domingo, 28 de agosto de 2005

Body and soul


There comes a time in the evolution of every soul when the chief concern is no longer the survival of the physical body, but the growth of the spirit; no longer the attainment of worldly success, but the realization of Self.
In a sense, this is a very dangerous time, particularly at the outset, because the entity housed in the body now knows it is just that: a being in a body—not a body-being.

At this stage, before the growing entity matures in this point of view, there is often a sense of no longer caring about affairs of the body in any way. The soul is so excited about being “discovered” at last!
The mind abandons the body, and all matters of the body. Everything is ignored. Relationships are set aside. Families are disappeared. Jobs are made secondary. Bills go unpaid. The body itself is not even fed for long periods. The entire focus and attention of the entity are now on the soul, and matters of the soul.

This can lead to a major personal crisis in the day-to-day life of the being, although the mind perceives no trauma. It is hanging out in bliss. Other people say you have lost your mind—and in a sense you may have.
Discovery of the truth that life has nothing to do with the body can create an imbalance the other way. Whereas at first the entity acted as if the body were all there is, now it acts as if the body matters not at all. This, of course, is not true—as the entity soon (and sometimes painfully) remembers.


Conversations with God
Neale Donald Walsch


Penso que isto me está a acontecer desde há dois anos. A princípio eu chamei-lhe "loucura irresponsável".

domingo, 21 de agosto de 2005

Conselho do dia

Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje.

Nunca.

E, disso, ninguém, mas mesmo ninguém, me pode acusar. Eh bien. Quando eu fôr, sei que fiz tudo o que podia ter feito. Nada a lamentar, muito menos o que podia ter feito e não fiz.

Type O Negative - Amar ou odiar, eis a questão

De como uma banda pode fazer música lindíssima e ter, ao mesmo tempo, letras de merda.
Como esta:


Type O Negative
Everything Dies

Well I loved my aunt - but she died
And my uncle lou - then he died

I’m searching for something which can’t be found - but I’m hoping
I still dream of dad - though he died

Everything dies - everything dies

My ma’s so sick - she might die
Though my girl’s quite fit - she will die

Still looking for someone who was around - barely coping
Now I hate myself - wish I’d die

Everything dies - everything dies
Everything dies - everything

No why - oh God I miss you
No why - oh God I miss you - I really miss you
No no no no

No why - oh God I miss you
No why - oh God I miss you - I really miss you

Everything dies - everything dies
Everything dies - everything - no no no no

Everything dies - everything dies
Everything dies - everything

sábado, 20 de agosto de 2005

Pluto
.:Pluto:.

"You are shrouded in mystery, which you love,
but you have a lot of trouble expressing your
feelings. You are very loyal and possessive,
and you become jealous very easily. You have a
great deal of courage and are very clear on
what you want and how to get it. You are
protective and will seek revenge on those who
wrong you. You are also very clever and expect
your lover to be attuned to your needs and
wants."


. : : Which Astrological Planet are You? : : . [10 Gorgeous Pics!]
brought to you by Quizilla

segunda-feira, 15 de agosto de 2005

"Os Outros" ("The Others" - 2001)

Já há muito tempo que aqui não falava de um filme. E este já vi duas vezes.
E há que falar de um filme onde tudo é perfeito, especialmente a interpretação de Nicole Kidman.

A história de "Os Outros" é... bem, não posso contar. O tema é uma casa assombrada. Uma casa deveras assombrada, onde os fantasma de facto existem.
Posso dizer, contudo, que chorei mais da segunda vez que vi o filme. Muito mais.
Preparem-se para as lágrimas. E não tenham medo. Ou tenham. Acho que o medo é uma questão de fé. Mas a compaixão nem por isso.

20 em 20


Image hosted by Photobucket.com

domingo, 14 de agosto de 2005

Párem de se queixar do PS

Isto começou por ser um comentário a um post do Portugal Profundo, onde se tem questionado se Sócrates deve gozar férias em plena altura de crise e fogos.

