sábado, 30 de abril de 2005

VERGONHA!


Exclusivo CM



2005-04-26 - 13:00:00

Segurança - Autoridades prevêem grande concentração em Portugal

PSP e GNR investigam skinheads

Israel Sánchez (EPA)

Dois dos ‘cabeças rapadas’ que atacaram em Peniche,
As autoridades já identificaram os ‘cabeças rapadas’ que integravam o grupo que, na madrugada de 17 de Abril, deixaram um rasto de destruição em dois bares de Peniche: são ‘skinheads’ portugueses, maioritariamente originários de Lisboa, e alguns pertencem ao PHS – Portugal, com ligações estreitas ao movimento Hammerskin, uma organização de extrema-direita, violenta, com forte presença em Itália e nos EUA.






Fotografias, vídeos e troca de informação entre entidades policiais permitiram descobrir entre o grupo de Peniche vários graus de ‘skinheads’: uns, ligados ao PHS, com missões de observação; outros que não passavam de simples aspirantes a militantes; e os iniciados à espera de passarem no ‘exame de admissão’.

Naquele grupo havia gente com funções e origens diversas. Muitos dos elementos identificados são da grande Lisboa (dois são militares). Outros são da zona de Peniche – conhecidos das autoridades e da população.

A decisão de ‘actuarem’ em Peniche na madrugada de 17 de Abril terá sido tomada no dia 9, durante um jantar que decorreu numa quinta da zona de Pegões. Dezenas de portugueses e estrangeiros ligados à extrema-direita internacional debateram nesse jantar, entre outros assuntos, as datas das acções violentas para este ano.

Os ataques em Peniche (tal como o CM noticiou) foram uma prova iniciática, mas a informação de que estará a ser preparada uma grande concentração de ‘cabeças rapadas’ em Portugal captou a atenção dos serviços de informação. Esta semana, PSP e GNR montaram vigilância em Peniche. Os investigadores não imaginaram que a organização PHS também teve um observador na zona de Peniche – com o objectivo de observar a iniciação e as movimentações policiais.

Uma fonte conhecedora deste movimento PHS confirmou ao CM que os acontecimentos em Peniche foram apenas um baptismo: “Depois de alguma instrução básica, há uma prova de violência. Partem umas coisas, fazem a saudação nazi, mostram-se e pouco mais”.

Estas acções de violência são quase sempre ‘supervisionadas’ por elementos daquela organização internacional de extrema-direita.

Apesar do secretismo com que estas organizações operam, o Euro’2004 potenciou a troca de informação entre as polícias europeias. O manancial de informação tem sido cruzado e tem permitido avanços nas investigações sobre hooliganismo e os grupos de extrema-direita internacionais.

PORTUGUESES NA ALTA-RODA INTERNACIONAL

Os ‘skinheads’ portugueses ascenderam à alta-roda internacional em 29 de Janeiro último. A designação oficial da mais importante organização portuguesa de ‘skinheads’ é agora Portuguese Hammerskin – PHS.

A internacionalização já levou os ‘cabeças rapadas’ portugueses a algumas reuniões na Europa. Fonte policial confirmou ao CM que “foram visionados vários elementos portugueses, na equipa que garantiu a segurança da festa ‘skin’ de Barcelona”.

A prova final dos ‘skin’ portugueses ocorreu em Junho de 2004. Oficialmente, foi apenas um concerto privado para “fomentar a camaradagem entre os nacionalistas portugueses e europeus”. A pretexto da festa, os ‘neo-nazis’ europeus ficaram a conhecer a Quinta do Amaro, no Tojalinho em Loures. Vieram de Itália, França e Suíça (ver CM de 21/06).

Dias depois (CM 27/06), 25 ‘skinheads’ foram detidos pela GNR de Loures na mesma quinta. Vestidos com calças camufladase botas militares. Quatro estavam na posse de armas de fogo. Fuzileiro, funcionário público, escriturário, estudante e segurança foram as profissões que então declararam ao tribunal.

PORMENORES

DATAS

As datas mais marcantes do calendário dos ‘skinheads’ são os dias 30 de Abril (morte de Hitler), 28 de Maio (revolução que esteve na origem do Estado Novo), 10 de Junho (designado Dia da Raça até 1973) e 27 de Junho (morte de Salazar).

