance dão o segundo concerto na capital, último de uma digressão de dois meses. É a primeira vez que vejo os Dead Can Dance em concerto, a única das minhas bandas preferidas que ainda não tinha visto ao vivo. (Com a funesta excepção de Joy Division, que nunca verei.)
Os sonhos são irreais e irrealistas. São intimistas e emocionais. Este texto não pode fugir-lhes.
Foi um sonho concretizado. Um sonho que durante bastantes anos julguei nunca realizar. Primeiro, porque a banda se separou e Lisa Gerrard e Brendan Perry se dedicaram a projectos a solo. Segundo, depois da reunião da banda, que já tinha actuado em Portugal nesta nova encarnação, devido a questões profissionais que não me permitem assistir a concertos como gostaria. Por fim, devido à pandemia, que parecia nunca mais acabar.
Já tinha comprado o bilhete e ainda não acreditava que era real. Só acreditei na sala do Coliseu, quando Lisa Gerard começou a cantar “Yulunga”. Era real, estava acontecer. No dia seguinte questionei-me se aconteceu de facto. Os sonhos também parecem muito reais quando estamos a sonhá-los.
Tenho a certeza de que a culpa foi minha, mas saí do Coliseu insatisfeita, como se nem tivesse lá estado. O concerto foi curto. Uma hora e vinte minutos e Brendan Perry disse-nos “Obrigado. Boa noite” em português correcto, e a banda preparou-se para sair. É claro que voltou, para mais um encore de 20 minutos. Uma hora e quarenta minutos e o concerto acabava. Brendan Perry disse que era o último da digressão e que estavam cansados. Talvez tenha sido isso? Ou talvez eu me tenha fartado de esperar pelo sonho de ver os Dead Can Dance e os tenha envolto numa expectativa irrealista que não pode jamais rivalizar com a minha relação íntima e inexprimível com a música que amo desde que a conheço, há tantas décadas que nem vou dizer quantas?
Lisa e Brandan revezaram-se, uma canção cada. Não me posso queixar da falta de êxitos. A banda percorreu a maior parte dos álbuns e todas as suas fases de evolução, e as boas canções são tantas (não existe uma canção má!) que se fossem tentar tocá-las todas ainda lá estávamos. A plateia encontrava-se repleta. Já as bancadas, não. Talvez pelo preço dos bilhetes, talvez por ser o segundo concerto em dias consecutivos, talvez ainda medo da pandemia? A verdade é que já vi o Coliseu a abarrotar muitas vezes, e não foi o caso. 

Mas o público que compareceu sabia ao que ia. Algumas palmas no início de canções mais conhecidas eram rapidamente silenciadas para não se perder uma nota do som, uma sílaba da voz. Em momentos, quando Lisa cantou, todo o Coliseu ficou em silêncio. Mesmerizado, como na canção. E não faltaram as canções hipnotizantes: “Yulunga (Spirit Dance)”, “The Host of Seraphim”, “Sanvean”, “Persian Love Song”, “Black Sun”, e, a minha preferida das preferidas, “Cantara”. Já tinha ouvido os Dead Can Dance em concerto numa fase de maturidade da banda e sabia o que esperar, mas nunca deixo de ficar impressionada com o poder transcendente daquela voz. Já não é a jovem Lisa que cantava “Cantara” em “Within The Realm Of A Dying Sun”. A voz encorpou, engraveceu, mas continua a ser a voz da Deusa. A interpretação de Brendan Perry está praticamente na mesma, quase nem se nota a idade.
Então, o que é que eu queria afinal? Mais canções? E quais, se há tantas? “The Cardinal Sin”? “Xavier”? “Summoning of the Muse”? “The Arrival And The Reunion”? “As The Bell Rings The Maypole Spins”? “Nierika”? Impossível escolher.
O que eu queria mesmo era ficar arrepiada, era sentir calafrios pela espinha abaixo. Já ouvi quem se referisse a um concerto dos Dead Can Dance como uma experiência místico-religiosa, já ouvi chamar-lhe ritual xamânico. Infelizmente, não senti a magia que queria sentir. Sim, abanei a cabeça, bati palmas, dancei na cadeira, não consegui tirar os olhos do palco. Mas a hipnose nunca me arrebatou, nunca me levou para o mundo fora do mundo onde costumo ir quando ouço Dead Can Dance em casa nos “dias certos”. Culpa minha, volto a dizer. Talvez a minha relação com a música, tão idealizada e adorada durante tanto tempo que já é só minha, nunca consiga rivalizar com a realidade dos intérpretes a tocá-la à minha frente. Mas não é verdade que as grandes obras ganham vida própria, que fogem aos criadores?
Saí com a sensação de “dever cumprido”, a última banda que me faltava, a voz da Deusa a ecoar-me na memória. Devia-lhe essa reverência e prestei-lha. Mas queria mais, queria arrepios, e isso não aconteceu.
Se esta review não tivesse levado o tom intimista que lhe quis dar, diria apenas que foi um concerto soberbo, impecável em voz e som e 100% profissional, auxiliado por instrumentistas de cinco estrelas, que só pecou por ser curto. O que eu queria, a transcendência, o sonho em vigília, o arrebatamento, depende mais do ouvinte do que do intérprete. É preciso que o ouvinte se deixe arrebatar. Se calhar não era o “dia certo”.

