Siouxie & The Banshees "Take Me Back"
Deep in the heart
Of a seething beast
Think of bright lights
A splendid feast
But something's missing
She's feeling low
Something's missing
She's going home
Take me back -- I'm feeling low
Take me back -- I'm going home
Take me back -- I'm so alone
Take me back -- I'm traveling home
Suspicious stranger
There's something wrong
She is changed
Ah but this is not
She is back
But she's not home
She is back
But she's still alone
She came back after all this time
She came back to warning signs
All is black when the lights are on
Nothing rhymes its been so long
It's been so long
Deep in the heart
Of a seething beast
Think of bright lights
A splendid feast
Where you arrive
Can be home
Where you come from
Isn't always home
Take me back -- I'm coming home
Take me back -- where I belong
Take me back -- I'm leaving home
Take me back -- I'm coming home
sexta-feira, 27 de abril de 2007
sábado, 21 de abril de 2007
Quem tiver dois neurónios que relacione este cartaz ao do post abaixo.
Texto: A Ana Paula é uma das 70 mil
estudantes que todos os anos
concluem o ensino superior em
Portugal. Quando terminou o curso,
não conseguiu nenhum emprego.
Teve de recorrer a empresas de
trabalho temporário que lhe tiram
quase metade do salário. Ela
investiu na sua formação. O governo
é que não quer saber disso.
Parabéns ao Bloco de Esquerda.
quinta-feira, 19 de abril de 2007
As ideias não se apagam, discutem-se
Esta é a única coisa de jeito que ouvi desses senhores: "As ideias não se apagam, discutem-se".
Nota: Se bem que pôr a culpa do mal que grassa no país nos pobres dos imigrantes não é só xenófobo; é a cegueira total. Conheço alguns senhores da classe política que deviam não apenas ser metidos num avião mas antes levar um valente pontapé no cú e uma profissão nova, varredores do lixo, e talvez assim se começasse alguma coisa nova. Nunca, em tempo algum, apoio ou apoiarei a ideia do cartaz que reproduzo aqui, tirado da página do PNR (se eles pedirem ou cobrarem copyright, eu tiro.)
Este também é o post que nunca julguei ter de vir a fazer. Mas é mesmo isso, em democracia as ideias não se apagam, discutem-se, e vamos ter de discuti-las mais tarde ou mais cedo. Adiei infindamente o momento de o fazer.
O que me faz finalmente abordar o assunto é uma polémica recente num fórum que frequento e que não vou identificar. E passo de seguida a contar a história desde o princípio.
Não me lembro exactamente de há quanto tempo os skinheads/nacionalistas (não sei como se chamam a si próprios actualmente) começaram a frequentar bares e outros locais que antes eram apenas frequentados por góticos e afins, mas vou apontar uma data mental para mim própria que é 2005. Alguém me corrigirá se estiver errada. Isto acontece em Lisboa mas já me disseram que no Porto também se passa, não sei até que ponto, por isso que alguém mais próximo me elucide.
O que os levou a escolher a nossa companhia, desconfio bem, é o facto de os góticos serem uma tribo sobejamente conhecida pelo pacifismo. Depressa os skins perceberam que ali não iam arranjar arranjar confusão. Quem não gostou da companhia acabou por evitar os locais ou pura e simplesmente continuou a frequentá-los como se nada fosse porque, a bem dizer, as pessoas já lá estavam, há muitos anos!, quando eles decidiram assentar arraiais.
Foi com muita surpresa que os vi chegar e procurar a nossa companhia. Eu ainda sou do tempo em que os skinheads, nos anos 80, quando os de hoje ainda gatinhavam, andavam à procura de góticos no Bairro Alto para lhes baterem. Ah pois é! Tamanha mudança de atitude deixou-me intensamente intrigada como não podia deixar de ser.