Respondi eu:

O amigo não percebe que o nosso primeiro é um homem muito ocupado, muito inteligente, e que precisa de bastante tempo para descansar para depois, mais tarde, pensar com clareza e argúcia no que vai fazer para resolver a situação; não só a dos fogos como a do país em geral.
Porque, obviamente, e isso é que é certo, não pensou no assunto antes de ser eleito.
Aliás, tende paciência, santinhos, porque se começais a dizer muito mal do homem, este ainda se pira para o estrangeiro como fizeram os outros dois, e depois quem poreis no Governo?
Pensando bem, pode sempre voltar o Santana, quereis?

(Nota: Porque há sempre distraídos, isto foi um comentário sarcástico.)


Ora, mais umas palavrinhas. A mim não me choca nada que o homem esteja de férias. Eu estava à espera disso. Farei mal? Estarei habituada? Não sei.
Tenho esperança que alguma coisa mude? Sinceramente, não.
Os portugueses tinham esperança que acontecesse o milagre das rosas quando votaram maciçamente no PS a 20 de Fevereiro?
Ah, estou a repetir-me. Já aqui disse que sim, que obviamente acreditavam.
Até que ponto pode um povo ser ingénuo, pergunto agora?

E eis quando hoje alguém que não conheço me mandou uma mensagem para o telemóvel que dizia: "O PS está a dar cabo do país. Vamos fazer algo pelos nossos filhos."

O quê, exactamente, ó anónimo? Se é que sabes quem eu sou, isto é, porque eu não sei quem tu és.

Resta saber se os portugueses querem mudar. Será que querem? Querem mesmo? Então porque protestam contra as medidas impopulares? Confesso que não percebo. Pensam que a mudança não dói? Querem anestesia? Droguem-se. Eu sei que já se drogam, mas droguem-se mais. E o vinho é barato. (Comprem alentejano que é bom e nacional. Eu só compro alentejano!)
Podem não ter concordado com a minha opção de voto. Houve quem votasse à esquerda (Bloco), eu votei à direita (CDS-PP). Recusei-me a votar ao centro onde as moscas vão mudando consoante a merda que fazem e que o povo esquece quatro meses depois.
Mas foi uma decisão tomada pela maioria dos portugueses. Assumam a responsabilidade. Párem de se queixar. (E eu nem sequer votei neles.)
Assumir a responsabilidade é o primeiro passo da maioridade. Cresçam.
Aceitem o castigo. Acabem com a impunidade. Paguem as multas. Párem no sinal vermelho. Cumpram o código da estrada. Paguem os impostos. Não deitem beatas na areia. Não peguem fogo às florestas. Não copiem nos exames. Não gastem acima das possibilidades. Sejam honestos. Párem de fazer favores. Não aceitem cunhas.

Mudem, porra!

Querem mesmo?

I don't think so.

Lengalenga

História contada pela minha avó à minha mãe e contada pela minha mãe a mim.
Eu acho uma pena que estas coisas se percam porque dependiam da tradição oral e a tradição oral perdeu-se. Já não há histórias ao serão à roda da lareira.


Formiguinha

Uma formiguinha andava com a carga às costas quando se fez noite. Meteu-se debaixo de uma folha mas deixou uma patinha de fora. De noite nevou e, de manhã, a formiguinha tinha a patinha gelada, toda branquinha, coberta de neve, e não conseguia sair de onde estava.
E perguntou a formiguinha ao sol:

- Sol, tu que és tão valente, não derretes a neve do meu pézinho?

E disse o Sol:

- Mais valente que eu é a Nuvem que me tapa.

E disse a formiguinha:

- Nuvem, tu que és tão valente, porque não destapas o sol, que não derrete a neve do meu pézinho?

E disse a Nuvem:

- Mais valente que eu é o Vento, que me empurra.

- Vento, tu que és tão valente, porque não espalhas a nuvem, que tapa o sol, que não derrete a neve do meu pézinho?

E disse o Vento:

- Mais valente que eu é o Muro que me detém.

