sábado, 15 de agosto de 2015
The Road (2009)
No mundo pós-apocalíptico de “A Estrada” (título português), um pai tenta sobreviver com o seu filho pequeno enquanto viajam para a segurança imaginada de um lugar ao Sul. Do desastre que aconteceu ao planeta só sabemos que destruiu toda a vida animal e impossibilitou a agricultura. Não é um filme de ficção científica e não é o que interessa. A civilização acabou. A existência dos sobreviventes limita-se à procura dos alimentos ainda disponíveis. Na falta destes, certos grupos organizados recorrem ao canibalismo. Muitas outras pessoas preferem o suicídio. Neste mundo deserto e perigoso, cinzento e árido e muito frio, pai e filho agarram-se à esperança de chegar à costa e ao Sul. Nada nos leva a crer que as coisas sejam melhores para onde se dirigem. Tudo indica que é uma esperança vaga, uma desculpa para continuar em frente em busca de um inverno menos rigoroso. Entretanto, o pai está doente e preocupa-o se o filho conseguirá sobreviver sozinho ao inevitável.
Este é um filme deprimente e perturbador, que eu não recomendaria a quem não suporta olhar a face mais feia da humanidade. E, mesmo a quem suporta, não o recomendo num dia triste ou pessimista.
Baseado no romance homónimo de Cormac McCarthy, é difícil não estabelecer paralelos entre este filme e a série “The Walking Dead”, mas não é pela ausência de zombies que o filme se torna menos assustador. Pelo contrário, é mais difícil assistir ao que a humanidade faz a si própria. Não existe esperança nem solidariedade para os sobreviventes de “The Road”. Tudo é negro, tudo é desespero, nada se espera do futuro, nem uma possibilidade longínqua. E talvez esta perspectiva não seja irrealista. A humanidade evoluiu, desde tempos primitivos, num sentido de solidariedade egoísta. O homem reuniu-se em grupos por necessidade, para caçar, para se proteger, para recolher alimentos. Na falta dos motivos básicos de união de esforços, numa situação de recursos limitados sem qualquer previsão de que o planeta se volte a regenerar, porque não haveria de tornar-se cada um por si? Uma boca custa menos a alimentar do que duas ou três.
O único problema deste filme é o fim (pelo que pesquisei, igual ao do livro). O fim não é realista nem coerente com as premissas do filme. Não é um fim “feliz”, mas é quase, e “bom demais para ser verdade”, o que deixa o espectador com a nítida sensação de que alguém não teve coragem de escrever o fim que se adivinhava. A melhor interpretação que encontrei sobre este final é de que é uma alucinação. Não vou explicar porquê, para não revelar demais, mas os argumentos em que se baseia a tese da alucinação fazem todo o sentido. E seria a única maneira de este fim ser bom, sem ser feliz.
Deixo uma última nota sobre o comportamento do miúdo que já nasceu depois do desastre e nunca conheceu outro mundo senão este (mais uma vez, impossível não estabelecer comparações com o Carl de “The Walking Dead”). Parece que o personagem do livro tem 6 ou 7 anos, mas o actor que o interpreta no filme deve ter 9 ou 10. Resultou, para mim, porque passei o filme a pensar que o puto devia ter qualquer atraso de desenvolvimento ou uma ingenuidade excessiva, o que tornou ainda mais aflitivo o desespero daquele pai preocupado com o que aconteceria àquele filho se ele lhe faltasse. Afinal, o puto não é atrasado, nem mariquinhas, nem parvinho. É apenas um miúdo mais velho a fazer o papel de um miúdo mais novo. Seria pena que esse pormenor estragasse o filme a alguém e por isso decidi comentar.
18 em 20
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
Hannibal
Mas que raio, quem é este Will Graham?! De onde saiu este fulano?! Onde está o Hannibal? Porque é que desde a primeira temporada temos de levar com este Will Graham como personagem principal quando a **** da série se chama Hannibal?
