Admito que da primeira vez que ouvi o nome Gothzilla pensei que era uma banda de paródia ou que estavam a brincar comigo. Nada mais injusto. É certo que o nome é cómico, e a banda ficaria mais bem servida com outra versão de The Blackest Darkness of the Bottomless Pit of Doom, mas esta malta tem sentido de humor. Gothzilla vende o que apregoa: gótico puro e duro. “Today Is A Good Day To Die” (álbum de estreia “Catharsis”) foi amor à primeira audição. Do mesmo álbum, “Tightwire” e “Temple Of Sound” bastaram-me uma audição ou duas. Desconhecia completamente esta banda escocesa, que apesar do nome leva o rock gótico muito a sério, e procurei a discografia toda. Do segundo álbum, “The Dark Is Rising”, destaco o tema “Edge Of Forever”, e do terceiro, “Auras”, saliento “The Unknown”. Mas o meu tema preferido é sem dúvida “Ilaria”, em que a voz feminina vem dar aquele tom etéreo que tanto mais me agrada quão mais pesada é a composição.
Se tenho algo a apontar à banda é que por vezes resvala um pouco demais (para o meu gosto) para um registo mais metálico a lembrar Paradise Lost. Nunca é uma crítica comparar alguém a Paradise Lost, mas por mim não resvalava nesse sentido.
Com uma obra já significativa, estes escoceses provam que é possível inovar no rock gótico com boas letras e melodias cativantes, originais, sem copiar ninguém.
Gothzilla foi uma banda que me apanhou de surpresa e que merece ser descoberta com urgência.
Para ouvir (e comprar) aqui:
gothzilla.bandcamp.com
terça-feira, 12 de abril de 2022
Gothzilla - um caso sério
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