- Muro, tu que és tão valente, porque deténs o vento, que não espalha a nuvem, que tapa o sol, que não derrete a neve do meu pézinho?

E disse o Muro:

- Mais valente que eu é o rato, que me fura.

- Rato, tu que és tão valente, porque furas o muro, que tem não no vento, que não espalha a nuvem, que tapa o sol, que não derrete a neve do meu pézinho?

E disse o Rato:

- Mais valente que eu é o gato, que me papa.

- Gato, tu que és tão valente, porque papas o rato, que fura o muro, que tem não no vento, que não espalha a nuvem, que tapa o sol, que não derrete a neve do meu pézinho?

E disse o Gato:

- Mais valente que eu é o Cão, que me morde.

- Cão, tu que és tão valente, porque mordes o gato, que papa o rato, que fura o muro, que tem não no vento, que não espalha a nuvem, que tapa o sol, que não derrete a neve do meu pézinho?

E disse o Cão:

- Mais valente que eu é o Homem, que me bate.

- Homem, porque bates no cão, que morde o gato, que papa o rato, que fura o muro, que tem não no vento, que não espalha a nuvem, que tapa o sol, que não derrete a neve do meu pézinho?

E disse o Homem:

- Mais valente é a Morte, que me mata.

Nisto, a formiguinha reparou que o tempo tinha passado, e o vento espalhou a nuvem, que destapou o sol, que tinha derretido a neve do seu pézinho. E pôde ir à sua vidinha.




Esta história lembra-me este país. É um jogo do empurra em que os mais fortes oprimem os mais fracos mas em que ninguém quer assumir a responsabilidade e onde se pensa que as coisas se resolvem por si próprias.

sexta-feira, 12 de agosto de 2005

Estou seriamente a pensar em trabalhar em Espanha. Se ao menos houvesse trabalho nocturno em alguma área que eu pudesse fazer e se desse para viver do salário, acho que o resto se arranjava.
O meu inglês é impecável e aprendo uma língua nova em seis meses. Aqui, não sirvo para nada. Mas será assim em todo o lado? I wonder.
Deixar os meus gatos ia partir-me o coração. Mas Espanha não é assim tão longe.

Home is where your heart is. Se ao menos pudesse levar dois dos meus gatos. Ou só a minha gatinha... Só a minha gatinha.

O computador, deixava-o. Acho que deixava tudo. Claro, levava a minha música. Mas a gata está primeiro, admito. Antes da música, antes de tudo.

Se apenas... Se apenas...

Confesso

O blog era mais giro quando ninguém me conhecia.

Música

The Nomads I'm Not Like Everybody Else

Porque um gótico é um gótico e um gótico não é toda a gente.


Frank The Baptist Falling Stars

Because you've not lost faith in me yet.


Chameleons Glass Tigers

Porque é uma velharia pouco conhecida.



Está aqui.

ATENÇÃO, DISPONHO DE ESPAÇO LIMITADO POR ISSO A MÚSICA SÓ VAI ESTAR DISPONÍVEL ATÉ EU A SUBSTITUIR.