Se é certo que os skins frequentam meios góticos -- resta-me saber se eles estão no meio de nós ou se eles são o meio de nós? -- não de estranhar que frequentem os nossos fóruns. E voltamos à história que me levou finalmente a escrever. Nesse fórum de que sou membro, alguém colocou como evento, ao lado do Super Bock e do Vilar de Mouros, o Encontro Nacionalista (ou o que seja que aquilo se chame) previsto para o próximo fim de semana. Seguidamente estalou a polémica, que eu não cheguei a ver porque foi de tal ordem que foi apagada e os moderadores do fórum decidiram que a partir de agora ali não se discute política de maneira nenhuma. A decisão dos moderadores do fórum não vai ser comentada aqui. Deixei apenas um post a dizer que discordava e a avisar que ia falar sobre o assunto no meu blog, e se a conversa continuar será no local. É uma filosofia de vida que tenho tratar as coisas nos lugares próprios e obedecer às regras da casa alheia que, neste caso, é a deles, e disso não me afastarei nem discutirei noutro lado.
Mas este post não é sobre o que aconteceu nesse fórum em específico mas sobre algo muito, mas muito mais grave, que é a ausência de capacidade de debate democrático que observo nas gerações mais novas, ironicamente aquelas que nasceram depois do 25 de Abril, o alheamento entre elas e a política, e a maneira como as discussões acabam em insultos básicos e, fundamentalmente, daí a ligação ao cartaz, o desconhecimento de que as ideias não se apagam, discutem-se.
Um fórum onde só se pode discutir cultura, religião e outras paixões pessoais é o Antigo Regime. Fátima, Fado e Futebol. A facilidade com que se instaura a proibição de falar de política, tal como o fanatismo de extrema direita e de extrema esquerda (mas mais de extrema direita que o Bloco ainda está muito mais soft -- até quando?) que ataca as franjas da juventude de hoje preocupa-me. Preocupa-me muito mais, contudo, a indiferença da maioria, principalmente a dos jovens que os velhos já estão cansados. Este post serve também de marco temporal para este acontecimento que julgo histórico.
E uma daquelas histórias que se conta aos netos. Pena eu não ter netos.
Voltemos ao cartaz. Não é com humor que se minimiza isto. Os Gatos não perceberam porque vivem noutro patamar. É preciso fazer um esforço para perceber como é que jovens de 20 anos são aliciados para o ódio e as razões que os levam a isso. É preciso falar com eles. É preciso discutir as suas ideias. É urgente acabar com o estado de coisas que origina que o ódio se volte contra o elo mais fraco (os imigrantes) quando se devia voltar contra o elo mais forte (a corrupção que segura este pantanal em que se tornou o país que os nacionalistas pensam que defendem).
Isto é tudo uma questão de ideias. As erradas e as certas. Eles têm razão, sabem? Perdeu-se a honra. É preciso dizer-lhes que a honra não está no ódio. A honra está, por exemplo, na honestidade, no respeito, naquela coisa que se chama ter uma coluna vertebral.
Eu percebo o ódio deles, mas o ódio deles está no lugar errado. Os anglo saxónicos têm uma boa expressão para isto: "your heart is in the right place". É cada vez mais preciso ter o coração no sítio certo. Alguns corações passaram-se para o lado errado. Perante o que temos assistido actualmente, e quem não vê não tem um problema de coração mas sim de falta de óculos, não é difícil perceber os porquês da coisa.
Por hoje é tudo. Ninguém é profeta na própria terra mas tenho a impressão de que me vou ter de referir a isto muito mais vezes, e com melhores palavras. Queria eu que não. Mas há três anos atrás, quando comecei a escrever este blog a insurgir-me contra o estado das coisas e a anunciar que chegava a escuridão, também me chamaram "pessimista" e "deprimida". Olhem, eu não estou deprimida. Estou apenas de olhos abertos. E vocês? Deus queira que desta vez a profecia caia em saco roto... but I don't think so.
quarta-feira, 18 de abril de 2007
sexta-feira, 13 de abril de 2007
Os sete pecados mortais: A versão moderna
É a minha vez de repescar um post antigo em protesto silencioso para com o estado da nossa sociedade. Já não tenho palavras novas.
A Soberba
Começo pelo meu pecado preferido. E o meu. A Soberba é quando a auto-estima se transforma em arrogância, em desprezo pelo outro. O soberbo sente-se superior, mais sábio, mais importante, mais tudo. O soberbo está tão apaixonado por si próprio que nunca conseguirá amar o outro. O soberbo nunca saberá o que é o amor.
A Inveja
A Inveja é o pecado que mais abomino. A Inveja é o contrário da soberba. O Invejoso sente-se para sempre inferior, pequenino, insignificante. Procura no outro aquilo que não tem e inveja-o por tê-lo. Se o soberbo não conhece o amor porque não consegue amar o outro, o Invejoso não conhece o amor porque nunca conseguirá amar-se a si próprio.
