sábado, 30 de outubro de 2004

This is not America (?)

What the fuck?


2004-10-28 00:03:00
Casa Pia - PJ confisca computador a autor de blogue
PORTUGAL PROIBIDO
Eram 7h00 quando dois agentes da Polícia Judiciária (PJ) de Leiria, acompanhados por um procurador adjunto do Ministério Público (MP), bateram à porta de António Caldeira, autor do blogue ‘Do Portugal Profundo’. Um caso de “censura” e “tentativa de intimidação”, considera o professor universitário de Alcobaça, que tem divulgado na internet pormenores do processo Casa Pia.

(...)

Na sua mensagem mais recente o blogue ‘Do Portugal Profundo’ publica na íntegra o relatório do Serviço de Informações e Segurança (SIS), concluído em 1999, intitulado ‘A Pedofilia em Portugal: ponto da Situação’. “Este documento, apresentado no Conselho de Informações e Segurança, foi transmitido à Polícia Judiciária e motivou a investigação consequente”, explica Caldeira. O ‘site’ nunca divulgou os nomes das vítimas.


Link para Do Portugal Profundo.

Ainda ontem encontrei outra que me estarreceu: What you say on the Internet can affect your real life. Due to what I said online, I now have an FBI file.
Este senhor recebeu a visita do FBI devido a um post mais violento dirigido ao Presidente George Bush. Post que ele já apagou porque, afinal, ter ficha no FBI é um caso sério. Mas isto é na América.

Acompanho o caso Do Portugal Profundo com apreensão. Com muita apreensão. Estamos a aprender vícios americanos. Demasiados vícios para o meu gosto.


Pensamento do dia

Citado do Angústias de um Professor:


«O empreendedorismo português é mais uma cultura do “desenrascanço” e do “chico-espertismo” nacional do que de empenho na inovação, na abertura a novas culturas ou no dinamismo empresarial.»


Nem mais.

sexta-feira, 29 de outubro de 2004

Conversa

Hoje à noite, vou estar no

#caveira

e no

http://groups.msn.com/GotikaBlog/

para conversar.

Apareçam num ou nos dois.

Horas: possivelmente só poderei chegar depois da meia noite e meia, ou seja, 00h30 de sábado para os mais preciosistas.
Ainda podem juntar-se ao grupo. Antes do chat eu vou verificar o meu email para autorizações.
Mas também vou estar no MIrc!


quarta-feira, 27 de outubro de 2004

Censura?



O professor Marcelo.
Durante a minha fase "debaixo da cama" não acompanhei o suficiente as peripécias da política nacional, excepto aquela história dos aumentos de renda (mas é melhor não pensar em coisas tristes) e... claro está... o "caso Marcelo".
Nessa altura apeteceu-me dizer aqui qualquer coisa mas ainda bem que esperei. Se tinha dúvidas, agora tenho a certeza. E direi porquê.

Vejamos.
O que disse Marcelo do governo? Que estava a agir pior do que o pior de Guterres.
Chocante? Qual quê! Muito pior disse Marcelo, por exemplo, ao destruir publicamente a imagem de Santana Lopes quando explicou por A + B que Santana lopes não tem perfil nem credibilidade para ser primeiro-ministro. (E não tem, mas isso é outra história.)
Aparece uma queixa à Alta Autoridade para a Comunicação Social, e Marcelo promete que fala disso "no domingo". Depois há o tal almoço que, supostamente, leva Marcelo a demitir-se - ou a ser demitido, depende da versão.
A partir daí nem mais um pio.

What's wrong with this picture?
Primeiro que tudo, o professor Marcelo não precisa do ordenado da TVI. A TVI é que precisava dele para manter as audiências de um jornal da noite que era comentado por toda a gente, desde o Presidente da República ao mecânico da esquina.
Segundo, qualquer televisão se esfolaria para contratar Marcelo! Se a TVI não quer, e eu não acredito que não quer, muito menos acredito que a SIC não queira. Isto sem meter a RTP ao barulho porque, se se trata porventura de um leilão de "quem dá mais", seria de facto má fé da minha parte a mera consideração de que a televisão pública gastaria o dinheiro dos contribuintes numa guerra de audiências. Não, isso não acontece neste país.

