E merece post de introdução porque é do nosso caro ebola. A princípio ele queria que fosse secreto, mas como já não é, façam a maldade(zinha) de o visitar. ~grin~
Happy Clow With Bad Ideas
Quanto a mim, continuo bem aconchegada no meu mundo interior com projectos pessoais e intransmissíveis.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
terça-feira, 21 de julho de 2009
O que se está a passar é que sinto que partes de mim morreram para sempre. Direi mesmo a maior parte delas. Pouco resta. E também pouco resta mais a dizer.
É natural que as pessoas que me conhecem pessoalmente não se apercebam disto. Quando estou com elas, é a única altura em que ainda me sinto "desperta".
Assim que desaparecem, como na canção "I don't exist when you don't see me", o que não deixa de ser irónico porque a canção refere-se a coisas muito diferentes, regredi a um ponto em que só encontro refúgio na fuga e no isolamento.
É por isso também que cada vez falo menos aqui.
É natural que as pessoas que me conhecem pessoalmente não se apercebam disto. Quando estou com elas, é a única altura em que ainda me sinto "desperta".
Assim que desaparecem, como na canção "I don't exist when you don't see me", o que não deixa de ser irónico porque a canção refere-se a coisas muito diferentes, regredi a um ponto em que só encontro refúgio na fuga e no isolamento.
É por isso também que cada vez falo menos aqui.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
O sentido
Estive a pensar porque é que as pessoas bebem. Não me refiro à bebida social mas à outra, a insidiosa e perigosa que toma conta de um vida. Falo dos bebedores. Não gosto da palavra alcoólicos. Parece que todos nós temos um alcoólico dentro de nós mas só alguns despertam, ou melhor, adormecem, e se deixam levar.
Não acredito que as pessoas bebam (assim) só por uma razão. Por causa disto ou por causa daquilo. Acho que é por causa de tudo. Acho que é por falta de verem um sentido.
É por isso que não compreendo os Alcoólicos Anónimos e o seu lema "um dia de cada vez". Um dia de cada vez para fazer o quê? Para dar um sentido à vida da pessoa, cuja vida tinha perdido o sentido, que é "hoje não vou beber". Portanto a pessoa não tinha sentido na vida e hoje tem, que é o de não beber, o que funciona como a chibata do monge.
Não devia ser ao contrário? Primeiro encontrar o sentido e só depois parar de beber? Para quê parar de beber sem um sentido que valha o sacrifício? E se há um sentido, para quê beber de todo? E porque é que se precisa do lema? Não é o sentido lema suficiente?
Isto lembra-me aquela célebre introdução o filme "Trainspotting": "choose life". Mas porque raio se há-de escolher a vida se esta não tem sentido? Se tivesse sentido, as pessoas não se tornavam dependentes do álcool nem da droga. Pensavam melhor. Pensavam duas vezes. Pensavam em tudo o que se deixa para trás.
O problema é quando não há nada que deixar para trás. E se não há nada para deixar para trás, para que serve um dia de cada vez? Um dia para chegar ao fim e pensar "foi mais um dia"? Um dia de quê? Se for um dia feliz, ainda se compreende. Se não for, não vejo o sentido.
Não acredito que as pessoas bebam (assim) só por uma razão. Por causa disto ou por causa daquilo. Acho que é por causa de tudo. Acho que é por falta de verem um sentido.
É por isso que não compreendo os Alcoólicos Anónimos e o seu lema "um dia de cada vez". Um dia de cada vez para fazer o quê? Para dar um sentido à vida da pessoa, cuja vida tinha perdido o sentido, que é "hoje não vou beber". Portanto a pessoa não tinha sentido na vida e hoje tem, que é o de não beber, o que funciona como a chibata do monge.
Não devia ser ao contrário? Primeiro encontrar o sentido e só depois parar de beber? Para quê parar de beber sem um sentido que valha o sacrifício? E se há um sentido, para quê beber de todo? E porque é que se precisa do lema? Não é o sentido lema suficiente?
Isto lembra-me aquela célebre introdução o filme "Trainspotting": "choose life". Mas porque raio se há-de escolher a vida se esta não tem sentido? Se tivesse sentido, as pessoas não se tornavam dependentes do álcool nem da droga. Pensavam melhor. Pensavam duas vezes. Pensavam em tudo o que se deixa para trás.
O problema é quando não há nada que deixar para trás. E se não há nada para deixar para trás, para que serve um dia de cada vez? Um dia para chegar ao fim e pensar "foi mais um dia"? Um dia de quê? Se for um dia feliz, ainda se compreende. Se não for, não vejo o sentido.
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