Bem, parece que este tal de Will Graham foi o tipo que prendeu (?) Hannibal Lecter, nos livros, de que supostamente a série é uma adaptação passada nos nossos dias, com um Hannibal Lecter muito mais novo. Por esta altura, com tantas modificações à história original, até os fans que leram os livros se estão a sentir um bocado perdidos.
Custou-me, a sério, custou-me muito, aceitar este novo actor como Hannibal. A interpretação mítica de Anthony Hopkins não é algo que se esqueça. Mas chegando à terceira temporada da série já estou habituada, e até fascinada com este novo Hannibal, um Hannibal em liberdade e no activo como nunca o tinha visto. Muitos parabéns ao Mads Mikkelsen: não tinha um trabalho fácil pela frente tendo que competir com o fantasma de Anthony Hopkins mas conseguiu brilhantemente encarnar o canibal (se não o mesmo um outro, tão convincente, tão intimidante, tão real como o dos filmes).
Infelizmente, a participação de Hannibal, nas três temporadas, têm sido subaproveitada. É disso que me queixo.
Quem me diria que ao assistir à primeira temporada de uma série sobre Hannibal Canibal eu haveria de bocejar e quase adormecer à mesa? A série tem conquistado prémios merecidíssimos (a beleza com que se filma o horror é arrepiante), mas a primeira temporada fez-me sono. Demasiado uso de sonhos, imaginações, e mais tarde até de alucinações (quando Will tem uma meningite ou algo semelhante), e convenhamos, uma pessoa chega do trabalho, cansada, e a certa altura já não percebe se o que está a ver é mesmo real ou um sonho ou o raio que o parta! Começo-me a perder na narrativa, a bocejar incontrolavelmente, a desinteressar-me do que o tal Will anda a fazer. Mas quem são aqueles serials killers, afinal?! Então e o Hannibal está ali para quê, só para dar nome à série?
E a primeira temporada lá vai indo assim, as cenas repugnantes a única coisa a conseguir abrir-me os olhos quase a fechar-se. Na segunda série, porém, abri os olhos.
Finalmente, quando eu já perdia a esperança, Hannibal entra em cena. E quando Hannibal entra em cena, Hannibal “devora” a cena. Todos os outros personagens desaparecem e finalmente temos Hannibal Show!
Convincente, intimidante, aterrador, e bom como o milho. (Mas se alguém perguntar eu não disse isto.)
No final da segunda temporada, Hannibal foge para a Europa com a psiquiatra dele, Bedelia Du Maurier, a nossa grande Gillian Anderson. [É interessante, e gratificante, assistir a como a Gillian cresce como actriz de papel em papel desde a Scully dos X-Files. O carisma da grande senhora que actualmente enche o écran nem se adivinhava nesses dias, apesar do poder da personagem, e da série, e do mito.]
Todo o período passado em Itália é o meu preferido. Nem percebo porque é que alguns fans se queixam de falta de acção. Falta de acção?! O que mais houve foi acção. Bedelia demasiado aterrorizada para tentar fugir, Bedelia que não se atreve a comer nada que tenha carne, mas alimentada a ostras (segundo alguém diz, na série, as ostras dão melhor sabor à carne), Bedelia que se livra de dar a Hannibal o confesso gosto de a provar. Comportam-se, ambos, como marido e mulher num casamento de conveniência da alta sociedade. Um par de tios! Conveniente para ele, que não gosta de solidão, aterrador para ela, que sabe que vai acabar na mesma travessa onde Hannibal vai servindo os convidados que aceitam o jantar. Se calhar vejo ali o que outros não vêem, e gostei particularmente da cena em que Hannibal mata um comensal durante a sobremesa. A expressão de tia incomodada na cara de Bedelia, impagável!
“Aníbal, que aborrecido, estragar-me a refeição desta maneira!”
“Desculpe, Bedelia, fui impulsivo, admito!”