Da pobreza e da pobreza de espírito

Este post é patrocinado pela cerveja Diabräu*
(e pela Extra também)**



Afinal, o que vale uma pessoa? Aquilo que tem? Aquilo que é?
Deixem-me dizer-vos uma coisa. Num outro país, eu estaria a dar aulas, possivelmente na faculdade. Ou estaria a editar textos jornalísticos. Ou melhor ainda, estaria a fazer as duas coisas. Porque o conhecimento da prática depois ensina-se. Não se perde. Transmite-se. Quando o valor não é dado à prática, o conhecimento perde-se.
Num país onde a educação é levada a sério, os professores não fazem parte da mobília nem são postos nos lugares por conhecerem A ou B. Mas nós sabemos, e não é bater ainda mais no ceguinho (se bem que hoje me apeteça), que em Portugal só se consegue alguma coisa com conhecimentos e cunhas e favores. Isto vai da Junta de Freguesia ao Governo. Não me atrevo a implicar o Presidente da República mas não me admirava nada.
E não estou a falar deste ou daquele governo ou desta ou daquela junta de freguesia. Não. O caso é bem mais grave e ainda não bateu no fundo.
Acreditem em mim, que já bati no fundo e bem no fundo, isto ainda não bateu no fundo.
Há alguns outros casos de pessoas excepcionais que trabalharam muito e no duro para conseguir alguma coisa mas, nada de ilusões, essas pessoas nunca chegam tão longe nem tão depressa como as filhas de alguns ministros.
Isto é dito e repetido todos os dias.
Aliás, neste país, basta ver os telejornais, as notícias são ditas e repetidas todos os dias. A ponto de se ter gerado uma apatia tal que ninguém tem energia para fazer seja o que for.

Às vezes pergunto-me como é que o país teve energia para fazer uma revolução. E será que teve? Afinal, são cravos, senhor.

Estas contemplações todas neste momento porque depois de seis meses de uma relação profissional mal sucedida, decidi não continuar. Houve muitas razões para isto, e não vêm agora ao caso, mas posso assegurar-vos que os meus problemas de saúde não foram o factor decisivo e que fui eu quem decidiu sair. E posso assegurar-vos que tive muitas e boas razões para sair, se bem que não serão expostas porque envolvem a entidade patronal, por isso passemos à frente.
E depois perguntei-me. Como é que eu, que não sou web designer, estava a fazer web design apenas porque, em bom português, "dou uns toques" na coisa?
Simples. Porque estava a ser paga abaixo de um ordenado de qualquer web designer que de facto tem vocação para o que faz e sabe o que está a fazer. Sim, porque nesta área, além da vocação, os cursos são caros e o conhecimento não se aprende nas escolas. As escolas (públicas, bem entendido) não têm a mínima competência para ensinar novas tecnologias. Ainda me lembro de quase obrigar um professor de informática a ensinar Access, o que ele fez numa tarde porque não queria ensinar mais. É que, ao ensinar, ficaríamos a saber tanto como ele, e isso não pode ser!
Os cursos verdadeiramente bons... são pagos. Vive-se na ilusão de que o ensino é gratuito, mas ouçam-me:

O ensino de má qualidade é que é gratuito!



Falo das áreas que conheço, por isso escusam de vir para os comentários com as biologias, as ciências e as engenharias porque dessas áreas que falem os especialistas.
Se bem que me estou a tornar uma especialista em educação na área da medicina pelas piores razões que podem haver, a de ser uma paciente mal tratada, mas isso é outra história.

Por outro lado, já fui jornalista. Já tive experiência. Já estive por dentro. Fui empurrada para fora do mercado de trabalho porque há gente a fazer o meu trabalho de graça. Esta gente tem ilusões. Mas depois vêm outros empurrá-los também. Acabam no call center mais próximo enquanto outros estagiários não remunerados fazem todos os dias peças para a RTP, a SIC e a TVI. E jornais. E revistas. E rádios.
Os poucos que são pagos são muito mal pagos e servem para orientar os estagiários.
Há estagiários de outras áreas (áreas igualmente superlotadas) a trabalhar de graça em câmaras municipais.
Isto continua enquanto os pais os puderem sustentar.
E continua, e continua, e continua.
É por isso que digo que ainda não bateu no fundo. Vai bater no fundo quando os pais deixarem de poder sustentar todo este "estagiarismo" artifical.
Encontrei, no call center, pessoas licenciadas em quase tudo, desde as áreas superlotadas da Publicidade e do Marketing e Línguas e Literaturas e Sociologias e Psicologias, às áreas mais insuspeitas como Engenharia de Sistemas. Geralmente gente pobre, de famílias pobres, que fizeram sabe-se lá o quê para tirarem os cursos.
Que isto seja um aviso. Tirem o curso mas tirem as ilusões da cabeça.