A Avareza
A Avareza é a incapacidade de partilhar, é a ganância, o egoísmo. É a falta de solidariedade. É a exploração do trabalho, do ser, do ter do outro. O Ávaro não conhece o amor porque vê no outro um objecto a adquirir.
A Gula
A Gula é a grande amiga da Avareza. A Gula é o consumismo. É o querer sempre mais, sempre mais, sempre mais, é ter um carro maior, uma casa maior, e mais luxo, mais conforto, mais um livro, mais um cd, mais um jogo. É a falta de auto-domínio. É o crédito. É também o alcolismo, a droga legal e ilegal, o consumo do próprio corpo ao fazer o corpo consumir o que não deve. É o tabaco. É o viver para os prazeres materiais. É por isso que o Guloso não conhece o amor no outro; os bens materiais não têm amor para dar.
A Luxúria
A Lúxuria é o viver para os prazeres da carne. É a superficialidade, é a banalidade, é a falta de pensamento. É o verniz dos socialites. São as cabeças ocas, a exibição do corpo e das roupas que o cobrem, a beleza exterior e não interior, a beleza falsa e as operações plásticas. É a extravagância desmedida colada ao corpo. É o próprio endeusamento do corpo. (Pensavam que isto era a Soberba? Por vezes aproximam-se. Pensavam que a Lúxuria era ser escravo do sexo? Também, mas o sexo é o corpo.) O Luxurioso não conhece o amor porque não reconhece no outro mais do que a superficialidade da pele.
A Ira
A Ira é a violência, doméstica, urbana, rural. São os socos, os machados, as armas. São também os gritos, os insultos, os olhares de ódio. É o ódio tornado acção. É o rebentar dos instintos mais agressivos da natureza humana. É a intolerância. É o racismo e a xenofobia. É a destruição do mais fraco ou a destruição pura e simples. O Irado não conhece o amor porque destrói tudo em que toca.
A Preguiça
A Preguiça é o pecado mais perigoso. É a apatia, é o deixa andar, é o ir na corrente, é o não fazer nada, é o esperar que os outros façam tudo. É o valha-me Deus. É a alienação. É a completa insensibilidade pelo problema do outro. É o silêncio cúmplice e conveniente, a mentira para não arranjar problemas. É a cobardia. É a recusa em ir mais longe, em aprender, em partilhar, em explorar novos territórios. É o fechar na própria concha. É a estagnação. O Preguiçoso não conhece o amor porque conhecer o outro dá muito trabalho.
Original aqui, há dois anos.
A Soberba
Começo pelo meu pecado preferido. E o meu. A Soberba é quando a auto-estima se transforma em arrogância, em desprezo pelo outro. O soberbo sente-se superior, mais sábio, mais importante, mais tudo. O soberbo está tão apaixonado por si próprio que nunca conseguirá amar o outro. O soberbo nunca saberá o que é o amor.
A Inveja
A Inveja é o pecado que mais abomino. A Inveja é o contrário da soberba. O Invejoso sente-se para sempre inferior, pequenino, insignificante. Procura no outro aquilo que não tem e inveja-o por tê-lo. Se o soberbo não conhece o amor porque não consegue amar o outro, o Invejoso não conhece o amor porque nunca conseguirá amar-se a si próprio.
A Avareza
A Avareza é a incapacidade de partilhar, é a ganância, o egoísmo. É a falta de solidariedade. É a exploração do trabalho, do ser, do ter do outro. O Ávaro não conhece o amor porque vê no outro um objecto a adquirir.
A Gula
A Gula é a grande amiga da Avareza. A Gula é o consumismo. É o querer sempre mais, sempre mais, sempre mais, é ter um carro maior, uma casa maior, e mais luxo, mais conforto, mais um livro, mais um cd, mais um jogo. É a falta de auto-domínio. É o crédito. É também o alcolismo, a droga legal e ilegal, o consumo do próprio corpo ao fazer o corpo consumir o que não deve. É o tabaco. É o viver para os prazeres materiais. É por isso que o Guloso não conhece o amor no outro; os bens materiais não têm amor para dar.