“Ora, Aníbal, seja honesto que já é crescidinho!... Estava a pensar em matar o homem assim que trouxe o picador de gelo para a mesa!”
“É verdade. Peço desculpa, Bedelia, não torna a acontecer. Que tal a sobremesa?”
“Estragada, o que é que espera?... Sinceramente, Aníbal, começo a ficar farta desta situação. Se ao menos o Aníbal ficasse farto também, mas o Aníbal nunca fica farto… E poupe-me a graçola que de que pondera fartar-se de mim, porque estou farta das suas ironias também. Olhe, coma-me de uma vez ou deixe-me comer descansada, é o farta que eu já estou!”
Mas Hannibal não quer estar sozinho, deve ser a sua maior fraqueza, e acaba por não comer a companhia.
Aníbal, caríssimo, quer comer-me de que maneira, exactamente?
De regresso à América, Hannibal entrega-se. Pensei que era o fim da temporada, e talvez até da série, visto que existe a perspectiva de que ninguém a quer continuar, apesar dos prémios. (!!!)
Não, subitamente, voltamos ao tal fulano, ao tal Will Graham, super-profiler, a investigar serial killers medíocres. Bem diz o Chilton, a Hannibal, mais ou menos que “você vai ter sempre o seu nicho, mas tem que ver, a sua sofisticação, a sua erudição, não é apelativa a um público tão vasto”. O público identifica-se mais com a brutalidade de um serial killer que massacra famílias. Não alcança o requinte artístico de Lecter. E talvez seja por isto que a série não vai ser continuada...
Mais dois episódios e já estou a bocejar e a adormecer. Porque é que não deixam o Graham ficar lá com a família e os cães? Qual é o interesse em mostrar serial killers medíocres, ao nível de “Mentes Criminosas”, quando a série tem ali uma diamante, e nem sequer em bruto, um diamante polido e cintilante na coroa de um dos maiores monstros de sempre? A quem é que interessa ver o tipo bronco que mata famílias, quando lá está o Lecter, atrás do vidro? Os livros? Já inventaram tanta coisa que não está nos livros que os livros não são desculpa. Porque é que o Hannibal tenta comer o cérebro de Will, o que é que aconteceu ao célebre: “O mundo é um lugar menos interessante sem si, Clarice”? Não devia ser um lugar mais interessante com o Will, também, se o Hannibal gosta tanto dele que se entrega para que Will o visite?... Ou, pelo contrário, o Hannibal está tão farto do Will como eu estou? Está tudo doido?... Will diz que sente falta dos cães, mas não vai sentir falta de Hannibal. É curioso, porque quando o maluco foi para a Europa atrás de Hannibal, a única coisa de que senti falta neste personagem foi precisamente dos cães. (Já somos dois, Will.) Não sei quem é que pensou que este personagem ia ser interessante. Numa outra série de profilers, onde não houvesse um Hannibal, talvez. E por falar em Europa, quem era aquela senhora japonesa que aparece durante alguns episódios e desaparece outra vez sem ser explicada? Sei, vagamente, dos fóruns da série, que é alguém relacionado com alguém da criadagem da família Lecter. Quem é que pensou que não era preciso explicar quem ela era? Por falar em família, o que é que aconteceu a Misha, irmã do Hannibal, que ele não matou mas comeu? Quem era o prisioneiro na casa dos Lecter?...
Em vez disto tudo, andamos a ver um serial killer que mata famílias. Não compreendo estas opções, não compreendo. Compreendo uma tentativa de criar cenas perturbadoras, do mais perturbador que já vi na vida, e se calhar este enredo psicológico não se presta tanto ao torture porn que é o resto da série? O mesmo torture porn que vai matar a série, ao que parece? Como é que diz o ditado? Dar pérolas a porcos, em vez de bolotas? Tinham tudo para fazer uma grande série! Tudo! Mas não fazem, não porque não podem, não porque não sabem, mas porque não querem, e não se percebe as opções.