Agora voltemos à minha pessoa. Tenho andado em entrevistas de emprego para um part time na malfadada área do call center/registo de dados. O máximo que me ofereceram até agora foram 340 euros.
Mas isto, como diz alguém que eu conheço, é mato. Um trabalho a full time, nestas áreas, e sempre por empresas de trabalho "temporário", merece no máximo 500 euros por mês. E isto porque eles pagam os subsídios de férias e de Natal no próprio mês, senão era ainda menos.
E estou a falar da área de registo de dados e call center, bem entendido. Um help desk ganha um pouco mais (uns 600 euros a full time) e um supervisor de call center também não ganha mais que isto.
As empresas de trabalho temporário contratam tudo para toda a gente. Chegou-se ao ridículo de haver empresas (e das grandes, obviamente) que formaram as suas próprias empresas de trabalho temporário para contratar os seus próprios empregados e não serem forçadas a admiti-los a contrato, seja a tempo certo ou incerto.
Os contratos são feitos a nível semanal. Não sei até que ponto isto é legal, mas é o que é.

E se pensam que me estou a queixar, até não estou. 340 euros é quase o ordenado mínimo que ganha um desgraçado que trabalha num café a full time.

Sinceramente, quanto é que uma pessoa vale?
A nível económico eu não valho absolutamente nada. Mas não é que me preocupe. A minha riqueza não está aí.
Acreditam que nos anos 80 eu queria ser yuppie? Achava giro, sei lá. Ter uma carreira, uma casa, um carro, 2,5 filhos e uma relação estável.
Isto era o culminar da minha felicidade.
Hoje desato a rir às gargalhadas quando penso nisto.
Que pobreza de espírito! Que pobreza!
E depois a vida ensinou-me tanta coisa! Tanta coisa que nunca teria aprendido se não fossem as contrariedades que encontrei pelo caminho.

Hoje, estou mais rica!



Sim, já tenho 33 anos e estou doente e sei que nunca vou conseguir fazer um horário das 9 às 5 e que não nasci no país certo para desenvolver a minha vocação profissional, mas não me importo.
Tenho pena, sim, tenho, por tudo o que eu podia dar à sociedade e que a sociedade não valoriza, mas são pérolas para porcos. E que fazem os porcos com as pérolas, sem desfazer nos porcos?...
Estive a pensar no que eu gostaria realmente de fazer. Vão achar tremendamente estúpido se eu disser que gostaria de estudar mais. Gostava de tirar mais dois cursos: um de Português/Inglês e outro de Psicologia. E vão dizer-me: mas tu estás parva? Sabes muito bem que nenhum desses cursos tem saídas profissionais.
Pois, mas já não há saída para mim. Eu vivo, absolutamente e por desespero de causa, para o prazer.
Acontece que não tenho dinheiro para pagar as propinas. (340 euros) Nem no ensino público. E, sim, estou demasiado doente para conseguir trabalhar e estudar ao mesmo tempo.
Por isso não há cursos para ninguém. Também não é que valessem a pena, era só pelo gozo.

Agora dá uma série na RTP2 sobre professores universitários numa universidade americana. Fiquei boquiaberta por perceber que os americanos vão para a faculdade (e pagam) para aprender. E nós, aqui, vamos à faculdade para tirar um canudo. Um canudo que não serve para nada.
Que estupidez, tudo isto! Que tremenda estupidez!
Que desperdício!

Por hoje já falei demais. Se estiveram a ler até aqui, obrigada.
Como agradecimento, vou dar-vos música.

Até à próxima.







*Cerveja Diabräu (4,8%), a 35 cêntimos a lata de meio litro, no Dia
**Cerveja Extra (7%), a 35 cêntimos a lata de 33cl, no Dia

Parabéns ao Tapornumporco!