Eu até acreditaria na hipótese da censura se as leis de mercado não ditassem que quem manda no governo são os grupos económicos e não é o governo que manda nos grupos económicos. (Era bom, era! Tá bem, tá!)

Além do que, há cerca de um ano li aqui, ainda a hipótese me parecia completamente absurda, que aquilo que de facto Marcelo queria mesmo, mesmo, mesmo, era tomar de assalto, não a presidência da república mas, isso sim, o PSD. Enfim, não acredito em tudo o que leio, mas confesso que não esqueci e que fiquei com a pulga atrás da orelha, a picar, a picar.

Por estas razões, e porque não acredito que haja poder neste país capaz de calar Marcelo durante todas estas semanas (tirando a Divina Providência, que não mora cá), pela primeira vez na vida vou concordar com Luís Filipe Menezes e a sua teoria de que o professor se atirou ao "tapete" e se "fez ao penalty".
Isto para se candidatar ou à presidência do PSD ou à da República. Tudo depende se o senhor prefere ser primeiro-ministro ou presidente.
Quando se chega à posição e estatuto de Marcelo Rebelo de Sousa, não é o "tacho" que conta. É a realização pessoal.

Ou, posso estar completamente enganada, pode de facto haver censura em Portugal a amanhã fecham-me o blog.
Mas... naaaaaaah!

Histórias de prisioneiros em casa própria

Comentários:

O que faria Lestat de Lioncourt neste caso?
Corde Durus

Isto nao acontecia ao Lestat..
veinsofglass


Não só acontecia, como aconteceu.


“O Vampiro Lestat” - o livro

(...)
Lestat é um jovem fidalgo de uma família aristocrática mas falida do século XVIII, em França, pouco antes da Revolução. Propositadamente ou não, Anne Rice diz-nos que ele foi o 7º filho do marquês, mas é o irmão mais novo dos três sobreviventes. A mãe, Gabrielle, é uma mulher fria que se refugia na leitura, mais uma vítima do seu tempo e de um casamento arranjado e de uma vida que odeia mas da qual não se pode libertar. Num castelo pobre e frio, o jovem Lestat mostra desde cedo uma personalidade invulgar e extraordinária. Sai à mãe e tem jeito para os estudos mas o poder paterno não o deixa ingressar num mosteiro porque ser um humilde monge não é digno da sua condição social. Por exemplo, Gabrielle nem perde tempo a ensinar os filhos a ler. E Lestat ressente-se de ser preterido pelos livros. Na adolescência, alimenta o sonho de ser actor. Chega a fugir com uma companhia de saltimbancos italianos e actuar pelas feiras da região. É apanhado pelos irmãos e obrigado a voltar ao castelo porque ser actor nesse tempo era uma vergonha inconcebível. Na sua frustração e infelicidade, Lestat remete-se a ser o caçador que mais tarde se torna na única fonte de sustento de toda a família.
O seu destino é traçado quando enfrenta um alcateia de oito lobos e consegue matá-los todos. Finalmente conquista o respeito da família e da aldeia, mas este acontecimento é apenas o princípio de tudo. É assim que conhece Nicholas, um jovem violinista que, tal como Lestat, tem sonhos artísticos irrealizáveis. Mas agora estão juntos e conseguem gerar força um no outro para fugirem para Paris e dedicarem-se ao teatro. Gabrielle sabe que está a morrer de tuberculose e num dos seus raros gestos de ternura, incentiva o filho a fugir.
Os dois rapazes de vinte anos partem para Paris e dão asas ao seu sonho. Nicholas toca violino e Lestat consegue um papel principal num pequeno teatro para gente pobre. Nessa altura são felizes.
Aqui termina a curta vida humana do vampiro Lestat.


Durante a sua vida humana no Auvergne, Lestat viveu como um prisioneiro no seu castelo, menosprezado todos os seus irmãos que chegaram a duvidar que tivesse sido capaz de alguma coisa extraordinária como matar uma alcateia de oito lobos. Tentou fugir e foi forçado a voltar para casa. Apesar de ser um nobre, conheceu a fome e o frio. No momento em que conhece Nicholas, está prestes a desistir de tudo.
Mas aí está, conhece Nicholas.

Se eu voltasse a ter 20 anos talvez voltasse a sonhar em encontrar o meu "Nicholas" e fugir com ele para Paris, ou seja para onde for.
Mas não foram felizes para sempre. O "romance" terminou mal. No fim, não podiam ver-se um ao outro.