A melhor opinião que já ouvi foi a do fan que sugere que Thomas Harris devia escrever outro livro. Afinal, esta série já é outro livro que só de longe se aproxima dos originais. Não acredito que venhamos a ver a Clarice aqui. Nesta versão, o Hannibal era capaz de a comer também. E lá ficava o mundo um lugar menos interessante. Como o Hannibal atrás das grades. Bocejo.
domingo, 2 de agosto de 2015
Wayward Pines
***** spoiler alert! spoiler alert! spoiler alert! *****
Atenção, muita atenção! A série de 10 episódios já foi exibida na Fox e vou comentar a sua totalidade, revelando também o fim. A quem ainda não viu, mas pretende ver, aconselho que pare de ler agora e volte mais tarde. O post ainda cá vai estar, se Blogger quiser. :)
‘Wayward Pines’ foi anunciado envolto em mistério. Da sinopse, e da gritante semelhança de títulos, foi imediatamente comparado a ‘Twin Peaks’ (para quem ainda se lembra), mas indevidamente, afinal. Um agente governamental (CIA ou similar) vai investigar o desaparecimento de dois outros agentes na recôndita cidadezinha de Twin... desculpem, Wayward Pines. É neste enredo inicial, e nos títulos parecidos, que as semelhanças começam e acabam. Direi apenas, para quem não sabe mesmo do que está à espera, que o início é mais ‘Under the Dome’ e menos ‘Twin Peaks’.
E agora é mesmo a sério. Quem não quiser perder a experiência de suspense deve parar de ler AQUI.
Porque cá vêm os spoilers!
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É o futuro e os fascistas ganharam!
Muita polémica andou à volta de um dos realizadores/produtores da série, o sr. M. Night Shyamalan. É o mesmo senhor de ‘O Sexto Sentido’, e de ‘Lady in the Water’, e ‘The Happening’, e segundo alguns não fez nada de jeito desde ‘The Village’ (por acaso, concordo). Mas ‘Wayward Pines’ é também uma trilogia de romances de ficção científica do autor Blake Crouch, pelo que as culpas têm muito por onde se espraiar. Não li os livros (não aprecio ficção científica), e depois disto não vou mesmo ler.
Não gosto da maneira como a história se desenvolve. Até ao último episódio, fica sempre em aberto a hipótese de que a cidade de Wayward Pines é uma experiência governamental (e ainda não estou convencida de que não seja!). Enquanto o agente Ethan Burke se dirige a Wayward Pines, e por lá fica aprisionado, o espectador assiste aos esforços da família e da agência para o encontrar, em 2014 (embora a “agência” esteja feita com Wayward Pines, mas nós não sabemos). Ora, não se percebe, de modo algum, no decurso da narrativa, que estas cenas são flashbacks. Eu descobri, sem querer, nos fóruns sobre a série. Malditos spoilers, porque agora não consigo dizer se o episódio em que se explica esta aparente ubiquidade de pessoas em 2014 e 4014 é eficiente. Muita gente ficou confusa, e não é para menos. De propósito? Para manter em aberto a tal hipótese da experiência governamental, uma vez que o chefe do agente Burke sabia de certeza para onde o mandava? O tempo e os episódios que se perderam neste é/não é, a meu ver, introduziram a dúvida e roubaram à série o efeito de choque que se pretendia.
Entretanto, a família do agente Burke vai à procura dele e é raptada também, com a conivência da agência. Passados 5 ou 6 episódios a viverem numa cidade totalitária em que são obrigados a assumir novas identidades e onde quem fala do passado é degolado em praça pública (literalmente), rebenta então a “bomba”. Ou bombinha, para quem não acredita numa palavra do que está a ser dito. O ano é 4014 (por aí). Wayward Pines é o que resta da humanidade. Os seres humanos, não percebi exactamente porquê, transformaram-se em aberrações animalescas (e nuas) com grandes dentes e garras, que ameaçam comer qualquer incauto que se arrisque a ultrapassar a vedação electrificada. Mas é curioso, porque o Ethan faz exactamente isso, passa por lá a noite, e sobrevive para contar a história, logo, não há assim tantos abis (aberrações) à volta da vedação como mais tarde a série nos quer convencer.