Vem isto a propósito de ter descoberto, não sei há quanto tempo (mas sei porquê), que os nossos vizinhos do Tapornumporco me ultrapassaram no Blogómetro, e por larga vantagem.
Ao contrário do que se pratica nesta terra de invejazinha, eu acho que a qualidade merece reconhecimento e estou muito orgulhosa de ter sido das primeiras a pisar a "pocilga" quando a meia dúzia de porcos pingados ainda não tinham onde cair mortos.
Lembro-me vagamente que foi numa noite de bebedeira (como esta, mas pior) que link atrás de link fui ter a uma história surrealista escrita por personagens ainda mais surrealistas.

Os meus parabéns!

O mesmo podia dizer de outro fenómeno da blogosfera, a Grande Loja do Queijo Limiano, que acompanhei quase desde o princípio.

Sim, é verdade, já não consultava o blogómetro há muito tempo.

terça-feira, 9 de agosto de 2005

E mais um teste daqueles muito parvos. Se alguém tiver resultados diferentes, avise.



Yet Another Goth Test

Estou tão feliz...

... que vou partilhar mais anedotas.

Esta vem a propósito desta citação que encontrei no Palavrar:

Assim observareis que pelo mundo afora há muito mais colhões do que homens; e lembrai-vos disso

François Rabelais


Era uma vez um homem que tinha um trauma enorme. Tinha nascido com três testículos em vez de dois. A coisa incomodava-o, perturbava-o, inferiorizava-o. Tinha vergonha de se despir em público. Era virgem. Não conseguia sequer meter conversa com uma mulher devido ao seu problema.
Até que resolveu ir psiquiatra e queixou-se do seu problema. "Sô tor, coiso e tal, tenho três testículos, tal e coiso, estou deprimido, frito e cozido..." (O costume.)
Disse-lhe o médico: "Homem, você tem que ultrapassar esse complexo! A melhor coisa a fazer é dizer às pessoas, falar no assunto, deixar de fazer desse problema um tabu. Aceitar-se como é."
O homem lá saiu do consultório, cheio de coragem, entrou no autocarro e decidiu começar ali mesmo a vencer o trauma. Sentou-se ao lado de um outro passageiro e começou, enchendo o peito de ar: "Amigo, tenho uma confissão a fazer-lhe."
"Sim, o quê?"
"Aqui entre nós, nós dois, há cinco tomates."
"Porquê?", respondeu o outro, "Você só tem um?"




Agora esta foi-me enviada por mail e já é velha, mas, perdoem lá, é a silly season, e não me apetece escrever nada (e não é que não tenha nada para escrever).

