domingo, 13 de março de 2022

Brightburn / Brightburn – O Filho do Mal (2019)


E se o Clark Kent/Super-Homem fosse do Mal? Parece ser esta a premissa de “Brightburn”, nome de uma pequena localidade atingida por um meteorito. Um casal que vive ali perto assiste à queda. Acontece que este casal andava há muito tempo a tentar ter filhos sem o conseguir. Qual não é a surpresa deles quando dentro do meteorito está uma nave espacial, e dentro desta um bebé!
Que desculpa arranjaram para dizer que foi uma adopção, não se vê. Assistimos aos primeiros anos de infância do miúdo, aparentemente tão normal e amoroso como todos os outros.
Mas, ao chegar à puberdade, algo muda. Em sonhos, o miúdo começa a falar uma língua alienígena e é guiado, como sonâmbulo, à nave que os pais adoptivos têm escondida numa cave no celeiro. Primeiro, o miúdo descobre que tem uma força sobre-humana. Os outros super-poderes vai desenvolvendo depois. E são os super-poderes do Super-Homem, só que o miúdo é mau como as cobras e não tem uma pinga de empatia. Tal como na história do Super-Homem, só há uma “kriptonite” capaz de o ferir: o material de que é feita a nave que o trouxe à Terra.
A certa altura os próprios pais adoptivos se apercebem de que trouxeram o Mal para casa, e a mãe até descobre que apenas o metal da nave espacial vai conseguir deter este psicopata, mas irão a tempo?
A premissa é interessante e faz um filme de terror como deve ser, embora me lembre muito “The Omen”, versão Super-Homem. Achei que os pais adoptivos se voltaram muito depressa contra o filho, especialmente o pai. A mãe foi a última a abrir os olhos (como costuma acontecer), mas também já estava de pé atrás. Para pais desesperados que queriam tanto ter um filho e que amavam mesmo o miúdo como se fosse deles, podiam ter continuado em negação mais um bocadinho e dado mais luta às evidências. Não é todos os dias que se acredita que a nossa criança amorosa é um monstro.
O filme deixa tudo em aberto para uma sequela, como já é típico.
Gostei, apesar dos clichés, e os amantes de terror não vão sair daqui desapontados. Mas, advirto, muito do filme vai parecer déjà vu para quem já viu imensos filmes idênticos.

(13 em 20, mais pela originalidade da premissa do que por outra coisa)


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