LOCAIS DE CULTO

Os ‘cabeças rapadas’ costumam reunir-se em Lisboa no Disorder, no Cais do Sodré, e no Boca do Inferno, no Bairro Alto. Na Margem Sul os locais preferidos são o Tatoo, na Charneca, e Knock Out, na Costa de Caparica.


LEI

A Constituição proíbe organizações que perfilhem a ideologia fascista. O Código Penal prevê penas até oito anos de prisão para quem participar em actividades que incitem ao ódio e à violência racista ou religiosa.



Ver também: Cabeças rapadas atacam em Peniche

terça-feira, 26 de abril de 2005

E ainda mais música

Hoje adicionado:

The Birthday Party - Death by Drowning

Dedicado ao Goldmundo. A banda de Nick Cave antes dos Bad Seeds.

Product of Reason - Active Repetition

Uma das minhas favoritas.

Adrian Alexis - I want to be a vampire

Para rir.

The Normal - Warm Leatherette

Para dançar.


Está aqui.

ATENÇÃO, DISPONHO DE ESPAÇO LIMITADO POR ISSO A MÚSICA SÓ VAI ESTAR DISPONÍVEL ATÉ EU A SUBSTITUIR.

sábado, 23 de abril de 2005

Porque é que uma pessoa não se deve suicidar?

Como diz a minha mãe, porque a morte é certa.

Depois dos momentos de desespero, vem aquele sorriso de quem pensa "E se eu ficar por cá, o que é que acontece?".


Amiguinhos que se preocupam: Não se preocupem. O suicida nunca diz "Estou a pensar suicidar-me". O suicida diz: "Tentei e não consegui".

Obviamente, o morto não diz nada.

Nirvana

And I swear that I don't have a gun.

Não consigo dormir de noite por isso tenho faltado ao meu trabalho que é um trabalho normal, de dia.
Hoje senti ódio. Hoje pensei que queria que morressem todos.

Toda a gente aguenta passar uma noite sem dormir. Até é engraçado. Mas se dissessem à maioria das pessoas: A partir de hoje, vais viver e trabalhar da meia noite às oito da manhã. Para sempre, vai ser o teu horário.
É como eu me sinto, mas ao contrário.

A situação tem-se agravado com o tempo. Não há cura conhecida embora o fenómeno esteja diagnosticado.
Nem vou começar a descrever o fenómeno. Hoje não. Estou demasiado mortificada por perceber que vou ser uma pária toda a vida.

Tenho pena dos meus gatos. A sério que tenho.
Mas hoje era daqueles dias em que engolia uma bala.

Eu juro que não quero viver assim.

sábado, 16 de abril de 2005

Tabela

Deixemo-nos de brincadeiras e vamos à coisas que interessam.

Existe um teste algures para medir o grau de depressão de um paciente que tem uma pergunta fulcral que é mais ou menos isto:

Nos últimos 6 meses, tem-se sentido:
1. Muito feliz
2. Feliz
3. Nem feliz nem infeliz
4. Infeliz
5. Muito infeliz

Passemos para a pergunta seguinte à resposta 4. e 5.
As perguntas seguintes são da minha autoria.

Nos últimos 6 meses tem contemplado o suicídio:
1. Não
2. Sim

Se a resposta é "não", depressão de caca. Passemos à frente. Receito um Lexotan e uma avé-maria.

2. Sim

Próxima questão

Nos últimos 6 meses tem...
1. Pensado no suicídio mas rejeitado a ideia de imediato
2. Pensado em levar a cabo o suicídio e pediu ajuda
3. Pensado em levar a cabo o suicídio e não pediu ajuda
4. Planeado o suicídio
5. Não preciso de planear o suicídio. Sei como fazer.

Resposta 5.

Quantas vezes pensou no suicídio nos últimos tempos?
1. Uma vez por mês
2. De 15 em 15 dias
3. Uma vez por semana
4. Uma vez por dia
5. Todos os dias, a toda a hora


Agora vou dar as minhas respostas.
Pergunta 1. 4
Pergunta 2. 2
Pergunta 3. 1
Pergunta 4. Já vai no 4. Mas também já esteve no 5. Aliás, se estou a escrever sobre isto, muito possivelmente já vai no 5 outra vez. O que é chato porque a pergunta 3 ainda só vai no 1.