Num arquipélago maravilhoso e deserto, no meio do nada, naufragaram as seguintes pessoas:
>
>
> - dois italianos e uma italiana;
> - dois franceses e uma francesa;
> - dois alemães e uma alemã;
> - dois gregos e uma grega;
> - dois ingleses e uma inglesa
> - dois búlgaros e uma búlgara;
> - dois japoneses e uma japonesa;
> - dois chineses e uma chinesa;
> - dois americanos e uma americana
> - dois irlandeses e uma irlandesa;
> - dois portugueses e uma portuguesa;
>
>
> Passado um mês, nestas ilhas absolutamente maravilhosas, no meio do nada, passava-se o seguinte:
>
>
> - Um italiano matou o outro italiano por causa da italiana;
>
>
> - Os dois franceses e a francesa vivem felizes juntos num menage-a-trois;
>
>
> - Os dois alemães marcaram um horário rigoroso de visitas alternadas a alemã;
>
>
> - Os dois gregos dormem um com o outro e a grega limpa e cozinha para eles;
>
>
> - Os dois ingleses aguardam que alguém os apresente à inglesa;
>
>
> - Os dois búlgaros olharam longamente para o oceano, depois olharam longamente para a búlgara e começaram a nadar;
>
>
> - Os dois japoneses enviaram um fax para Tóquio e aguardam instruções;
>
>
> - Os dois chineses abriram uma farmácia/bar/restaurante/lavandaria, e engravidaram a chinesa para lhes fornecer empregados para a loja ;
>
>
> - Os dois americanos estão a equacionar as vantagens do suicídio porque a americana só se queixa do seu corpo, da verdadeira natureza do feminismo, de como ela é capaz de fazer tudo o que eles fazem, da necessidade de realização, da divisão de tarefas domésticas, das palmeiras e da areia que a fazem parecer gorda, de como o seu último namorado respeitava a opinião dela e a tratava melhor do que eles, como a sua relação com a mãe tinha melhorado e de que, pelo menos, os impostos baixaram e também não chove... ;
>
>
> - Os dois irlandeses dividiram a ilha em Norte e Sul e abriram uma destilaria. Eles não se lembram se sexo está no programa por ficar tudo um bocado embaciado depois de alguns litros de whisky de coco.
> Mas estão satisfeitos porque, pelo menos, os ingleses não se estão a divertir...
>
>
> - Quanto aos dois portugueses, mais a portuguesa que tb se encontravam na ilha, até agora não se passou nada porque os dois portugueses resolveram constituir uma comissão encarregada de decidir qual dos dois homens seria autorizado a requerer por escrito o estabelecimento de contactos íntimos com a mulher.
>
>
>
> Acontece que a comissão já vai na 17ª reunião e até agora ainda nada se decidiu, até porque falta ainda aprovar as actas das 5 últimas reuniões, sem o que o processo não poderá andar para a frente. Vale ainda a pena referir que, de todas as reuniões, 3 foram dedicadas a eleger o presidente da comissão e respectivo assessor, 4 ficaram sem efeito dado ter-se chegado a conclusão que tinham sido violados alguns princípios de procedimento administrativo, 8 foram dedicadas a discutir e elaborar o regulamento de funcionamento da comissão e 2 foram dedicadas a aprovar esse mesmo regulamento. É ainda notável que muitas das reuniões não puderam ser realizadas ou concluídas, já que duas não continuaram por falta de quorum, uma ficou a meio em sinal de protesto por Timor e 5 coincidiram com feriados ou dias de ponte.

sexta-feira, 5 de agosto de 2005

Já cheira a queimado em Lisboa desde as 4h30 e já me parece ver fumo.

"Demasiado" e "demais"

Estava a ler um livro do Almeida Santos, chamado "Até que a pena me doa", quando percebi que não é um erro meu. Não sei sequer até que ponto é um erro.
Vou citar frases em que o autor usa "demais" como sinónimo de "demasiado":

"Quanto à proposta extinção das auditorias jurídicas, hesito entre concluir que a não entendo e que a entendo demais."
(pág. 95)

"E foi dito que 'a liberdade dos fortes teve vezes demais por contrapartida a servidão dos fracos'."
(pág. 106)

"Era fácil demais, para iludir e referida exigência constitucional, objectar assim: (...)"
(pág. 116)


Em todas as frases acima se pode substituir "demais" por "demasiado".

Ora, o que podemos concluir? Tendo em conta o excelente nível de português do livro todo, não será erro do autor nem do revisor. É propositado e é feito por quem sabe bom português.
A mim também parecia que me tinham ensinado, na escola, a escrever "demais" como sinónimo de "demasiado". Fiquei um bocado confusa quando apareceu a moda de escrever "de mais" em vez de "demais" como sinónimo de demasiado e cheguei a interrogar-me se de facto não seria um erro meu. Pois, não é. Talvez seja da escola "à antiga portuguesa". O que é um facto é que me ensinaram assim, e pelos vistos não foi só a mim e não é do ensino recente.
Tirem as vossas conclusões.

Hot in the city

Eu sei porque é que a maioria das pessoas não gosta do calor.
Mas há solução para isso. Chama-se desodorizante.
Se o vosso não funciona, procurem outro.

Eu, estou óptima.

Tenho um certo prazer em ver a malta abanar-se, bufar, sofrer. Às vezes é tão bom ser diferente. Mas eu também mereço um pedacinho de céu.
Aguentem-se. Gostava de dizer, como o outro, "habituem-se", mas infelizmente é calor de pouca dura.