Que história tão, tão real!

Ensaio sobre a cegueira

Não quero de modo algum, com este post, parecer ingrata ou agressiva.
Quero, sim, abrir-vos os olhos.

Já não é a primeira vez que alguém me diz, quando eu falo em depressão, que as criancinhas pobres de África não sabem o que é "depressão". Que no Terceiro Mundo não há depressão.

NÃO HÁ O QUÊ?!?!?

Léon Blois, um escritor francês tristemente desconhecido, escreveu um livro cruelmente realista chamado "A mulher pobre" (La femme pauvre), em que dizia - e muito bem - que os ricos pensam que os pobres não sentem tanto a morte de um filho porque, na sua luta diária pela sobrevivência, não têm tempo para sentir tristeza. Os pobres são mais felizes porque passam o dia a pensar no pão de amanhã. Os ricos, coitadinhos, são infelizes, porque o destino lhes deu tempo livre para pensar e para sofrer. Os pobres, em suma, não têm tempo para sofrer. Ademais, a morte de um filho é um alívio: menos uma boca para sustentar. Logo, a morte de um filho é boa para o pobre.

Esta é a teoria mais nojenta, mais execrável, mais distorcida, que os ricos inventaram para se desculpabilizarem.
Então os famintos de África não estão deprimidos? Já olharam para aqueles olhos? Para dentro do vazio, da apatia, do desinteresse daqueles olhos? Estão todos cegos, meus amigos? Será que não vêem que ali reside não só a depressão como o mais completo, o mais profundo desespero, a total ausência de esperança? As moscas podem pousar nas faces. Não há energia para as enxotar. Já não resta vontade. Já não vale a pena. Estão à espera da morte.

E VOCÊS NÃO VÊEM?
OU NÃO QUEREM VER?
O pior cego é aquele que não quer ver.

Custa-me que palavras destas venham de supostamente pessoas intelectuais e sensíveis. Custam-me que tenham os olhos tão fechados.

Pois eu só vi olhares assim nas fotografias dos recém libertados prisioneiros dos campos de concentração nazis, em pleno processo de choque pós traumáutico. É alegria que vêem nos seus olhos? Não, não é alegria. Mas não deveriam estar contentes, agora que foram libertados?
Estão para além da esperança. Já não acreditam na esperança. Esperam a morte.

HÁ DEPRESSÃO EM ÁFRICA.
HÁ CEGUEIRA AQUI.

terça-feira, 26 de outubro de 2004

Acorrentada

A primeira vez que tive contacto com a ideia de que quando as coisas se repetem na nossa vida é porque o nosso destino se está a revelar foi ao ler "As brumas de Avalon". Era qualquer coisa assim: "Quando as coisas se repetem, a vida está a dizer-te que é esse o teu destino".
Atenção às repetições.

A minha vida está intimamente ligada à Rua dos Plátanos (o nome é fantasiado por razões óbvias), onde tudo começou e continua a passar-se. Que karma, digo eu.
Às vezes penso se na minha última reencarnação não matei alguém ali, à facada.
Não me consigo livrar daquela rua.

Agora ia começar a contar a minha história mas seria incrivelmente aborrecido. Para mim, isto é. Recentemente vi-me na necessidade de fazer um esforço mental para me recordar da série de eventos, porque tudo se desfocou e perdeu. Não me lembro! Se calhar não me quero lembrar. Há certas coisas que é de facto melhor esquecer. Finalmente a perda de neurónios derivada dos charros, bebedeiras e comprimidos começa a ter efeitos positivos. Finalmente, esqueço! Contar a história? Esqueçam. Foi um momento de insanidade galopante, já me passou.

Ademais, o passado está enterrado. As repetições persistem, mas em novas situações. O que ainda é mais irónico. Cada vez que alguém me diz que a morada é na Rua dos Plátanos eu percebo que estou acorrentada à minha prisão. Talvez um dia desate às gargalhadas.

Bem, desde há dois anos que estou a tentar resignar-me ao facto de que não há empregos nas áreas que estudei. Entretanto, já estudei em várias áreas. Já podia escolher várias carreiras.

Carreiras? Espera, pausa para risos. Já não há carreiras. Há trabalhos temporários permanentes.