A música gótica

(Porque o que é prometido é devido.)

Vou começar este post congratulando-me de satisfação por os comentários não estarem activos.

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Agora que já me congratulei, prossigamos.

O que aqui vai ser escrito é a minha opinião e nada mais do que a minha opinião.
O que é afinal a música gótica? A música gótica é aquela música de que a maioria dos góticos gostam.
Sim, tão simples.

Agora vou explicar. No princípio do movimento musical, nenhuma das bandas consideradas "pais do gótico" alguma vez se assumiram como tal. Nem os Bauhaus, nem os Cure, nem os Fields of the Nephilim, nem - muito menos! - os Sisters of Mercy. Muito pelo contrário, todos rejeitavam o conceito. Ninguém queria ser apelidado sequer de urbano depressivo. Todas estas bandas diriam que estavam a fazer rock, ou pop, ou simplesmente "música boa". Sem rótulos. O que só lhes fica bem porque nenhum artista gosta de rótulos. (E assim criaram a escola de que gótico nenhum se assume como gótico, mas isso é outra história, a história da cultura que se desenvolveu nas pisadas da música.) A história do "gótico" foi um passo em falso do manager de marketing dos Joy Division, um passo em falso que pegou e que ficou. A partir do momento em que o conceito é criado, em que a palavra é dita, o criador perde o poder que tinha sobre a criação e esta ganha vida própria. E os artistas sabem-no bem, por isso é que detestam rótulos. Querem ser os criadores, não a criação.
O que caracterizava estas bandas era uma série de semelhanças técnicas, artísticas e temáticas.
Técnicas: a caixa de ritmos, as guitarras "rendilhadas" (ouça-se a guitarra de Wayne Hussey dos Mission e do primeiro álbum dos Sisters of Mercy ou Tim Bricheno dos All About Eve para perceber o que é uma "guitarra rendilhada") geralmente de 12 cordas, as vozes operáticas e poderosas femininas ou masculinas (Siouxie, Andrew Eldricth ou Peter Murphy, por exemplo), e tenho a certeza que há mais exemplos; outros truques técnicos que eu reconheço perfeitamente mas não sei descrever porque não tenho assim tantos conhecimentos técnicos a nível musical. Posso referir também uma preferência por instrumentos étnicos (aquela "pandeireta" dos Cult -- pandeireta?! -- ou toda a carreira dos Dead Can Dance), clássicos (nem que seja um piano ou um violino recriado em computador) e electrónicos (afinal estávamos nos anos 80, "electric dreams" era o tema comum a TODAS as bandas novas desde os A-HA aos Duran Duran, passando por Madonna. É preciso situar estas coisas.)
Artísticas: a estética do negro e do decadente, o pós punk que foi redescobrir a beleza que o punk tinha abandonado mas sem perder a conquista de fumar um charro na rua sem ficar mal visto por isso. Mas com classe. Absolutamente muita classe. E classe era o que o punk tinha perdido, se é que alguma vez a teve. O pós punk veio recuperar essa classe perdida.
Temáticas: em duas palavras, épico e/ou depressivo. O romantismo do século XIX diz tudo. Não vou aqui explicar o que é o romantismo do século XIX porque isso aprende-se na escola. (O amor ao mórbido, à morte, ao monstruoso, vampiros incluídos, nasceu aqui. Leiam Bocage.)

São poucos os casos em que uma banda de que os góticos gostam não obedeça a pelo menos dois dos requisitos acima descritos. Não foi por acaso que meti os Cure ao barulho. Eles andavam perto, muito perto, mas ao mesmo tempo tão longe da voz cavernosa de um McCoy.

Até agora disse o óbvio e o mesmo que toda a gente que percebe um pouco do movimento gótico. Passemos à frente. Desbravemos novos caminhos.
Porque é que o movimento grunge nunca cativou os góticos? Porque é que não se ouve Nirvana nos sítios góticos? Não obedece à maioria dos requisitos? Até que ponto a apresentação estética de uma banda tem influência no gosto dos góticos? Não se ouve Nirvana porque os Nirvana não se vestiam de preto? Ou será uma questão de tempo até que o movimento grunge seja "branqueado" (neste caso, "enegrecido") pelo tempo e se venha a ouvir Nirvana num sítio gótico? Porque, queira-se ou não, a temática dos Nirvana obedece ao padrão acima descrito. O resto é que não.
Existe outro fenómeno interessante. Quando Marilyn Manson fez uma versão de "Sweet Dreams", o original dos Eurythmics começou a passar nos sítios góticos. Talvez seja uma questão de uma banda que vista de preto fazer uma versão de "Smells Like Teen Spirit". Querem uma aposta? Querem mesmo?