A Luxúria
A Lúxuria é o viver para os prazeres da carne. É a superficialidade, é a banalidade, é a falta de pensamento. É o verniz dos socialites. São as cabeças ocas, a exibição do corpo e das roupas que o cobrem, a beleza exterior e não interior, a beleza falsa e as operações plásticas. É a extravagância desmedida colada ao corpo. É o próprio endeusamento do corpo. (Pensavam que isto era a Soberba? Por vezes aproximam-se. Pensavam que a Lúxuria era ser escravo do sexo? Também, mas o sexo é o corpo.) O Luxurioso não conhece o amor porque não reconhece no outro mais do que a superficialidade da pele.
A Ira
A Ira é a violência, doméstica, urbana, rural. São os socos, os machados, as armas. São também os gritos, os insultos, os olhares de ódio. É o ódio tornado acção. É o rebentar dos instintos mais agressivos da natureza humana. É a intolerância. É o racismo e a xenofobia. É a destruição do mais fraco ou a destruição pura e simples. O Irado não conhece o amor porque destrói tudo em que toca.
A Preguiça
A Preguiça é o pecado mais perigoso. É a apatia, é o deixa andar, é o ir na corrente, é o não fazer nada, é o esperar que os outros façam tudo. É o valha-me Deus. É a alienação. É a completa insensibilidade pelo problema do outro. É o silêncio cúmplice e conveniente, a mentira para não arranjar problemas. É a cobardia. É a recusa em ir mais longe, em aprender, em partilhar, em explorar novos territórios. É o fechar na própria concha. É a estagnação. O Preguiçoso não conhece o amor porque conhecer o outro dá muito trabalho.
Original aqui, há dois anos.
sexta-feira, 6 de abril de 2007
Canção do momento
The Sisters of Mercy
No time to cry
It's just a feeling
I get sometimes
A feeling
Sometimes
And I get frightened
Just like you
I get frightened too
but it's...
(no no no) No time for heartache
(no no no) No time to run and hide
(no no no) No time for breaking down
(no no no) No time to cry
Sometimes in the world as is you've
Got to shake the hand that feeds you
It's just like Adam says
It's not so hard to understand
It's just like always coming down on
Just like Jesus never came and
What did you expect to find
It's just like always here again it's...
(no no no) No time for heartache
(no no no) No time to run and hide
(no no no) No time for breaking down
(no no no) No time to cry
Everything will be alright
Everything will turn out fine
Some nights I still can't sleep
And the voices pass with time
And I keep...
No time for tears
No time to run and hide
No time to be afraid of fear
I keep no time to cry
(no no no) No time for heartache
(no no no) No time to run and hide
(no no no) No time for breaking down
(no no no) No time to cry
No time to cry
It's just a feeling
I get sometimes
A feeling
Sometimes
And I get frightened
Just like you
I get frightened too
but it's...
(no no no) No time for heartache
(no no no) No time to run and hide
(no no no) No time for breaking down
(no no no) No time to cry
Sometimes in the world as is you've
Got to shake the hand that feeds you
It's just like Adam says
It's not so hard to understand
It's just like always coming down on
Just like Jesus never came and
What did you expect to find
It's just like always here again it's...
(no no no) No time for heartache
(no no no) No time to run and hide
(no no no) No time for breaking down
(no no no) No time to cry
Everything will be alright
Everything will turn out fine
Some nights I still can't sleep
And the voices pass with time
And I keep...
No time for tears
No time to run and hide
No time to be afraid of fear
I keep no time to cry
(no no no) No time for heartache
(no no no) No time to run and hide
(no no no) No time for breaking down
(no no no) No time to cry
quinta-feira, 5 de abril de 2007
Dazkarieh
Andava à procura de concertos para o Pórtico quando descobri os Dazkarieh. A sonoridade e os instrumentos utilizados situam-nos na world music, numa fusão entre a música tradicional portuguesa e as reminiscências célticas e árabes, as influências eruditas e o som rock.
Uma banda diferente a descobrir por toda a gente, especialmente quem também aprecia o primeiro trabalho dos Madredeus e outros projectos que por não serem de tão fácil acesso se perderam no esquecimento pop geral.
Podem ouvi-los aqui: www.dazkarieh.com
E no my space: dazkarieh
Aconselho a audição de "Senhora da Azenha". Uma canção é boa quando não se nota em que língua é cantada.
Deixem um comentário a dizer o que acharam.
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