 

domingo, 5 de junho de 2022

Ex Machina (2014)

Um jovem engenheiro promissor, a trabalhar numa grande empresa tipo Google, é convidado a passar uns dias na casa do seu patrão milionário de modo a testar a última criação deste último: uma Inteligência Artificial altamente evoluída. O objectivo do teste é avaliar se esta máquina é capaz de passar por humana, isto é, se desenvolveu consciência de si própria (Teste de Turing).
Este patrão vive num bunker isolado do mundo, onde se dedica à tecnologia, mas não é nenhum nerd. Pelo contrário, é um tipo machão e asqueroso que só pensa em beber e fazer coisas de macho, como caminhadas cascata acima, praticar boxe e fornicar.
A Inteligência Artificial, chamada Ava, tem forma de mulher, pese embora o seu corpo transparente de circuitos azuis e o seu crânio metálico. Depressa o jovem engenheiro conclui que de facto esta criação do seu patrão passa o Teste de Turing. Ava parece ter uma consciência própria, de tal forma que está preocupada com o que lhe vai acontecer quando o seu criador a desligar para trabalhar num modelo superior.
Entretanto, ao passear sozinho pela casa deserta enquanto o patrão está bêbedo, o engenheiro descobre o que acontece aos modelos antigos: todas elas bonecas sexuais de diversos tipos, estão fechadas no quarto do dono da casa, numa espécie de roupeiro. É aqui que o engenheiro comete um grande erro de discernimento, ao ser tomado de empatia como se estas bonecas fossem mulheres de verdade. É certo que tudo isto dá um aspecto de psicopata assassino ao patrão, mas é preciso não esquecer que estas criações não são humanas. O engenheiro esquece, deixa-se levar pelas emoções, e paga caro por isso. Não posso dizer mais nada sem entrar em spoilers.
Este é mais um filme que nos adverte do que nos separa da Inteligência Artificial, por muito bem concebida que esta seja: os seres humanos possuem empatia; as máquinas não. Os seres humanos são capazes de ter pena de uma pedra à chuva; as máquinas não têm pena de nada.
“Ex Machina” é um bom filme para nos fazer pensar, se bem que não acredito que tenha qualquer influência nos cientistas entusiasmados com a Inteligência Artificial. Às vezes não é aconselhável criar uma coisa só porque se “pode”.
A ideia não é original, mas para uma premissa tão simples o filme está cheio de uma tensão de cortar à faca. Quem é o verdadeiro vilão, afinal? Por quem é que apetece torcer? Vale muito a pena ver “Ex Machina”.

14 em 20