E Marilyn Manson, queria ser gótico? Talvez não quisesse. Talvez não queira. E o mesmo acontece com todas as bandas recentes adoptadas pelo movimento gótico. Não têm escolha. São, como a palavra diz, adoptadas. Uma vez adoptadas, mesmo que maltratem os fãs, são nossas. Não há volta a dar-lhe. Foi um bocadinho o que aconteceu aos Placebo que de gótico só têm uma tendência para o depressivo (e o bissexual, que também vem do século XIX, olha o Byron). Mas a malta gosta. Acabou-se a conversa.

Outra questão. Porque é que algumas bandas fazem tudo e mais alguma coisa para serem góticas - inclusive imitar a técnica, o estilo artístico e temático - e nunca conseguem? Podia dar exemplos mas o facto é que essas bandas me passam pelos ouvidos e não ficam. Falta uma coisa importantíssima. Que é aquilo que os Placebo têm, por exemplo. Autenticidade. Feeling. Originalidade. Sentimento. Mas isto podia aplicar-se à música em geral, não só à música gótica. Nem todos os compositores de ópera ficaram na história. Da maioria nem ouvimos falar. E menos ouviremos à medida que o tempo passa.

A música gótica é como o Natal. É aquilo que um gótico quiser.
É o monge que faz o hábito, não é o hábito que faz o monge.

(Ou, com diria o outro: "Habituem-se. A música gótica não vai ser feita nos meios de comunicação social.")






E depois há bandas que decidem parodiar o movimento e usar e abusar de todos os clichés acima referidos, como os Type O Negative, e os góticos acham graça e deixam-nos fazer o que querem porque afinal o gótico é decadente e não há nada mais decadente do que dizer mal de si próprio, e assim nasceu a canção mais gótica que existe: "Black #1". Está lá a técnico, o artístico e o temático. É o exagero, é o absurdo, é o desvario. Já não é o gótico flamejante, é o gótico barroco! Ou o barroco do gótico, se preferirem.
Neste caso, um exemplo de gótico flamejante, para roubar ideias à arquitectura, e na minha opinião pessoal, é claro, seria um clássico como "Bela Lugosi's Dead" para os Bauhaus ou "Marian" para os Sisters of Mercy ou "Moonchild" para os Field of the Nephilim. Possivelmente, todas as bandas dos primórdios têm um exemplo de flamejante.
Possivelmente, pela simplicidade e despojamento, os Joy Division seriam o românico do gótico.

Mais música

Para o efeito de divulgar bandas obscuras que de outra maneira não são ouvidas em lado nenhum. A cruzada continua.

Hoje adicionado:

Geko - Mary Loves The War Zone

Épico.

The Arch - Babsi Ist Tot

Raivoso.

45 Grave - Riboflavin (Flavored Noncarbonated Polyunsaturated Blood)

Divertido. Divertidíssimo. (A minha colecção de "música de vampiros" começa a ser invejável, não é para me gabar. Tenho quase o suficente para um álbum. E pretendo partilhar.)


Está aqui.

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sexta-feira, 15 de abril de 2005

Desafio


Pick ONE band and answer the questions using only that band's lyrics. Note the name of the song where the lyrics came from below the lyrics.

1. Are you male or female?

"I get frightened,
just like you,
I get frightened too"


2. Describe yourself:

"I've got nothing to say I haven't said before,
I bled all I can, I won't bleed no more."


