domingo, 30 de janeiro de 2022

Red Riding Hood / A Rapariga do Capuz Vermelho (2011)


Só agora vi esta adaptação Young Adult de 2011, mas não estive a perder nada de jeito. Trata-se da história do Capuchinho Vermelho, está claro, na versão de uma jovem casadoira.
Mas atenção, aqui não há um lobo, há um lobisomem que aterroriza uma aldeia há anos. Todas as noites de lua cheia, os aldeões oferecem uma cabra ao lobo e fecham-se em casa ou na igreja. Isto muda quando uma rapariga (irmã da nossa heroína) é assassinada pelo lobo.
Os aldeões, furiosos, partem numa batida para acabar com a maldição de vez, e matam um pobre lobo cinzento que não fez mal a ninguém. Nessa altura, a pedido do padre, chega à aldeia um caçador de lobisomens que os adverte de que o lobo que mataram não é o responsável, mas ninguém lhe dá ouvidos até aparecer novamente o verdadeiro lobisomem.
Valerie, a heroína, está numa situação complicada. Os pais combinaram-lhe o casamento com um jovem de quem ela não gosta (mas que tem dinheiro) quando ela ama outro (que é pobre). Uma sucessão de acontecimentos vai levá-la a desconfiar que o lobisomem pode ser o noivo arranjado, ou o jovem que ama, ou até a sua avó! (Avó, que olhos tão grandes tu tens!) Quem é, afinal, o lobisomem, que parece gostar particularmente de Valerie?
Não é de esperar muito de uma versão Young Adult, especialmente depois de vermos o fantástico “The Company of Wolves / A Companhia dos Lobos” (1984).
“O Capuchinho Vermelho” é um conto cautelar para crianças, mas a certa altura a adolescente já não é uma criança. Se ela pertencer aos lobos, lobo será também. Mas essa tem de ser uma decisão adulta, talvez a primeira que se faz na vida.
“Red Riding Hood” não tem nenhuma desta profundidade, é só uma história de crime comum com um lobisomem à mistura (quem é o assassino?) para entreter.

12 em 20


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