Em suma, Under the Dome encontra The Village: não vão lá para fora porque há monstros, mas mesmo que queiram ir nós não deixamos. Este “nós” é o “eles” que vigia Wayward Pines. Alguém que decidiu que os adultos não eram capazes de lidar com a verdade e que apenas os adolescentes de 14 anos ou menos podiam ser informados e preparados (moldados, endoutrinados e submetidos à lavagem cerebral totalitária) para chefiarem o último reduto da Humanidade. Heil!
Como endoutrinar criancinhas em Wayward Pines.
Este alguém é o dr. Pilcher, cientista visionário que nas suas boas intenções (?) decide raptar gente à fartazana, congelá-los todos e descongelá-los mais tarde (ele próprio incluído, e um grupo de “eles”, voluntários, que de bom grado vigiam tudo o que as cobaias de Wayward Pines dizem e fazem). E é só isto que o visionário visiona, aparentemente. Uma cidadezinha suburbana, uma vedação electrificada à volta, um recreio onde colocar os bonequinhos e brincar com eles, nada mais.
E os monstros, as aberrações? E acabar com eles? E conquistar mais território para o que resta da raça humana? Até não seria muito difícil, porque os abis são feios, e maus, e comilões, mas não parecem nada inteligentes. Involuíram. Um cientista capaz de arranjar os fundos para criogenar tanta gente também tratava de arranjar armas para os combater, certo? Errado. Não está nos planos. Talvez o cientista não soubesse que seriam tantos, talvez esperasse que já estivessem extintos passados 2000 anos, mas isto tudo sou eu a especular. A série não diz. E para quê, na verdade, acabar com eles?, se estamos aqui tão bem, na nossa cidadezinha de faz-de-conta onde eu sou o único ditador, o visionário, o salvador? É verdade, de vez em quando aparecem por aí uns terroristas a criar ondas porque não percebem as minhas boas intenções mas a gente dá-lhes o sumiço.
Um espécime das aberrações (abis) de Wayward Pines. Medo, disto?! Conheço gajos muito mais feios.
É tudo tão inverosímil que a hipótese de experiência governamental em controlo mental parece cada vez mais apetecível. Mas não. Chegando ao último episódio estamos mesmo no futuro e os fascistas ganharam!
Voltamos a um tema recorrente no sr. M. Night Shyamalan: como endoutrinar crianças. Em ‘Wayward Pines’, na versão de receita para criar fascistas: rega-se com ideologia desde pequeninos, adiciona-se medo e muita noção de uma casta superior, e voilà!, a Primeira Geração de Nazis do Quinto Milénio! (Podiam limpar as mãozinhas à parede pela grande merda que faziam.)
O problema, aqui, são muitos problemas. As pessoas não são plantas. Não se regam, não se criam. Não adianta o que se lhes ensina na escola, nem em casa. Não são vasos vazios onde se despeja doutrina. Muito jovens, muito fanáticos, mas os jovens crescem, e toda a teoria do dr. Pilcher, que afinal não é assim tão inteligente, cai por terra. Como cairá a sua estátua, como caíram já muitas estátuas.
O maior mérito da série será, talvez, o de agarrar gente que nunca pensa nestas coisas e obrigá-los a ver a ascensão de um regime fascista. Criogená-los, através do suspense, e endoutriná-los sem que dêem por isso. Mas estes são os vasos vazios. Aos outros, aos que já leram isto tudo nos livros da História (com enredos bem mais interessantes, na minha opinião), resta o entretenimento e pouco mais. Nem os abis se aproveitam.
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