No século XVII, uma pequena aldeia judaica, isolada e auto-suficiente, escapa a um surto de peste. Os vizinhos acusam os judeus de causarem a peste com “feitiços”. Um dos lordes da região, com uma filha às portas da morte, ameaça-os de que os matará todos se não lhe curarem a filha.
Hanna, uma das mulheres da aldeia que estuda a Cabala em segredo, conjura um Golem do pó da terra com o objectivo de este os proteger. É um mito do judaísmo que a Cabala conteria o segredo com que Deus criou Adão do barro. O que o Golem não possui, no entanto, é uma alma, e só obedece à ama que o criou.
A princípio o plano resulta. O Golem conjurado tem uma aparência de rapazinho como o filho de Hanna que morreu nessa idade. E é tão mortífero que consegue manter a aldeia em segurança da ameaça. Mas depressa o Golem se vira também contra todos os que fazem Hanna sofrer, quer ela queira quer não.
Avisada para destruir a criatura, Hanna forma com ele um laço maternal tão forte que tudo acaba por ir longe demais.
Mais do que um filme de terror, eu diria que “A Lenda de Golem” é um drama interessante com elementos fantásticos, ou lendários, do folclore judaico, e uma pitada do mito de Frankenstein: não cabe ao Homem fazer de Deus.
15 em 20
Sem comentários:
Enviar um comentário