Ah, é verdade! Este provérbio lembrou-me do sol. E lembrou-me que a maioria das pessoas vive de dia. Não sabem apreciar uma noite quente porque estão a dormir. Pois é mesmo de noite que o calor sabe bem.

Image hosted by Photobucket.com

terça-feira, 2 de agosto de 2005

Links

Estou a pensar fazer uma limpeza aqui aos links do blog e ficar apenas com aqueles que gosto de visitar regularmente. Não é por canalhice. Não custava nada ter mais 30 blogs linkados ou manter os que estão. O que acontece é que simplesmente há aqui blogs linkados há meses e eu ainda não sei a quem pertencem. Ou seja, apesar de vos vistar, ainda não conseguiram dizer algo que me faça associar um blog a uma pessoa, a uma voz, a uma presença. E sim, muitas vezes me pergunto antes de clicar no link, "quem é mesmo este gajo/gaja, e porque é que está aqui?".
Se critério houver, será esse. Ou eu já sei quem ali está, ou não sei. E não foi por falta de visitas.
Como devem calcular, clicar em links demora o seu tempo, principalmente quando são muitos.
Tenho uma certa antipatia por blogs de poesia e imagens. Não me importa que a poesia seja solarenga ou enluarada, que as fotografias escorram sangue ou passarinhos a voar no céu azul claro.
QUERO CONTEÚDO! Quero ideias! Quero histórias. Quero ver-vos.

Sim, vou fazê-lo. As minhas desculpas adiantadas aos blogs que vão deixar de estar linkados.
Talvez um dia nos voltemos a encontrar.

segunda-feira, 1 de agosto de 2005

Mais um apontamento para os night owls

Muitas vezes, a dificuldade em adormecer deriva também de uma coisa chamada "performance stress". Aquilo que faz um cantor perder a voz quando sobe ao palco devido ao elevado nível de ansiedade. O que neste caso seria afonia histérica. Mas vocês percebem a ideia. Aconteceu-me várias vezes ter responsabilidades no dia seguinte a que não podia faltar de maneira nenhuma e o próprio peso dessa responsabilidade me manter acordada. Houve alturas, na faculdade, em que fui fazer exames sem dormir uma hora sequer com medo de adormecer e não acordar. Mas depois ia para casa e dormia, porque a missão estava cumprida... e eu estava exausta.

Esta nota é para reflexão das outras pessoas nocturnas que lêem este blog e para os médicos ignorantes que deviam saber estas coisas e não sabem e que deviam estar a ler este blog porque supostamente são especialistas mas aparentemente não têm tempo para ler porque estão muito ocupados a extorquir dinheiro a pessoas a quem não sabem ajudar.
(Aquele grande filho da puta!... Mas "a vingança é minha, diz o Senhor". Há quem pague em dinheiro, há quem pague em karma.)

Segunda vida

Não sei quantas pessoas passaram por esta experiência. Não são muitas as que partilham, mas lembro-me de Florbela Espanca dizer algo como "não me recordo das outras que fui outrora". Mas será que muita gente se apercebe? Será que se lembram?
Há cerca de dez anos, um pouco mais, eu morri. Pouco antes de acontecer eu tive aquela certeza de que a vida não podia continuar. Olhava para as coisas como se as estivesse a ver pela última vez.
E de facto estava. Nunca mais veria as coisas da mesma maneira.
Depois de alguns anos de luto pela minha "partida", confusão e desorientação, e possivelmente vagueando como um fantasma que não sabe que morreu, um dia acordei renascida. Eu era agora uma pessoa diferente e tinha uma vida diferente. Experimentei uma forma invulgar de reencarnação.
Pergunto-me quantos têm esta magnífica oportunidade? Quantos se lembram de morrer numa só vida?
Nesta nova existência, sou apenas uma criança. Nem sequer tenho idade para ser adolescente. Ainda não atingi a minha nova maturidade. Acima de tudo, ainda não sei o que quero. Estou na escola outra vez.

Mas pensando bem no assunto, olha o que se poupa em encarnações!