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terça-feira, 3 de junho de 2025

Methgator (2023)

A única justificação para um filme mau é que nos faça rir e, confesso, este fez-me rir mais do que eu esperava. “Methgator” é a história de um jacaré que comeu um saco de anfetaminas e ficou doidinho.
Nos pântanos da Flórida, um traficante teve o azar de ser comido por um jacaré, que engoliu também a mochila cheia de produto. Viciado, a partir daqui o jacaré só quer droga, o que não significa que não coma também quem apanha pelo caminho. Mas há uma razão porque se chama speeds às anfetaminas: o jacaré está completamente speedado e, em vez de andar na sua forma característica e pachorrenta, agora ele galopa a todo o vapor assim que lhe dá o cheiro da anfa. Mais engraçado ainda, o jacaré começa a perder os dentes, sintoma deste tipo de droga. Dante, um enviado especial da DEA com ligações à terrinha na ilha pantanosa, é enviado ao local para investigar os traficantes e é envolvido no caso do jacaré speedado.
O enredo começa com lógica. Dante salienta que se um animal comer tanta quantidade de anfetaminas tem uma overdose e morre, mas todos lhe dizem que este é um jacaré muito especial, uma besta de 9 metros de comprimento. Aqui a lógica desaparece e entra a fantasia. O jacaré fica cada vez maior e mais forte à medida que come mais anfetaminas, a ponto de já não parecer um jacaré mas um crocodilo, maior do que a vida, e mais tarde ainda quase um Croczilla imune a balas e explosões.
O grande perigo é que o crocodilo encontre o super-laboratório que a polícia procura há muito tempo, o grande supermercado da droga da ilha, que, semelhante a “Breaking Bad”, está construído num subterrâneo. E claro que o super-crocodilo descobre o super-laboratório.
Apesar do enredo estapafúrdio, o filme vê-se bem e, pelo menos a mim, provocou algumas gargalhadas (mas admito que possa ter sido por ter imaginado Walter White vs Croczilla, e pobre crocodilo nesse caso). Aliás, tive muita pena do crocodilo. O bichinho só queria droga prá cabeça, quem é que o pode censurar?
Apesar dos péssimos efeitos especiais há uma cena um pouco perturbadora, quando o crocodilo come um traficante que já se julgava safo. E ainda dá para aprender alguma coisa, uma espécie de luta à chapada que parece ser típica da zona. Não é boxe, é mesmo chapada, e ganha quem puser o outro KO. Onde mais é que se podia aprender uma coisa destas?

12 em 20 (pelas gargalhadas)


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