3. How do your friends feel about you?

"Some say you're growing cold and taking over"


4. Who do you want to be?

"I had a face on the mirror
I had a hand on the gun
I had a place in the sun and a
Ticket to Syria

I had everything within my reach
I had money and stuff
Each and every call
Too much but never enough
Tear it up and watch it fall"


5. Describe your significant other:

"And a devil in a black dress watches over"


6. What would you rather be doing?

"Walk away"


7. Describe where you live:

"So still. So dark all over Europe"


8. Describe how you love:

"Love is a very splintered thing
Don't be afraid now
Just walk on in"


9. Share a few words of wisdom:

"Words are just dust in deserts of sound"

Todas as letras por Andrew Eldricht in The Sisters of Mercy e Sisterhood
(Fiz batota, não disse os nomes das canções)


segunda-feira, 11 de abril de 2005

Mood do dia

There’s something cold and blank behind her smile
She’s standing on an overpass
In her miracle mile
(coma):
You were from a perfect world
A world that threw me away today
Today to run away

A pill to make you numb
A pill to make you dumb
A pill to make you anybody else
But all the drugs in this world
Won’t save her from herself

Her mouth was an empty cut
And she was waiting to fall
Just bleeding like a polaroid that
Lost all her dolls
(coma):
You were from a perfect world
A world that threw me away today
Today to run away

A pill to make you numb
A pill to make you dumb
A pill to make you anybody else
But all the drugs in this world
Won’t save her from herself

Coma White
Marilyn Manson

domingo, 10 de abril de 2005

Uma canção: Bloody, Dead and Sexy - Bloody Rose

(Dedicado a Nimue)

A falta de música nova nos buracos góticos deste país está a atingir níveis surpreendentes. É certo que gosto muito dos meus Bauhaus, dos meus Sisters of Mercy, dos meus Cult.
Mas nós somos como vampiros. Queremos sangue fresco. Sangue novo. Sangue diferente.
Não é estranho que só ouçamos uma música de Soft Cell, e que música é essa? "Tainted Love". "Tainted Love". "Tainted Love". Eu nunca tinha ouvido a música que partilhei até há pouco tempo, "Martin". O que é uma pena.

What the fuck?! A rádio que temos é a rádio que temos. A(s) rádio(s) que temos de ouvir estão agora na internet. Não há volta a dar-lhe. Ali em baixo tenho um link para a Radio Ghoul School. Usem-no.
Entretanto, vou tentar partilhar mais música que tem particularmente conquistado o meu agrado. São na maioria bandas obscuras de que niguém nunca ouviu falar. Até agora, isto é.

A selecção de hoje é Bloody, Dead and Sexy, "Bloody Rose".
Não consegui arranjar a letra desta canção em lado nenhum por isso, se não perceberem, imaginem. A mim lembra-me uma coisa vampiresca, ou semelhante.

Está aqui.

ATENÇÃO, DISPONHO DE ESPAÇO LIMITADO POR ISSO A MÚSICA SÓ VAI ESTAR DISPONÍVEL ATÉ EU A SUBSTITUIR.

10.04.05

Querido diário:

Conversa interessantíssima com 3 pessoas conhecidas online. Isto vale a pena.

quinta-feira, 7 de abril de 2005

O óbvio

Coisas que eu já sabia mas que voltei a lembrar nestes últimos dias:

1. O sonho é que nos mantém vivos. Sem sonhos, estamos mortos.
Eu não sonho.

2. Prefiro mulheres aos homens. Mais cabeça, menos sexo. Muito menos sexo. Muito mais beleza.

3. Eu não quero morrer. O que eu não quero é viver assim.

quarta-feira, 6 de abril de 2005

sexta-feira, 1 de abril de 2005

As if by magic, I have been spared





Esta sou eu.

Nos últimos 5 anos, estive dentro do barco. Vieram tempestades e vendavais e o inevitável naufrágio.
Isso foi no início. Acordei nos restos flutuantes da embarcação, à deriva em alto mar, sem rumo nem terra à vista. Completamente sozinha dia e noite, à deriva. Sempre à deriva.
Tentando manter-me a flutuar. Tentando não me afogar.

O barco é a minha vida.
Hoje observo à distância como ele se afunda e eu não posso fazer nada senão olhar. Não tem a mais pequena hipótese.
É o fim.


As if by magic
I have been spared
This stagnant atmosphere has dissolved into
A nebulous vacuum

I am bathed in aromatic perfume
Dream like figures emanate love
And swoon at my glance of seduction

By what magic has fate allowed such bliss?
Insanity you are so sweet.



Raw War (excerto)
Christian Death, "The Scriptures" 1987


Foi aqui que deixei o barco. Agora faz sentido.