Nestes dois anos tenho frequentado empresas de trabalho temporário onde a nossa ficha é perdida de um dia para o outro. Da última vez, estive numa fila aflitiva que me recordou aqueles filmes americanos da Grande Depressão dos anos 30. Homens em fila, em filas intermináveis, de fato e chapéu na cidade, em mangas de camisa nos campos, à espera de um dia de trabalho remunerado.
Desta vez vejo filas de criaturas jovens vestidas à Matrix, homens e mulheres, alguns já não tão jovens (os que ainda tentam a sorte embora sejam preteridos por estarem "usados" pela vida), em fila à espera de um lugar de escravo num sítio qualquer, licenciados em Línguas, em História, em Matemática, em Engenharia Informática, em Psicologia, em Gestão...
Reparem, os lugares são poucos e são para os amigos dos donos das empresas. As universidades, particularmente as privadas, nada mais fizeram que extorquir o dinheiro dos pobres trabalhadores com a 4ª classe que sonharam um futuro melhor para os seus filhos através da Educação. Foram enganados, e nós, os filhos, também.

Voltando ao aspecto pessoal da coisa. Tendo uma necessidade urgente de sair de casa, e não me apetecendo ser puta e juntar-me com um gajo para pagar uma prestação astronómica de crédito à habitação, resta-me sofrer o que me saiu na rifa. (Sofrer por sofrer, sofro a família!)
Sim, sei que a minha mãe também gostava de me ver pelas costas, porra, é mútuo, mas... alas... Pensávamos que éramos livres? Pensávamos que tínhamos escolha? Somos servos da gleba.

Ora, é esta sentença de prisão com execução sumária a que eu tento resignar-me há dois anos.
Penso que passei o ano de 2003 em estado de embriaguez. Este ano tenho-me portado melhor. Não pela virtude mas pela fartura. Já não suporto o sabor do sumo de laranja no vodka!
Saber que é para sempre, saber que vou morrer aqui, saber que nunca tive hipóteses... Primeiro, admito, custou esquecer os sonhos. Eu podia ter sido tudo. E no fundo, nunca poderia ter sido nada. O destino estava traçado. Algures na Rua dos Plátanos.

"A minha vida é um pesadelo e não consigo acordar" (Gabriel o Pensador, descrevendo um sem abrigo)
A minha segurança social é uma anedota. Duvido até que muitos dos sítios em que trabalhei tenham feito descontos... Tenho medo de acabar na rua. Um dia serei muito velha para esta jigajoga de empregos temporários.
O que vai ser de mim? O que vai ser de nós?

Tem-me custado perceber que nunca serei livre. Os amigos estranham que eu não ceda a mais concessões. Já me bastam os grilhões que tenho. Eu sonho com a liberdade, como é que podem conceber pedir-me mais prisões? Pelo menos, na minha solidão eu sou livre. Livre das pessoas, livre dos afectos, até livre das restrições do amor, mas é a única liberdade que me é permitida. Não abdicarei dela.

Vejo o futuro negro e assustador. Deve ser muito frio, dormir na rua. Por outro lado, deve-se morrer mais depressa.
Não irei lutar mais. Até porque não há campo de batalha. Nasci no sítio errado, no local errado, no tempo errado.

Ou, por outra perspectiva, no sítio certo, no local certo, no tempo certo para deixar de gostar da vida. Estou pronta a deixá-la. Agora vi o lado negro da existência. Bebi da taça da injustiça. Percebi a inutilidade de todas as paixões humanas. Compreendi a beleza da morte. Talvez todo este sacrifício fosse necessário. Sabe-se lá a menina mimada que eu seria de outra forma. Agora vi. Agora compreendo.

Pensamento do dia

O que é um ateu senão um homem que tem Fé que não existe Deus?

Anónimo
Comentário

Quero-te de volta, enches umas quantas horas vazias de frustração cerrada num emprego odioso.


Nunca tinha pensado nisso. Que pudesse estar de alguma forma a tornar a vida das pessoas mais agradável.
Transmitir cultura, falar de livros, mostrar quadros, dar a conhecer música, sim, sim, tudo isso eu sei que faço e que é improtante.
Mas mais importante é o que disseste.
Não posso prometer nada. Não o faço por vós. Sabem disso. Talvez até gostasse de o fazer, mas faltam-me as forças. E como me faltam as forças para continuar!!! Nem vos passa pela cabeça.

sábado, 23 de outubro de 2004

Feverish
Painful
Cold sweat drops
like tears of surrender

Half dead in the Fall

Ice heart melts
It is done.


15/Out/2004

Pensamento do dia

Science is God's mask.
(A ciência é a máscara de Deus)

Dias curtos, vida longa

Comentário:
precisa-se de textos inteligentes na blogosfera :s..


Querida fairy_morgaine, neste momento não consigo escrever um texto, quanto mais um texto inteligente!
Mas obrigada pelas vossas palavras (a todos). De vez em quando venho aqui ler o que escrevem.
Talvez quando o temporal passar eu possa voltar e relatar de forma mais ou menos coerente o que se passa comigo. Por enquanto apanho os fios de seda mas não consigo construir a teia.
Não consigo responsabilizar-me por este blog mais do que por mim própria. Este blog é um espelho de mim.

Estou tentada a escrever aos meus amigos (aqueles que me conhecem há anos) e perdir-lhes: "Por amor de Deus, digam-me coisas boas a meu respeito porque preciso de as ouvir".
Mas não. Não quero metê-los nisto. Os amigos preocupam-se. E nada podem fazer. Não, não os vou meter nisto.


Entretanto, deixo-vos com um pensamento do dia que li algures e um poema que entretanto me foi sussurado pela musa.

quarta-feira, 20 de outubro de 2004

Escondida debaixo da cama

Como já devem ter reparado, estou escondida debaixo da cama.
Saírei, quando os monstros se forem embora.
Peço desculpa por esta pequena interrupção. A vida segue quando for possível.

segunda-feira, 11 de outubro de 2004

The Doors
When The Music's Over

Yeah, c'mon

When the music's over
When the music's over, yeah
When the music's over
Turn out the lights
Turn out the lights
Turn out the lights, yeah

When the music's over
When the music's over
When the music's over
Turn out the lights
Turn out the lights
Turn out the lights

For the music is your special friend
Dance on fire as it intends
Music is your only friend
Until the end
Until the end
Until the end

Cancel my subscription to the Resurrection
Send my credentials to the House of Detention
I got some friends inside

The face in the mirror won't stop
The girl in the window won't drop
A feast of friends
"Alive!" she cried
Waitin' for me
Outside!

Before I sink
Into the big sleep
I want to hear
I want to hear
The scream of the butterfly

Come back, baby
Back into my arm
We're gettin' tired of hangin' around
Waitin' around with our heads to the ground

I hear a very gentle sound
Very near yet very far
Very soft, yeah, very clear
Come today, come today

What have they done to the earth?
What have they done to our fair sister?
Ravaged and plundered and ripped her and bit her
Stuck her with knives in the side of the dawn
And tied her with fences and dragged her down

I hear a very gentle sound
With your ear down to the ground
We want the world and we want it...
We want the world and we want it...
Now
Now?
Now!

Persian night, babe
See the light, babe
Save us!
Jesus!
Save us!

So when the music's over
When the music's over, yeah
When the music's over
Turn out the lights
Turn out the lights
Turn out the lights

Well the music is your special friend
Dance on fire as it intends
Music is your only friend
Until the end
Until the end
Until the end!

Terror

Não, não estou deprimida. Estou aterrorizada. Nem nunca foi outra coisa. É fácil dizer que se está deprimido. Assim as pessoas entendem sem mais explicações. O que é uma grande treta que se conta às pessoas.
A verdade é que tudo começa no medo. Não há medo que não dê em ódio. O ódio impotente resulta à força na inacção. Quando não há nada a fazer, resta ficar a um canto e esperar pela morte. Therefore, lá está, a tal "depressão".
Não é depressão coisa nenhuma.
Tenho pavor de acabar a viver na rua.

Eh bien...

terça-feira, 5 de outubro de 2004

Estou deprimida

Sim, e o que é que é novidade?
Estou deprimida a ponto de estar doente.
Chama-se doença de viver.


Penso que é genético. Não me parece que seja um vírus, senão transmitia-se. Não se transmite.

segunda-feira, 4 de outubro de 2004

"Lost Souls", Poppy Z. Brite [actualizado]




Serviu este pequeno teste para me criar vergonha e escrever finalmente uma pequena crítica a "Lost Souls", de Poppy Z. Brite.
Ghost é um personagem do livro. É um puto novo, vocalista de uma banda, que passa a história pedrado, a dormir no carro, no lugar do morto. Deve ser por esta sua última faceta que me calhou a mim a sorte. Mas esqueçam. Ghost não é assim tão importante. Nem sequer é um vampiro.
Depois de lerem esta pequena crítica, podem ir fazer o teste e no fim escolher a opção "ver todos os resultados possíveis" para conhecerem melhor as personagens. Serviu para me refrescar a memória porque eu já não me lembrava.
 

Poppy Z. Brite é considerada a nova Anne Rice. Mas aqui entre nós, é como comparar Dead Can Dance com Enigma. Parece, mas não é. E, no entanto, não deixa de ser interessante. Mas que não haja dúvida, Poppy escreve para góticos e escreve suficientemente bem para lhes atingir as carteiras.
É "curioso" que os últimos livros de Anne Rice também acabem por seduzir a mesma camada juvenil. Quando o próprio Lestat o diz... “You could call me a Goth, I think” ...
O bom predador conhece os hábitos da presa.

"Lost Souls"
É uma história de vampiros. Os vampiros de Poppy Z. Brite são um pouco mais humanos do que os de Anne Rice. Por exemplo, reproduzem-se sexualmente e não através do sangue. Só que ao nascerem, os pequenos vampiros causam a morte da sua mãe por hemorragia fatal.
De resto, tudo começa em New Orleans (olha a novidade) quando um grupo de três vampiros, um deles mais velho e por isso o chefe (Zilla), visita o bar de outro vampiro, ainda mais velho, de nome Christian.
Aí conhecem uma jovem (gótica, obviamente) com quem Zilla se envolve. Desse encontro resulta a gravidez da jovem. Christian sabe que essa gravidez será o fim da rapariga mas mesmo assim, ou talvez por isso mesmo, decide acolhê-la em sua casa.
Efectivamente, ela morre ao dar à luz o pequeno vampiro, a quem Christian baptiza de Nothing. Contudo, Christian decide dar à criança a oportunidade de viver uma vida humana e vai propositadamente abandoná-la à porta de um casal estéril ao acaso, muito longe de New Orleans.
A história recomeça quando Nothing, já um adolescente, descobre que os seus pais são adoptivos e parte à procura da sua verdadeira natureza, algures em New Orleans, algures perto de Christian. Antes mesmo de encontrar o seu protector, depara-se sem querer com o verdadeiro pai e os seus dois amigos. Zilla recebe-o como companheiro e amante, sem fazer ideia de que é o seu filho. O desfecho é dramático.

Semelhanças com os vampiros Riceanos: a cidade de New Orleans, a beleza e juventude eternas, o sono diurno e a vida nocturna.
Diferenças: o modo de reprodução (o vampiro desenvolve-se num útero, nasce e cresce como o humano, mas causa a morte da mãe durante o parto), a vida sexual activa, a capacidade de ingerir certos alimentos e álcool (que vai desaparecendo à medida que o vampiro envelhece), a possibilidade de passar por humano toda a vida até ao momento em que descobre o gosto do sangue e deixa de conseguir escapar à sua verdadeira natureza.

Não existe em Poppy Z. Brite uma verdadeira mitologia. Em "Lost Sousls", não se explica a origem do vampirismo. Simplesmente se conta uma história.
Pessoalmente, penso que a autora exagera nas alusões sexuais que são muito, mas MUITO, explícitas.
Mas, resumindo e concluindo, acho que qualquer amante do vampirismo não se vai arrepender de ler a história. Não esperem muito. Esperem apenas uma boa história.

What religion are you?

Como é que eles adivinharam, com o tipo de respostas que eu dei? Hmmm... Experimentem e digam-me se os resultados são aleatórios.


Christianity
Christianity: Christians range in their beliefs, but some strong truths bind them together. They believe that the sinless Christ came to sacrifice himself for the forgiveness and redemption of mankind, and in both the Old and New Testaments. Those who accept achieve the kingdom of heaven. They tend to focus on hope, forgiveness, and the love of the Creator for the created.


What Religion are You?
brought to you by Quizilla